Comércio e serviços derrubam números do emprego na região

by Paulo Moreira

 

Expectativa: Números gerais ainda são negativos, mas indústria começa a empregar mais que demitir (Foto: Arquivo)

Expectativa: Números gerais ainda são negativos, mas indústria começa a empregar mais que demitir
(Foto: Arquivo)

Sul Fluminense – As demissões nos setores de comércio e de serviços afetaram os números do mercado de trabalho das quatro maiores cidades da região. Em Angra dos Reis, Barra Mansa, Resende e Volta Redonda, esses setores registraram mais demissões que admissões e puxaram os indicadores de emprego para baixo, de acordo com os dados do Caged-MT (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho), divulgados nesta sexta (03).

Nas quatro cidades, o saldo geral, considerando todos os setores da economia, foi negativo. A maior queda foi em Barra Mansa (-539), seguida por Angra dos Reis (-236), Volta Redonda (-191) e Resende (-94).

A Indústria de Transformação, principal empregador nas maiores cidades da região, teve saldos positivos em  Volta Redonda (40) e Resende (33). A indústria teve mais demissões que admissões em Angra dos Reis (-79) e Barra Mansa (-26).

A reação do emprego industrial em Volta Redonda e Resende pode estar ligada às contratações que estão sendo feitas pela CSN em Volta Redonda pela Nissan em Resende. As duas indústrias anunciaram contratações este mês: a siderúrgica deve admitir mais 400 pessoas, depois de retomar as atividades de seu Alto-Forno 2 no fim do ano passado, e a montadora deve contratar 600 pessoas para a montagem do seu novo modelo o Kicks.

 

No Brasil

 

Pelo 22º mês seguido, mais pessoas foram demitidas do que contratadas com carteira assinada. Segundo o Caged, o país fechou 40.864 postos formais de trabalho em janeiro. O número leva em conta a diferença entre admissões e demissões.

A última vez em que o Caged registrou saldo positivo foi em março de 2015, quando 19,2 mil vagas haviam sido criadas. Apesar do desempenho negativo em janeiro, o saldo foi melhor que no mesmo mês de 2015 e 2016, quando haviam sido extintas 99.694 e 81.744 vagas, respectivamente.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o país acumula o fechamento de 1,28 milhão de postos formais de trabalho. Em 2016, o país extinguiu 1,32 milhão de vagas com carteira assinada, com pequena melhora em relação a 2015, quando 1,54 milhão de empregos haviam sido extintos.

 

Comércio lidera demissões

 

Na divisão por setores da economia, o comércio foi o que mais demitiu em janeiro, com 60.075 vagas encerradas. Na sequência, os setores de serviços, com 9.525 postos extintos, e a construção civil, com 775 empregos a menos. A indústria extrativa mineral fechou 59 vagas em janeiro.

Os números, no entanto, apontam sinais de recuperação do emprego em outros setores. A indústria de transformação, que vinha demitindo nos últimos anos, abriu 17.501 vagas em janeiro. A agricultura gerou 10.663 postos de trabalho. Na administração pública, as contratações superaram as demissões em 671 empregos.

 

Nordeste

 

Na comparação por regiões, o Nordeste liderou as demissões, com extinção de 40.803 postos de trabalho em janeiro. Em seguida, vêm as regiões Sudeste (-30.388 vagas) e Norte (-6.835). O Sul liderou a criação de empregos, com 24.391 vagas abertas, seguido pelo Centro-Oeste, com 12.771 novos postos formais.

De acordo com o Caged, nove estados fecharam janeiro com criação de empregos. O destaque foi Santa Catarina, com aumento de 11.284 vagas formais, principalmente nos setores de indústria da transformação, serviços e construção civil.

Em seguida, Mato Grosso, com acréscimo de 10.010 vagas, que se concentraram na agropecuária e nos serviços. Os estados que mais fecharam postos formais de trabalho foram o Rio de Janeiro (-26.472) e Pernambuco (-13.910).

 

 

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9 comments

Max 6 de março de 2017, 12:34h - 12:34

Muitas empresas poderiam ter vindo pra região, porém a corrupção política eba ganância imobiliária as levaram para Bahia e outras regiões…

Quem sabe agora as coisas nao mudam? Nao por causa de político A ou B, mas porque sempre parecemos aprender depois de dar tiro no pé… Quem sabe pelo menos aprendamos alguma coisa com essa crise…

Diabo Loiro 4 de março de 2017, 12:59h - 12:59

Kkkkk, tô nem aí, quero ver o caos. Continuem a fazer as escolhas erradas, PT, PMDB, Samuca, Albertassi, Gotardo, etc….. Depois vão se lamentar.

Max 6 de março de 2017, 12:31h - 12:31

Quer dizer então que a sua escolha é a única correta? Sei. Legal.

estamos de olho 4 de março de 2017, 12:02h - 12:02

Pergunta para o povão se eles estão preocupados. Hoje ainda temos carnaval. Pao e circo para deixar o povo feliz.

Bolsonaro já!! 4 de março de 2017, 13:51h - 13:51

É verdade

capivara 4 de março de 2017, 16:49h - 16:49

verdade

Bruno 4 de março de 2017, 09:39h - 09:39

No começo do ano essas demissões no comércio são normais, pois ocorre a contratação de pessoal extra no fim do ano para atender a demanda do natal

VOLTA REDONDA CRESCE IGUAL RABO DE CAVALO 4 de março de 2017, 09:29h - 09:29

Volta Redonda no que diz respeito a crescimento ECONÔMICO, GERAÇÃO DE EMPREGOS,….. nos últimos 20 anos cresceu igual a rabo de cavalo…. Prá baixo….

Tá Demais 3 de março de 2017, 21:47h - 21:47

CSN dá com uma mão e tira com a outra… Nissan é só papo furado…

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