Rio –
A diretoria do Botafogo, junto com seu departamento de Marketing, tem gerado polêmicas em 2015 quando o assunto passa por geração de receitas. O comentado patrocínio com uma rede de lojas que exibe os preços dos produtos na camisa do clube já tinha gerado muitas discussões após a vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo. No domingo passado, na derrota de 3 a 1 para o Fluminense, a ousadia foi ainda maior, com o preço do produto anunciado no primeiro tempo tendo sofrido uma redução no intervalo do jogo. O resultado é que na segunda etapa o Glorioso exibiu uma nova camisa, com o produto, um secador de cabelos, custando R$ 10 mais barato.
A estratégia do departamento de Marketing do Botafogo, que está satisfeito com o retorno, assim como os patrocinadores, tem sido muito questionada pelo mercado em geral. O presidente Carlos Eduardo Pereira tem evitado comentar muito a polêmica. Um diretor do clube chegou a ironizar a preocupação do mercado com o patrocínio do Botafogo, uma vez que no ano passado ninguém se interessava pelos problemas financeiros do Glorioso.
Mas a estratégia agressiva do Marketing do Botafogo para aumentar as receitas do clube promete ampliar seus horizontes. Isso porque a revista “Veja” traz que o clube tem negociado o naming rights do Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, com a o Grupo Record, de propriedade do Bispo Edir Macedo. A ideia é transformar o estádio na Arena Record. O empresário religioso estaria disposto a pagar R$ 15 milhões por ano, dinheiro que cairia como uma luva nos cofres do clube.
A medida, porém, deverá gerar a ira da Rede Globo, que hoje possui os direitos de transmissão de quase todas as competições que o Botafogo participa. Porém, nos corredores de General Severiano há quem diga que a negociação é uma clara ameaça do Alvinegro ao grupo Globo, já que o clube está insatisfeito com as distorções na divisão de receitas de cotas de televisão. O Botafogo questiona a quantia paga ao Flamengo e até mesmo a seus outros rivais no Rio de Janeiro, como Vasco e Fluminense. Com uma carta dessas nas mangas o Botafogo pode acabar fazendo a Globo rever os valores pagos pelos direitos de transmissão.
Um fonte ligada ao clube informou que a Rede Globo, inclusive, já estuda até mesmo auxiliar o Botafogo a conseguir uma outra empresa para usar o naming rights do Estádio Nilton Santos. Um grande banco estaria em pauta.
Os próximos dias prometem ser decisivos para o Marketing do Botafogo em algumas questões. A primeira envolve a busca por um patrocínio master e não será surpresa se o anunciante que estampou a marca nos clássicos, inclusive alterando o preço dos produtos, assuma de vez o espaço na camisa alvinegra, dessa vez pagando um valor master pelo espaço. Além disso, o clube aguarda uma evolução para o caso do naming rights do Estádio Nilton Santos.
Desfalques
Dentro de campo o técnico René Simões já está pensando na partida da próxima quarta-feira, às 19h30(de Brasília), contra o Tigres do Brasil no Estádio Nilton Santos. Para este compromisso o treinador não poderá contar com o volante Marcelo Mattos e com o atacante Bill, suspensos. O primeiro foi expulso contra o Fluminense e o segundo foi advertido com o terceiro cartão amarelo no mesmo jogo.
Para a vaga de Marcelo Mattos é possível que Aírton ou Fernandes seja escolhido, enquanto que Tássio surge como o grande favorito no ataque. Sassá também pode ser uma das opções.
Outra mudança deverá acontecer na zaga, com Roger Carvalho, que cumpriu suspensão no clássico, reaparecendo na vaga de Diego Giaretta. O time deverá ser definido no treino previsto para a tarde desta quarta-feira.