Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Volta Redonda alerta sobre golpes contra idosos

by Diário do Vale

Volta Redonda – O Procon de Volta Redonda alerta os consumidores, principalmente os idosos, sobre golpes que vêm sendo praticados na região. De acordo com a atendente e substituta da coordenação, Virgínia Silva, um dos golpes mais aplicados é o dos representantes de uma marca de colchões magnéticos, com qualidades terapêuticas que prometem um verdadeiro “milagre” para as pessoas que sofrem de doenças na coluna. O problema é que o preço do produto informado na hora da venda é totalmente diferente da cobrança na fatura do cartão de crédito. Além disso, a apresentação e negociação do produto são feitos na porta dos consumidores.

– Na hora da compra o colchão, a princípio, custa R$ 2 mil, mas o produto pode custar ao consumidor R$ 10 mil, pois as prestações são longas e os juros altíssimos. Muitos idosos caem nesse golpe, pois o representante consegue convencê-lo que o produto pode ajudar na melhoria de doenças como artrite, por exemplo – disse.

Virgínia Silva comentou que o Procon já conseguiu resolver vários casos como este, e aconselha aos consumidores, especialmente os idosos, que segundo ela, são mais vulneráveis na hora das compras, que não comprem nada na porta de sua residência sem conhecer a procedência da empresa e os produtos oferecidos.

– Não comprem nenhum produto na porta de casa. Os idosos na hora da compra precisam ter ao menos um familiar ou um amigo que possa instruí-los, pois muitas vezes por estarem sozinhos e desatentos, tornam-se alvo mais fácil dos golpistas – alertou.

Golpe dentro de agências bancárias

Muitos idosos ainda têm o costume de ir aos bancos desacompanhados, inclusive na data do pagamento do benefício, e isso pode atrair a atenção dos golpistas que oferecem ajuda proposital para se beneficiar, quando percebe a dificuldade do idoso em alguma situação. Virgínia relembrou o caso de um idoso de Volta Redonda que perdeu R$ 12 mil dentro do banco, pois aceitou ajuda de um estranho no caixa eletrônico.

– O cartão do idoso ficou preso no caixa eletrônico, um desconhecido ofereceu ajuda indicando que o senhor ligasse no número indicado por ele para retirar o cartão da máquina. O idoso ligou do celular do golpista e passou todos os dados, inclusive a senha do seu cartão e perdeu R$ 12 mil. A vítima nos procurou, o Procon entrou  em negociação com o banco e conseguimos fazer a devolução do dinheiro – falou, acrescentando que nunca os idosos devem levar sua senha junto ao cartão, pois isso gera uma facilidade ainda maior na aplicação de golpes.

Golpe da revista

O consumidor deve ficar atento a tudo, até quando recebe de “brinde” uma revista na rua, que acaba se tornando dívida no cartão de crédito. De acordo com Virgínia Silva, vendedores mostram várias revistas da editora e botam uma na sua mão, dizem que existe uma parceria com algum cartão de crédito e assim você ganha um brinde. Ao conferir o cartão, copiam as informações, uma espécie de clonagem.

– Após copiar os dados, uma assinatura sem autorização do consumidor é feita e cobranças no cartão de crédito são realizadas – contou.

Dia do consumidor

O Dia do Consumidor foi comemorado na terça-feira, dia 15 de março. No Procon de Volta Redonda são realizados diariamente mais de 30 atendimentos presenciais. Umas das principais reclamações que chegam à agência são das empresas de telefonia, principalmente os planos de telefone fixo. Segundo Virgínia, além desse transtorno, outra reclamação recorrente são os cartões de crédito, devido à crise, muitos consumidores estão com dificuldade de segurar o saldo devedor.

– Administramos os atendimentos com sete funcionários, as demandas maiores são com as empresas de telefonia e atualmente os cartões de crédito, em relação às parcelas das dívidas, pois muitos não estão conseguindo pagar devido à crise e, além disso, tem dificuldade para negociar – explicou.

Virgínia ressaltou que em 60% dos casos, o Procon conseguiu intervir aumentando as parcelas e diminuindo o saldo devedor. Sobre os juros, o consumidor deve entrar com processo na Justiça.

Código de Defesa do Consumidor

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o cliente pode desistir do contrato no prazo de sete dias ao receber o produto ou assinar o acordo. Se desistir dentro da data, os valores que foram pagos devem ser devolvidos, e para isso o consumidor deve procurar o Procon o mais rápido possível. Virgínia lembrou que toda empresa é obrigada a possuir SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e se a empresa não respeitar a tentativa do Procon, é feita a mediação com o judiciário com uma declaração para a abertura de um processo por perdas e danos.

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