Bombeiros retiraram dois corpos do Rio Campo Belo, em Itatiaia

by Diário do Vale

Corpo de jovem que estava desaparecida foi encontrado nesta manhã de segunda-feira
(Foto: Reprodução Facebook)

 

José Soares, de 55 anos, também foi vítima da cabeça d’água
(Foto: Reprodução Facebook)

Itatiaia- O Rio Campo Belo foi o cenário de uma cabeça d’água que deixou ao menos dois mortos, no fim da tarde deste domingo, em Itatiaia. O corpo de José Soares, de 55 anos, foi encontrado ainda na noite de domingo e Júlia Machado Miranda, de 18 anos, foi encontrado por volta das 10h desta segunda-feira (21). O Corpo de Bombeiros comanda os trabalhos de busca na região desde o domingo, em um trabalho que entrou pela segunda-feira.

O corpo da jovem foi localizado a cerca de 300 metros da cachoeira “Paraíso Perdido”. Segundo informações das equipes de busca, ela estava com o namorado quando o nível do rio Campo Belo subiu três metros por causa da cabeça d’água. De acordo com a delegacia de Resende (89ª DP), parentes de Júlia já fizeram o reconhecimento do corpo, que foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), de Resende.

Oito bombeiros de Itatiaia e Resende fizeram a varredura na região desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira em busca do corpo da jovem. Um representante da corporação informou que o nível da água no Rio Campo Belo baixou consideravelmente e que um helicóptero ficou à disposição da equipe.

Os bombeiros receberam o alerta sobre a cabeça d’água na cachoeira conhecida como “Paraíso Perdido” às 18h45 de domingo. Segundo eles, as cabeças d’água costumam se formar após chuvas intensas em áreas altas de rios e cachoeiras. Com isso, há um acúmulo de água que depois desce de forma repentina pelo leito do rio, com aumento do volume e da força da água.

De acordo com os Bombeiros, uma chuva forte no domingo atingiu a cabeceira do Rio Campo Belo, por volta das 14h, e quatro horas depois o fenômeno cabeça d’água acabou atingindo a localidade do “Paraíso Perdido”, onde estavam os banhistas. O local é bastante frequentado por moradores e turistas no verão.

De acordo com a Defesa Civil de Itatiaia, dois carros foram abandonados nas proximidades do Parque Nacional. Testemunhas afirmaram que um deles teria placa da cidade do Rio. A informação inicial de que oito pessoas estariam desaparecidas, mas isso não foi confirmado pelos bombeiros.

Outro caso

No último sábado, outra cabeça-d’água ocorreu na cidade e deixou duas pessoas da mesma família mortas. Tio e sobrinho se afogaram na região da Fazenda Aleluia, no bairro Vila Pinheiro, em Itatiaia. Renildo Máximo Barbosa, de 54 anos, era funcionário da Guarda Municipal de Itatiaia e tentou socorrer o sobrinho Nicolas Alexandre Alves. Nenhum dos dois resistiu.

A prefeitura de Itatiaia disse, em nota, que dispõe no local de uma equipe da Guarda Municipal e Defesa Civil para informações. A nota diz ainda que solidariza com os familiares neste momento de perda e dor.

 

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21 comments

CARLOS 23 de janeiro de 2019, 11:07h - 11:07

Fico pensando, todo ano acontece essa mesma coisa, porque as autoridades não estudam uma maneira de colocarem um sinal sonoro para avisar os frequentadores desses locais quando acorrem esse tipo de fenômeno

capeta da grota do Santa cruz 21 de janeiro de 2019, 23:26h - 23:26

tomar ducha em casa sai mais barato ….

Cavalgadura Diplomada 21 de janeiro de 2019, 19:42h - 19:42

O lazer para os mais pobres é negligenciado. Banho de rio no Brasil não é aventura e/ou irresponsabilidade, mas cultural e raiz de nossa história. Já acontecia por aqui antes dos europeus brotarem por cá e é o que explica brasileiro tomar banho todos os dias diferentes de outras culturas pelo mundo. Tomar banho diariamente não é natural, mas cultural e aqui isso se deu por conta dos rios e nos primeiros habitantes.
Poder público prefere empurrar pro munícipe a culpa e alguns aliançados aceita como cordeiros.

O Pirata 21 de janeiro de 2019, 18:34h - 18:34

Não gosto de cachoeira, não frequento e não deixo meus filhos e esposa frequentarem. Cachoeira sempre foi um perigo.

Adélia. 21 de janeiro de 2019, 18:23h - 18:23

Mas a natureza é indomável. Córregos e rios com nascentes em áreas altas são perigosos e ardilosos. Algumas orientações poderiam ser colocadas em placas nessas áreas mais populares para que as pessoas possam agir mais rapidamente. E evitar o uso de álcool ou substâncias ilícitas pq isso diminui a abilidade do indivíduo agir rapidamente e sempre entrar em dupla. Nunca sozinho. Não digo que foi o caso em questão, mas ficam as dicas.

Antonio Carlos Peludo 21 de janeiro de 2019, 16:45h - 16:45

Olha em um pais serio cabeças iriam rolar, isso que acontece em Itaitiaia é contumaz, cada governante imputa a tragedia a alguem ou algo . Lamentavel

Observador 21 de janeiro de 2019, 19:08h - 19:08

Cabeça de quem? Tem placas informativas sobre o risco daqueles locais. Infelizmente a dor agora é grande para os que ficaram, mas a realidade não deveriam ter entrado ali.

Fernando 21 de janeiro de 2019, 14:21h - 14:21

Galera que curte passeios em trilhas, riachos e cachoeiras (coisa que tem muito em nossa região), principalmente nessa época muito quente e de tempestades repentinas, localizadas e típicas de verão. Muito cuidado ao frequentar estes locais!!Já tivemos no Brasil e estamos tendo acidentes, neste verão, por afogamento devido às “cabeças d’água”(vem sendo chama erroneamente de “tromba d’água”, mas o que importa agora é saber o perigo). São cheias repentinas dos rios devido à chuvas localizadas, em geral, em região de nível mais alto, nas cabeceiras do rio e afluentes. Aqui no Rj, no relevo de serras como a Mantiqueira ou Serra do Mar, quem está mais abaixo muitas vezes não vê o que se passa com tempo lá no alto e é bastante comum vê um céu aberto com sol no vale, mas onde sua vista não alcança, nuvens de tempestade se formam e chove pesado. A enxurrada vem praticamente de uma vez só numa correnteza muito forte e, não raro, o tempo para deixar o rio em segurança é ínfimo. Prefira parques ecológicos ou balneários com guias e vigilância que informem os visitantes sobre condições de segurança do local. Informe-se sempre sobre as condições meteorológicas no local, no dia de sua visita, informe-se sobre os horários frequentes de chuva (podem ocorrer no período da tarde, por exemplo, então vá cedo). Se conseguir avistar nuvens de chuva se formando ao topo, não permaneça na água. Evite banhos em locais de difícil acesso ao rio/cachoeira, isolados e que quase sempre também será local de difícil evacuação em caso de perigo. Não vá sozinho, você pode precisar de ajuda. Prefira locais com visão do rio acima de onde se está, fique atento e ao perceber elevação no nível da água, água ficando “barrenta” ( se forem águas límpidas), saia da água mas com atenção: rios e cachoeiras com muitas pedras já são um risco de escorregamento e queda por si só.

Bruno 21 de janeiro de 2019, 16:08h - 16:08

Parabéns pelo informativo. Deus te abençoe

Juliana 21 de janeiro de 2019, 22:19h - 22:19

Esse sim é um comentário que vale a pena ler. Ótimas observações!

Ana Paula 21 de janeiro de 2019, 23:48h - 23:48

Parabéns e obrigada pelo seu comentário.
Ótimas informações. Deus te abençoe.

SIMONY 21 de janeiro de 2019, 13:15h - 13:15

HOJE A REPORTER DA TV RIO SUL PERGUNTOU AOS BOMBEIROS SE HÁ ALARME E ELE DIZ QUE HÁ UM PROJETO, MAS TEM QUE SER APROVADO PELA PREFEITURA. CADE ESSA APROVAÇÃO? QUANTAS PESSOAS MAIS VÃO TER QUE MORRER, AFINAL O PESSOAL GASTA PARA VISITAR O PARQUE E OUTROS LUGARES ALÉM DE VISITAR A PRÓPRIA CIDADE DE ITATIAIA, ISSO DEVERIA SER UM RETORNO NO MÍNIMO

REVOLTADO 21 de janeiro de 2019, 12:45h - 12:45

Sempre que acontece alguma tragédia aparece o corpo de bombeiros falando sobre fiscalização, fiscalização que não é feita basta ver os clubes funcionando sem nenhuma documentação, sem salva vidas e o que é mais importante sem equipamentos de primeiros socorros é tragédia anunciada vai esperar acontecer para chegar e fechar não seria melhor previnir.

Ana 21 de janeiro de 2019, 12:40h - 12:40

O nome correto do fenomeno que ocorreu em Itatiaia é cabeça d’água. Tromba d’água é um tornado que se forma em rios ou mares.

Franciele Bueno 21 de janeiro de 2019, 14:15h - 14:15

Boa tarde, o erro foi corrigido.
Agradecemos a observação!

alex 21 de janeiro de 2019, 12:15h - 12:15

todo ano isso , o povo não aprende , epoca de chuvas e em locais de perigo como rios e cachoeiras sempre da merda! e tambem não ha avisos sobre a incidencia de inundações repentinas dos rios , !!!!

Marcelo 21 de janeiro de 2019, 12:03h - 12:03

Vai trabalhar
Animal

Luis 21 de janeiro de 2019, 11:57h - 11:57

Não tem nada de Paraíso isso !

Costa 21 de janeiro de 2019, 09:45h - 09:45

Tragédia anunciada, pq a prefeitura não faz uma cobrança e põe sistema de sinalização para alertar os banhistas quando o volume de chuvas no alto é elevado?

Verdade 21 de janeiro de 2019, 11:48h - 11:48

Verdade, aliás quando têm chuva forte no alto da serra é visível ver o rio descendo a serra com um volume maior o que daria tempo de retirar essas pessoas do rio, através de sistemas de alarmes. Mas sabe como é governo nunca está nem aí para o povo, porque não é a primeira vez que isso acorre esse rio é muito perigoso justamente por causa disso.

Salete 21 de janeiro de 2019, 12:38h - 12:38

Vc tá querendo proibir pobre de nadar na cachoeira? Vai te catá!

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