Aumento nos diagnósticos de autismo infantil reforça importância da detecção precoce

Tema foi debatido em palestra para acadêmicos de Medicina da UniFOA

by Agatha Amorim

Foto: Divulgação

Volta Redonda – Nos últimos anos, o número de diagnósticos de autismo infantil cresceu de forma expressiva, trazendo à tona desafios significativos para os profissionais da saúde, especialmente no que diz respeito à detecção precoce e ao tratamento adequado. Com a estimativa global de que 1 a cada 36 indivíduos esteja dentro do espectro autista, o transtorno, que antes era considerado raro, tornou-se uma realidade que impacta milhões de famílias ao redor do mundo.

Para discutir o tema, a Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia do curso de Medicina promoveu uma palestra no auditório da instituição, com a presença de acadêmicos interessados em se aprofundar na questão. A neuropediatra Clarisse Drumond foi a palestrante convidada e abordou a alta prevalência do autismo, destacando a necessidade de maior conscientização e formação dos profissionais de saúde. “Hoje, estima-se que o autismo afete entre 3% e 4% da população. Isso significa que não se trata apenas de uma questão de inclusão como algo raro, mas sim de uma necessidade real. Precisamos diminuir o preconceito, melhorar a qualidade do convívio e da assistência”, afirmou a especialista.

O presidente da Liga, Eduardo Gevisiez, ressaltou a relevância da discussão dentro do contexto acadêmico. “Estudar o autismo infantil é essencial, pois o transtorno tem atingido um número crescente de crianças e indivíduos em geral. O médico generalista, além do especialista, precisa saber interpretar e identificar os sinais iniciais, pois um diagnóstico precoce melhora significativamente o prognóstico e a qualidade de vida do paciente”, explicou.

Gevisiez também destacou como o tema fortalece a formação dos futuros médicos. “Nós seremos os primeiros a atender essas crianças, seja na unidade básica de saúde ou até mesmo dentro do nosso círculo social. Saber identificar os primeiros sintomas nos permite encaminhar para o especialista adequado e garantir o melhor cuidado”, completou.

Clarisse Drumond também ressaltou que o conhecimento sobre o autismo deve ser abrangente em todas as áreas da Medicina. “Independentemente da especialidade que cada aluno escolher no futuro, ele conviverá com pessoas dentro do espectro autista, tanto como médico quanto em sua vida pessoal. Compreender as particularidades, as comorbidades e as necessidades desses pacientes é essencial para uma assistência mais humanizada e eficaz”, concluiu.

A palestra proporcionou um importante espaço para discussões essenciais na formação acadêmica dos futuros médicos, preparando-os para atuar de maneira mais consciente e inclusiva na sociedade, com foco na melhoria da qualidade de vida de indivíduos com autismo.

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