Estado do Rio – O desconforto causado pela ansiedade, fez com que Alessandra Feitosa encontrasse no Marley, cão da raça golden retriever, o acolhimento necessário para superar as adversidades enfrentadas no dia a dia. Marley é um dos 126 cães que receberam o certificado de suporte emocional, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), por meio da subsecretaria de Bem-Estar Animal, desde 2022. A Certificação de Cães é um registro oficial do estado que permite ao seu dono ingressar e permanecer com o animal em locais públicos ou privados de uso coletivo, em transporte público, além de estabelecimentos comerciais.
– O Marley é tudo pra mim. Eu o adotei em um momento muito difícil, com sinais de maus tratos, e hoje ele é essencial na minha vida. O carinho e a segurança que me proporciona é tão importante que me sinto muito melhor com ele do que com qualquer medicação – conta.
Outro bom exemplo de parceria é a história de Rudá, outro cão da raça golden retriever, e sua tutora, Danielle Cristo. Ambos dão “expediente” na Secretaria de Estado de Saúde. Ela foi uma das primeiras a receber uma licença do Estado do Rio de Janeiro para cães de suporte emocional. Rudá é o seu segundo cão de apoio, Prince foi o primeiro.
– Passei por duas situações traumáticas: uma foi o falecimento de minha mãe, e a outra o roubo do meu carro à mão armada. Depois de algum tempo de terapia, percebi que o Prince era essencial ao meu tratamento, que dou continuidade com o Rudá. O cão alivia minha solidão, reduz o estresse e me dá confiança. Antes, eu inventava desculpas para não sair, isso não acontece
agora – relata a bióloga e bacharel em Direito, responsável pela emissão de Certificados de Cães de Suporte Emocional na SES.
A certificação – em formato de crachá – possui foto do animal, espaço para colocação do número do microchip, nome do tutor e CPF, além de telefones de contato. Caso não tenha nenhuma pendência no pedido, o documento é liberado, em média, em 30 dias.
– Os cães estão sendo cada vez mais usados como apoio terapêutico para aliviar a solidão, reduzir estresse, promover e ampliar interação social e, até mesmo, como prevenção ao suicídio. Não há dúvida que eles são um bom remédio para combater os transtornos mentais – destacou a subsecretária de Bem-Estar Animal, Camila Costa.
O envio da documentação dos tutores e dos animais é feita pelo e-mail: [email protected]. As informações devem ser enviadas em PDF e o laudo médico, que deve ser atualizado a cada seis meses. Os tutores devem fornecer RG, CPF, laudo médico especificando a CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), comprovante de residência, dois telefones e e-mail.
Já o cachorro, precisa de foto atual, carteira de vacinação (múltipla e antirrábica) atualizada, foto do colete na cor vermelha com a identificação do cão de suporte emocional, certificado de adestramento assinado por escola de adestramento ou profissional autônomo, com CPF e RG do mesmo e número do microchip caso o animal possua.
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