Aeroclube Resende reúne números expressivos, mas espera por mais

by Diário do Vale

Oferta: Aeroclube de Resende é um dos poucos ainda em atividade para voos e prática esportiva – Foto: Arquivo

Resende – Fundado por militares em 1941, para suprir a demanda de pilotos para guerra e para aviação civil, o Aeroclube de Resende atende atualmente uma média de 30 pilotos por ano. Teve entre os membros da sua diretoria o ilustre Coronel Mendes, que dá nome a uma das avenidas da cidade, sem contar que na primeira turma de pilotos formada havia um piloto chamado Dr. Máximo Balieiro, bisavô do atual prefeito da cidade, Diogo Balieiro. Em arquivos, ele é citado como o primeiro aviador de Resende a conduzir um avião até São Paulo.
De acordo com o Secretário Piloto da entidade, Raony Milhomem, somando-se os cursos práticos e teóricos, são atendidos em média 30 alunos-pilotos por ano. São pessoas de todo o país, incluindo São Paulo, Mato Grosso, Sergipe, Acre e Goiás. Este último, aliás, estado de origem de Raony, que começou como aluno no aeroclube. “Já como fomento do turismo, trabalhamos com voos de passeio pelo Vale do Paraíba, pela Serra da Mantiqueira e pelo litoral da Costa Verde. Chegamos a atender 397 passageiros em 2017”, disse:
– E no ano de 2017 batemos o recorde de horas de voo registradas no aeroclube, com 948 horas no total – diz.
Outro número expressivo vem do paraquedismo. Esta atividade, segundo Raony, gera 30.000 saltos por ano, com uma rotatividade média de 300 pessoas por final de semana.
As grandes dificuldades para operação vêm da alta do preço do combustível e da falta de apoio do poder público. “Esse fator traz atraso para o desenvolvimento das atividades, haja vista dispensarmos constantes esforços, tempo e orçamentos escassos em ações judiciais para provar o óbvio: a legalidade de nossas atividades”.

Uma região privilegiada

O Aeroclube de Resende é o último em atividade no estado do Rio de Janeiro e é situado em uma região privilegiada para atividades de desporto aéreo. Entre outras coisas, o secretário cita que a unidade não sofre com tráfego aéreo congestionado por aeronaves de grande porte. Destaca ainda que é uma das melhores áreas de salto no país, assim como para voos de parapente e paramotor.
Atualmente, as atividades já fomentam o turismo, através das ocupações de hotéis e restaurantes. Tanto que alguns empresários dos ramos turísticos já contam com parcerias diretas pela troca de indicação dos serviços.
O secretário destaca ainda que o aeroclube de Resende tem capacidade técnica e reconhecimento da ANAC para ministrar o ensino da aviação e aerodesporto.
– O aeroclube, com seus voos panorâmicos, consegue atender ao turista que quer conhecer a cidade vista de cima, além da Serra da Mantiqueira, Penedo, Visconde de Mauá, litoral da Costa Verde. Essa atividade é mais um atrativo – diz.
O secretário destacou que espera contar em breve com parcerias públicas, para que as atividades sejam cada vez melhor exploradas.

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5 comments

Raony Milhomem 9 de julho de 2018, 13:59h - 13:59

O Aeroclube não só opera em um aeródromo público, quanto é uma entidade de utilidade pública, que tem sua diretoria nao remunerada, eleita pelos sócios, autorizada e reconhecida perante a ANAC para operar.
Dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica CBA.”Art. 97 c. Aeroclube é toda sociedade civil com patrimônio e administração próprios, com serviços locais e regionais, cujos objetivos principais são o ensino e a prática da aviação civil, de turismo e desportiva em todas as suas modalidades, podendo cumprir missões de emergência ou de notório interesse da coletividade.§ 2º Os aeroclubes e as demais entidades afins, uma vez autorizadas a funcionar, são considerados como de utilidade pública”.
A entidade que o opera o paraquedismo, sob direção desportiva do Aeroclube, paga taxa a prefeitura por cada pouso do avião, que são na média de 40 por finais de semana, além de recolher ISS sobre o serviço.Já o alvará para as 6 escolas de paraquedismo foi negado pela prefeitura no seu último mandato, fato que causa por anos o não recolhimento desses recursos existentes na cidade, quanto o não direcionamento dos mesmos para população.Devemos citar que uma das escolas de paraquedismo, teve seu alvará concedido na capital do Rio de Janeiro, assim recolhendo seus impostos para mesma, recursos que deveriam estar na cidade de Resende.Sendo assim são infundados e vagos os constantes argumentos que se opera sem pagar os devidos encargos, os quais não são recolhidos pela incapacidade do poder público gerir o que já tem disponível.
Em relação aos ruídos do avião, como foi dito na reportagem o Aeroclube de Resende foi fundado em 1941, época em que praticamente não havia imóveis em torno do mesmo.Infelizmente o órgãos responsáveis pelas autorizações de construção, e PDZA (Plano de zoneamento de aeródromo), ainda não cumpriram o mesmo além de não terem informado os proprietários dos imóveis, autorizando as construções tão próximas ao aeródromo.Temos que lembrar que recebemos muito mais apoio da população de Resende, a qual já se identifica com atividade de tamanha expressão no país, do que reclamações por conta dos ruídos, haja vista as decolagens começarem após o nascer do Sol e terminarem antes de começar a noite, que é o período que geralmente se necessita de maior tranquilidade para descanso.No demais como se diz o ditado; não é possível agradar a todos.Se o poder público estivesse tão preocupado com os ruídos incomodarem a população, não teria licitado as instalações erguidas pelo Aeroclube para entregar a outro empresário desenvolver o paraquedismo, o que visa retirar da área os fundadores da atividade na região, os quais tornaram a mesma com tamanha representatividade.
Já se o poder público tiver a felicidade de valorizar, apoiar e potencializar o que já é desenvolvido, teremos mais ganhos para todos, a entrada de um não deve ser razão para saída de outro.Que possam seguir o bom exemplo da Deputada Ana Paula Rechuan, ao valorizar a atividade, conseguiu aprovação da lei N° 7563 de 2 MAIO de 2017, tornando Resende a capital do Paraquedismo.

RAONY MILHOMEM 9 de julho de 2018, 13:05h - 13:05

Mas uma vez nos deparamos com o fato de que as vezes a verdade depende do ponto de vista.
O Aeroclube de Resende não só exerce uma atividade que é pública, como é uma entidade de utilidade pública sem fins lucrativos, que não remunera seus dirigentes, os quais são eleitos pelos sócios e operam mediante sua capacidade técnica comprovada perante a ANAC; “Lei nº 7.565 de 19 de Dezembro de
Dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica CBA.”Art. 97 c. Aeroclube é toda sociedade civil com patrimônio e administração próprios, com serviços locais e regionais, cujos objetivos principais são o ensino e a prática da aviação civil, de turismo e desportiva em todas as suas modalidades, podendo cumprir missões de emergência ou de notório interesse da coletividade.§ 2º Os aeroclubes e as demais entidades afins, uma vez autorizadas a funcionar, são considerados como de utilidade pública”.
A entidade que o opera o paraquedismo, sob direção desportiva do Aeroclube, paga taxa a prefeitura por cada pouso do avião, que são na média de 40 por finais de semana, além de recolher ISS sobre o serviço.Já o alvará para as 6 escolas de paraquedismo foi negado pela prefeitura no seu último mandato, fato que causa por anos o não recolhimento desses recursos existentes na cidade, quanto o não direcionamento dos mesmos para população.Devemos citar que uma das escolas de paraquedismo, teve seu alvará concedido na capital do Rio de Janeiro, assim recolhendo seus impostos para mesma, recursos que deveriam estar na cidade de Resende.Sendo assim são infundados e vagos os constantes argumentos que se opera sem pagar os devidos encargos, os quais não são recolhidos pela incapacidade do poder público gerir o que já tem disponível.
Em relação aos ruídos do avião, como foi dito na reportagem o Aeroclube de Resende foi fundado em 1941, época em que praticamente não havia imóveis em torno do mesmo.Infelizmente o órgãos responsáveis pelas autorizações de construção, e PDZA (Plano de zoneamento de aeródromo), ainda não cumpriram o mesmo além de não terem informado os proprietários dos imóveis, autorizando as construções tão próximas ao aeródromo.Temos que lembrar que recebemos muito mais apoio da população de Resende, a qual já se identifica com atividade de tamanha expressão no país, do que reclamações por conta dos ruídos, haja vista as decolagens começarem após o nascer do Sol e terminarem antes de começar a noite, que é o período que geralmente se necessita de maior tranquilidade para descanso.No demais como se diz o ditado; não é possível agradar a todos.Se o poder público estivesse tão preocupado com os ruídos incomodarem a população, não teria licitado as instalações erguidas pelo Aeroclube para entregar a outro empresário desenvolver o paraquedismo, o que visa retirar da área os fundadores da atividade na região, os quais tornaram a mesma com tanta representatividade.
Já se o poder público tiver a felicidade de valorizar, apoiar e potencializar o que já é desenvolvido, teremos mais ganhos para todos, a entrada de um não deve ser razão para saída de outro.Que possam seguir o bom exemplo da Deputada Ana Paula Rechuan, ao valorizar a atividade, conseguiu aprovação da lei N° 7563 de 2 MAIO de 2017, tornando Resende a capital do Paraquedismo.

Amigo de Resende 9 de julho de 2018, 11:55h - 11:55

“segunda o ruído do avião incomoda demais a população é muito alto desde o início do voo até a aterrissagem”

MEU AMIGO, ali é um aeródromo, esperava que teria ruído de que? Uma serralheria? kart? Estádio de futebol? Ali sempre vai ter movimento de aeronaves, se não gosta, é só se mudar, simples como um bom dia.
OBS: O aeródromo é de administração municipal, e o que a grande maioria dessa população de Resende faz é passar o pano para o prefeito, Diogo Baliero. Em Dezembro de 2017, divulgou-se uma notícia de que o aeródromo de Resende receberia milhões para investimento. Pergunto, você como morador de Resende procurou saber aonde foi parar esse dinheiro? Duas possíveis respostas, no aeródromo NÃO FOI, e a favor da POPULAÇÃO também NÃO.

Realidade 9 de julho de 2018, 01:12h - 01:12

Todas as escolas de paraquedismo solicitaram alvará de funcionamento só que foi negado pelo prefeito anterior.
Como faz para recolher ISS aos cofres públicos se não são autorizados os alvarás?

Realidade 8 de julho de 2018, 15:45h - 15:45

A verdade por trás disso é, estão explorando comercialmente um coisa que é pública e necessita de concessão e que não, segunda o ruído do avião incomoda demais a população é muito alto desde o início do voo até a aterrissagem, terceiro a empresa não têm alvará de funcionamento e não paga os impostos com a exploração do local. Uma série de irregularidades sendo cometidas naquele local e ninguém faz nada. Se querem saltar de paraquedas ali naquele local que paguem os impostos, a concessão e andem dentro da lei, pois não é admissível a população ser explorada sem ter o devido retorno aos cofres públicos, uma vez que se trata de coisa pública e não particular.

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