Sul Fluminense – Das seis cidades da região com mais de 30 mil habitantes três apresentaram saldo negativo de empregos no mês passado, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. Angra dos Reis teve -71, Barra do Piraí, -77 e Volta Redonda, -463. Barra Mansa teve o maior saldo positivo (141), seguida por Resende (88) e Barra do Piraí (54). Os dados foram divulgados na última quinta-feira (21) e se referem às cidades com mais de 30 mil habitantes. As que têm população menor não tiveram suas informações divulgadas.
O cenário do mercado de trabalho da região continua negativo em Angra dos Reis: foram 71 demissões a mais do que admissões em agosto, com 561 empregos a menos no acumulado do ano e -842 no acumulado de doze meses. A cidade da Costa Verde sofre com a crise do Estaleiro Brasfels, que teve forte impacto negativo na economia local.
Barra do Piraí
O saldo positivo de 54 empregos registrado pela cidade em julho ajudou a ampliar para 89 o resultado acumulado no ano. No primeiro semestre, a cidade tinha um saldo positivo de 21, mas os dados referentes aos últimos doze meses apresentam um recuo de 191 postos formais no município.
Barra Mansa
Embora o saldo positivo de agosto tenha sido o mais alto registrado entre as cidades da região com mais de 30 mil habitantes, essas 141 admissões a mais do que demissões foram insuficientes para reverter o saldo negativo que havia se acumulado em -966 no primeiro semestre e caiu para -952 entre janeiro e julho. Agora, o encolhimento do mercado de trabalho em 2017 está em 803.
No acumulado dos últimos doze meses, a perda de empregos em Barra Mansa chega a 1.060.
Paraty
O saldo negativo de 77 em agosto reverteu uma situação que, até então era positiva. Entre janeiro e julho, a cidade registrava 50 admissões a mais do que demissões. A cidade agora registra um encolhimento de 27 postos formais em seu mercado de trabalho e, no acumulado de 12 meses, tem 153 admissões a mais do que demissões.
Resende
Única cidade da região a apresentar saldos positivos tanto no mês (88) quanto no acumulado do ano (1.096) e nos últimos doze meses (961), Resende tem a possibilidade de manter a expansão. A Nissan ajudou a ampliar o mercado de trabalho local ao implantar o segundo turno de produção e a MAN Latin America, montadora de caminhões, anunciou mais 300 admissões ao logo dos próximos anos.
Volta Redonda
A forte contração no mercado de trabalho em Volta Redonda no mês passado foi ainda maior que o saldo negativo registrado em julho (-446). Esses dois saldos negativos reverteram o saldo positivo de 507, acumulado entre janeiro e junho. Os primeiros oito meses do ano apontam, agora, uma contração de 330 empregos formais.
Já quando se observa o resultado dos doze meses decorridos entre setembro de 2016 e agosto de 2017, o saldo é positivo: 247 vagas com carteira assinada foram abertas no período.
Brasil abre 35,4 mil novas vagas em agosto
O Brasil fechou o mês de agosto com um saldo positivo de 35.457 novos postos de trabalho, com crescimento de 0,09% em relação ao estoque do mês anterior. Esse foi o quinto mês consecutivo e o sexto do ano em que o Caged registrou um número maior de contratações do que demissões.
O resultado positivo de agosto reflete a diferença entre 1.254.951 admissões e 1.219.494 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 163.417 postos de trabalho, uma expansão de 0,43% em relação ao estoque de dezembro de 2016.
“Os números do Caged em agosto confirmam o processo de retomada gradual, mas firme e consistente da nossa economia, como resultado das medidas adotadas pelo governo para o País voltar aos trilhos do crescimento”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O saldo do mês passado é o maior desde agosto de 2014, quando foram abertas 130.904 novas vagas. Depois, houve dois anos seguidos de redução, com saldos negativos em agosto de 2015 (-77.320 postos) e agosto de 2016 (-22.261 postos), na série ajustada.
Em 2017, o Caged já havia registrado saldos positivos em fevereiro (+46.105), abril (+71.198), maio (+41.269), junho (+12.431) e julho (+35.900). Apenas em janeiro (-34.585) e março (-59.738) houve reduções. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo ainda é negativo, com o fechamento de 544.658 postos de trabalho, uma redução de 1,40% no contingente de empregados celetistas do País.
Setores
Cinco dos oito setores de atividade econômica tiveram crescimento no nível de emprego em agosto. Destacaram-se:
Serviços: +23.299 postos (+0,14%);
Indústria de Transformação: +12.873 postos (+0,18%);
Comércio: +10.721 postos (+0,12%);
Construção Civil: +1.017 postos (+0,05%);
Administração Pública: +528 postos (+0,06%).
Apenas três setores tiveram reduções:
Agricultura: -12.412 postos (-0,75%);
Serviços Industriais de Utilidade Pública: -434 postos (-0,11%);
Indústria Extrativa Mineral: -135 postos (-0,07%).
O crescimento no setor de serviços foi puxado pelos subsetores de Ensino; Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários; Administração de Imóveis, Valores Mobiliários e Serviços Técnicos Profissionais.
Na Indústria de Transformação, 8 dos 12 subsetores apresentaram resultados positivos, com destaque para a Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas; Têxtil e de Vestuário; Metalúrgica; a Materiais de Transporte; e Madeira e Mobiliários.
O bom desempenho do Comércio é explicado pelo crescimento do Comércio Varejista, com destaque para as áreas de Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, principalmente Produtos Alimentícios – Hipermercados e Supermercados; Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário; e Comércio de Peças e Acessórios para Veículos Automotores.
Na Construção Civil, o saldo positivo foi impulsionado por Construção de Rodovias e Ferrovias; Instalações Elétricas; e Obras de Terraplenagem.
Já a Agricultura teve uma redução em agosto, devido às quedas nos subsetores de Cultivo de Café e Atividades de Apoio à Agricultura. Por outro lado, houve crescimento no número de novas vagas nos cultivos de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas; Frutas de Lavoura Permanente, exceto Laranja e Uva; e Cana-de-Açúcar.
Regiões e Estados
Segundo os dados do Caged, todas as regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em agosto, com destaque para o Nordeste, que registrou 19.964 novos postos (+0,32%). Na Região Sul, foram 5.935 novas vagas (+0,08%), um pouco acima do saldo do Centro-Oeste, com 4.655 vagas abertas (+0,15%). As regiões Norte, com 3.275 novos postos (+0,19%) e Sudeste, com 1.628 postos (+0,01%) também tiveram crescimento no emprego formal. “Os números mostram que o crescimento do emprego e a recuperação da economia já ocorre em todo o País”, pontuou o ministro
Entre os 26 estados e o Distrito Federal, 19 tiveram saldo positivo. Os maiores crescimentos ocorreram em São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco e Paraíba.
6 comments
E pensar que o Hospital Regional, A Rodovia do Contorno e o shopping Park Sul, quando funcionando, impulsionarão bastante a geração de empregos fixos nos setores de comércio e serviços… A tendência é que as atividades ligadas à siderurgia percam cada vez mais empregos, num processo natural de modernização…
A primarização em julho e agosto, dos serviços de manutenção da CSN, tão comemorada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, contribuiu muito para esses números negativos. Ela admitiu bem menos do que a antiga contratada dela empregava.
O desemprego bate na porta dos médicos pediatrias de volta redonda , prefeito Samuca demitiu vários salve engano são vinte pediatras demitidos
Tenho muita pena de médico. Nossa…
Tá Demais,
Seu comentário foi simplesmente ridículo, pois os médicos ganham salário de fome,
trabalham excessivamente para ganhar o que vale o investimento.
Para formar um médico gasta aproximadamente R$ 700.000, para ouvir um
comentário igual ao seu.
Estranhamente, esse Diário do Vale vinha publicando artigos de teor completamente diferente desse. Na ocasião o jornal mostrava um crescimento espantoso no que se refere à criação de novos empregos, enquanto eu dizia em vários comentários, que a verdade era exatamente contrária à posição do jornal, haja vista a quantidade de candidatos a vagas de emprego vistos formando filas nas imediações dos escritórios de contratação de trabalhadores.
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