Um grupo de ativistas de direitos humanos pediu hoje (4) ao presidente da Indonésia, Joko Widodo, para suspender as execuções dos dois traficantes de droga australianos e abolir a pena de morte no país.
Formado por 42 associações de mais de 30 países, o grupo condenou, em carta, a decisão do presidente de rejeitar o pedido de clemência para os dez presos que aguardam execução, depois de terem sido considerados culpados por tráfico de droga.
No último dia 18 de janeiro, seis estrangeiros foram executados por pelotões de fuzilamento em duas penitenciárias na Ilha de Java.
“Sua recusa em conceder indulto aos seis traficantes em janeiro foi desapontador e um passo na direção errada. Autorizar mais execuções prejudicou a imagem internacional da Indonésia e a relação de Jacarta com vários países”, afirmam os ativistas em carta enviada ao Executivo.
“Além disso, a decisão do governo de intervir para salvar a vida de cerca de 230 indonésios que foram condenados à morte no exterior é complemente incompatível com a sua decisão de autorizar execuções na Indonésia”, acrescenta o documento.
Quatro dos presos – dois australianos, um nigeriano e um filipino – foram transportados para a prisão de Kerobokan, em Cilacap, o ponto mais próximo dentro do território continental indonésio da ilha prisional de Nusakambangan, onde serão executados os condenados à morte.
Widodo mostrou-se inflexível e insistiu que não concederá clemência aos culpados por tráfico de droga.
Ainda não divulgada a data das execuções.