Barra do Piraí – A Secretaria de Assistência Social, da Prefeitura de Barra do Piraí, promoveu, na manhã de quarta, 18, a primeira caminhada contra o abuso e exploração sexual infantil, em alusão ao mês de maio. A ação visa alertar os moradores quanto à responsabilidade cidadã quanto ao tema, que atinge todas as camadas sociais. Outras atividades acontecem até sexta, 20, com panfletagens e trabalhos de conscientização.
Conhecido como “Faça Bonito”, o programa difundido pela Assistência Social é uma iniciativa do Ministério da Cidadania e Família, do Governo Federal, e visa denunciar casos de abuso e exploração sexual infantil. A data é uma referência a morte da pequena Araceli Crespo, abusada e assassinada brutalmente aos 8 anos de idade, em 18 de maio de 1973, em Vitória, capital do Espírito Santo. Este movimento tem ganhado notoriedade no Brasil, onde, segundo dados oficiais, cerca de 70% dos casos contra crianças e adolescentes estão ligados a pessoas da família ou próximas dela.
De acordo com a diretora de Proteção Social Especial, Eliane Ribeiro, Barra do Piraí também possui casos de abusos sexuais e de exploração, e “assim como os demais municípios, a população precisa denunciar”. Explica que essa agenda nacional – e de mobilização – envolve todo o município. Para acionar, é preciso ligar, gratuitamente, ao número 100, do Governo Federal; ou procurar os Centros de Referência Especializada em Assistência Social (Creas). “É um dia de luta! Datas como esta precisam ser incutidas no dia a dia da população, no sentido de conscientizar e denunciar a exploração sexual, mobilizando a sociedade e a comunidade. A morte de Araceli se deu há 49 anos, mas ainda é uma realidade atual; crianças morrem ou carregam estes traumas por conta da violação dos seus direitos; e os maiores estão em suas famílias. Portanto, utilizem os canais, como o Disque 100, para que sejam denunciados”, alerta Eliane.
O prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, relembra quando refez e readequou a Secretaria de Assistência Social do município, dando total liberdade para que fossem implementados projetos voltados para toda a população local. O chefe do Executivo pontuou a necessidade de criar mecanismos diretos de denúncia, como o Disque 100, e de ampliar ferramentas como os Creas, onde a sociedade seja parceira do Poder Público. “Não podemos e não devemos ser detentores e apropriadores de propostas como estas. Somos responsáveis pela difusão social de atividades como o de combate ao abuso de crianças e adolescentes. Nosso município, hoje, está completamente preparado a defender estas pessoas, indefesas por uma série de fatores. E a população também deve estar inserida nesse contexto; com atuação ativa e direta em pontos como este. Portanto, denuncie”, finaliza Mario.
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