Autônomos de Barra Mansa apostam na venda de máscaras mesmo com flexibilização

by Diário do Vale

Barra Mansa – Mesmo com a divulgação do decreto municipal nº 10.693, que isenta a população de Barra Mansa de utilizar a máscara de proteção contra a Covid-19 em locais abertos e fechados, vendedores autônomos que passaram os últimos dois anos vendendo máscaras caseiras, pelas ruas da cidade, garantem que vão continuar mantendo seus negócios.

É o que afirma a autônoma Eula Magda Pereira, de 57 anos, que trabalha com as vendas na Rui Rio Branco, onde ficou conhecida pela forma como fazia para atrair cós clientes, sempre gritando: “Olha a máscara”.

– Vou manter as vendas aqui, nesse mesmo ponto, porque a pandemia ainda não acabou e porque têm muitas pessoas, inclusive clientes, dizendo que vão continuar usando para se proteger. Quando eu comecei a vender máscaras na rua eu tinha apenas 12 unidades e agora isso se tornou a minha fonte de renda. Quando a pandemia teve início eu era vendedora ambulante de outros produtos e achei que fosse morrer de fome. Vim pra rua, quando tudo ainda estava fechado, o comércio, encarei o medo de pegar essa doença e passava o dia anunciando que tinha máscara para vender – ressalta a vendedora.

De acordo com ela, o objetivo é permanecer no mesmo ponto de vendas e observar como será a procura pelas máscaras nos próximos dias. Mas, como forma de se precaver, Eula explica que irá trabalhar com o estoque que já possui do produto e que, somente se for necessário, fará novos pedidos ao fornecedor.

– Só tenho que agradecer porque esse período de dois vendendo essas máscaras foi ‘meu ganha pão’. Também tenho muito que agradecer a todos os clientes que sempre nos deram preferência aqui no Centro da cidade – completou a autônoma.

Ao lado dela, quem também vende máscaras na rua, desde o início da pandemia, é a autônoma Lúcia Moreira, de 44 anos. No fim da tarde de ontem, ao atender a última cliente ela alertou que no município não era mais obrigado a usar a máscara em locais abertos e fechados e, conforme conta, foi surpreendida com a resposta.

– Eu avisei que não era mais obrigatório e ela me disse que, mesmo assim, vai continuar usando para se proteger, principalmente nos ônibus, que só andam lotados. Eu vou manter a venda do que tenho de estoque e acredito que muitas pessoas vão continuar comprando e usando, até porque o vírus ainda está circulando e fazendo óbitos – observou a vendedora.

Procura pelo acessório

Segundo Lúcia, o fato de em alguns locais o uso da máscara ainda ser obrigatório, como nos postos de saúde, hospitais e nas escolas, também vai influenciar na procura pelo acessório.

– Eu sou muito grata por esse tempo que vendi as máscaras, porque foi aqui que saiu a renda da minha família, já que meu marido que mexe com festas ficou sem trabalhar na pandemia. Espero que isso tudo esteja realmente chegando ao fim, mas eu também entendo que a vendas não serão mais como no pico da doença, quando as pessoas vinham e compravam várias máscaras para a família toda – conclui a autônoma.

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1 comment

Mascarado 15 de março de 2022, 15:40h - 15:40

eu mesmo fiz mais de 5.000 mascaras essa semana pra vender! vou vender tutinho.

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