Barra Mansa já detectou 118 casos de sífilis até outubro de 2018

by Diário do Vale

Testes rápidos de sífilis estão disponíveis em postos de saúde de Barra Mansa (Foto: Reprodução)

Barra Mansa – O descaso quanto ao uso de preservativo, a mudança no comportamento sexual e também a falta de penicilina no mercado. Estas são as principais causas para o aumento de casos de sífilis no estado do Rio, em movimento acompanhado pelas cidades da região. Em Barra Mansa, por exemplo, foram detectados 118 casos de sífilis no período de 01 de janeiro a 26 de outubro de 2018.

No estado do Rio, o número de infectados aumentou 48,8% de 2016 para 2017. Segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do estado, enquanto que em 2016 foram notificados 8.956 casos de sífilis adquiridas, em 2017 foram notificados 13.328 casos.

De acordo com a coordenadora do programa de IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais de Barra Mansa, Renata Rena, a alta fez medidas preventivas serem adotadas. Atualmente, Barra Mansa conta com 46 Unidades de Saúde que realizam o teste rápido, além do Hospital da Mulher e o próprio Programa de IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais.
Entre as formas de se prevenir contra a doença e as maneiras de transmissão, a coordenadora Renata destaca que o uso correto e regular da camisinha – feminina ou masculina – é essencial. Além disso, o acompanhamento das gestantes e parceiros sexuais durante o pré-natal contribui muito para o controle da sífilis congênita.

A coordenadora explicou que a sífilis é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) de caráter sistêmico, causada pelo Treponema pallidum, exclusiva do ser humano, tendo como principal via de transmissão o contato sexual. Em seguida, vem a chamada transmissão vertical para o feto durante o período de gestação. Também pode ser transmitida por transfusão sanguínea. Ela ressalta, no entanto, que o diagnóstico, tratamento e acompanhamento para a Sífilis esta disponível em todas as Unidades de Saúde que realizam os testes rápidos.

Na opinião de Renata Rena, a condição sorológica de muitas pessoas para a sífilis é desconhecida. Isso acontece porque o agente causador da sífilis (Treponema Pallidum) pode ficar no organismo do ser humano durante anos sem que apresente qualquer sintoma. Desconhecendo seu status sorológico, a pessoa com sífilis pode se tornar um vetor involuntário. Sendo assim, o conhecimento dessa informação pode desencadear ações de tratamento e seguimento da sífilis, promovendo a quebra da cadeia de transmissão da infecção de milhares de pessoas.

– O controle da sífilis, não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde, para interromper a transmissão dessa infecção e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde. No caso das mulheres, elas ainda são as mais vulneráveis as ISTs de uma forma geral. Elas têm, por exemplo, dificuldade de negociar o preservativo com o parceiro. Mas por outro lado o acesso da mulher ao diagnóstico também é maior, por isso é mais fácil contabilizar essa população. Então, durante o aconselhamento, a fala dos profissionais em relação ao uso do preservativo, é focando no autocuidado – esclarece Renata.

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1 comment

Central VR 11 de novembro de 2018, 15:01h - 15:01

Cruz credo kkkkkk que cidade deprê é essa? É gato morrendo, sífilis…tem q descontaminar esse lugarejo aqui de nossa região.

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