Comitê Guandu-RJ: Está no ar a nova temporada do podcast

Episódio aborda o tema "Turismo Agroecológico"

by ana Calderone

Estado do Rio – O Comitê Guandu-RJ lançou na quarta-feira (26) o primeiro episódio da nova temporada do podcast “Quanto Vale a Água?”. O tema abordado é “Turismo Agroecológico”. Outros quatro episódios serão divulgados, com assuntos debatidos entre membros do colegiado e especialistas convidados. Todos os episódios tratam dos valores da água em diferentes perspectivas e como ações conjuntas e individuais podem contribuir para a preservação e segurança hídrica da Região Hidrográfica.
A diretora de Restauração Ambiental do Comitê Guandu, Cristiane Siqueira, recebeu para o bate-papo sobre Turismo Agroecológico a professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Carmelinda da Silva; o pesquisador da Embrapa, Mauro Sérgio Vianello; e Verônica Lago Battezini, formada em Turismo e Hotelaria, que atualmente integra o projeto PAF (Re)Floresta, Água e Carbono, em Rio Claro. Eles discutiram as potencialidades, o planejamento e os desafios do setor.
Segundo o pesquisador Mauro Sérgio Vianello, a Região Hidrográfica II tem grande potencial para o turismo agroecológico. “Nossa região pode se transformar em uma referência para outros territórios. Temos muito potencial com os recursos hídricos e a biodiversidade, mesmo com o adensamento populacional em algumas áreas. Podemos promover transformações sociais, ambientais, socioeconômicas e produtivas na região, resolvendo desafios e trazendo qualidade de vida. Isso é viável e possível”, destacou Vianello.
O pesquisador, doutor em Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável, citou como exemplos a Fazendinha Agroecológica e sítios que praticam agricultura orgânica e agroecologia, além de comunidades quilombolas e de agricultores familiares. “A região tem um grande potencial para estruturar um plano estratégico de desenvolvimento do turismo agroecológico”, comentou.
A professora Carmelinda da Silva, que tem experiência em turismo, hotelaria, planejamento e ecoturismo, afirmou que a Organização Mundial do Turismo estabelece que o turismo, antes de ser bom para o visitante, precisa ser bom para a comunidade. “É fundamental o envolvimento da comunidade. O turismo não é apenas uma questão da iniciativa privada. Existem três atores envolvidos: a população, o setor público e o setor privado. Todos têm papéis importantes no desenvolvimento do turismo. Acredito muito no turismo rural e no fortalecimento da comunidade”, ressaltou Carmelinda.
A diretora Cristiane Siqueira, mediadora do episódio, destacou a importância da educação ambiental para a prática do turismo sustentável. “Qualquer atividade em visitas a fazendas, por exemplo, gera resíduos. É preciso conscientizar os turistas sobre essas questões. O turismo é um tema multidisciplinar que envolve muito a educação ambiental”, apontou.
Verônica Battezini, especialista em Biologia da Conservação, acrescentou que, além da educação ambiental, há uma “interpretação ambiental”, que é o papel do guia em ajudar o visitante a compreender o ambiente. “Isso não se limita à produção de alimentos. Também envolve os animais, que despertam curiosidade nos visitantes. Eles querem saber quais espécies frequentam o local, se há animais migratórios ou residentes, grandes ou pequenos”, explicou Verônica.
O Manual Operativo do Plano Estratégico de Recursos Hídricos do Comitê Guandu prevê o incentivo ao turismo agroecológico como forma de conservação e proteção. O colegiado já tem experiências nessa área por meio do PAF, especialmente com o (Re)Floresta, realizado em parceria com a AGEVAP, a Petrobras Socioambiental e o Comitê Guandu no município de Rio Claro.
“O projeto tem uma vertente socioambiental, e estamos trabalhando com educação ambiental. Já realizamos capacitações externas para a comunidade quilombola, mas também envolvemos empresas rurais específicas”, declarou Verônica, anunciando a ampliação da agenda do Programa de Turismo Agroecológico do PAF.
O Comitê Guandu-RJ também prevê a criação de um Programa de Turismo Agroecológico para toda a Região Hidrográfica II, com recursos já alocados na Programação Anual de Atividades e Desembolso (PAAD) de 2024.
“Tenho certeza de quem acompanha o podcast ‘Quanto Vale a Água?’ vai gostar muito, especialmente pela agenda de turismo agroecológico que o Comitê está desenvolvendo. Espero voltar em outras temporadas com os resultados das ações já renovadas”, comentou Cristiane Siqueira, agradecendo aos entrevistados.
Outros assuntos a serem abordados são “Esgotamento Sanitário”, “Mudança Climática”, “Restauração Florestal e Carbono”, e “Educação Ambiental”. Todos os episódios do Podcast “Quanto Vale a Água?” estarão disponíveis nas plataformas de áudios Spotify e Deezer, canal do YouTube e em todas as outras mídias digitais do Comitê.

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