Meus amigos são simples,
Com elegância de príncipe,
Status maduro,
E alma de criança.
Meus amigos abraçam,
Com força cada causa,
E enfrentam muita coisa,
Que até a coragem foge.
Meus amigos, azes ao volante,
Vorazes Pilotos de avião,
Almirantes de mares,
Mas não deixam de descer morro no papelão.
Amigos como os meus,
De mal não ficam,
Maus não são,
Fazem bem pra muitos com sorriso e gratidão.
Ah! Que lindos amigos tenho perto,
Não são só meus,
É assim que é bom tê-los e os quero,
Pois dividir amigo, trás mais afeto, mais amigos até no teto.
Pego-me bobo falando de meus amigos,
Pois não sei ser de outra forma,
Bom amigo é o que consola,
A tristeza que vem e não assola.
Tenho amigos engraçados,
Namoradores,
Mal humorados,
Que dormem muito,
Ou ficam virados.
Mas não deixam de aparecer,
Em dias frios e feriados,
Pra tomar chá quente,
Comer frango com quiabo,
Jogar truco e partida de buraco,
Rindo da vida dobrado.
Amigo não vai embora,
Nunca some do mapa,
Amigo quando sai, volta,
Ou manda, pra achá-lo, uma rota.
Meus amigos hora são chatos,
Em alguns momentos amolam,
Em outras horas amargos,
Com verdades, não enrolam,
E as vezes pagam o pato,
E nos cobram, pra ter valor ao que são gratos.
Amigos não morrem,
Apenas adiam um contato,
Pois nos encontraremos,
Em caminhos opostos.
Assim se faz amigos,
Em andanças que se cruzam,
Em mares que se encontram com rios,
Com contraditórios. Mas não abusam,
De rir um do outro barrigudo,
E do outro que um dia foi cabeludo.
Amigos são ainda abelhudos, pra ajudar, Às vezes sem poder e com carinho absoluto.
Amor de amigo nunca, jamais vai embora,
Pois é com lembrança vivida,
Sem dor de partida,
Só alegria de chegada,
E só risadas de piada.
Melhor amigo não tenho,
Pois o melhor é ter amigo,
Sozinho é quem não tem,
Ou quem tem e acha que não é preciso.
Por V.F.