Confronto em comunidade no Rio deixa mortos e PM faz ocupação

by Diário do Vale

Rio – A Polícia Militar realiza, nesta segunda-feira, dia 22, operação no Conjunto de Favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, e permanecerá na região para garantir o trabalho de perícia da Polícia Civil.

Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) estão na localidade Palmeirinha, na comunidade do Salgueiro para realizar a perícia. O trabalho está sendo feito na área próxima ao mangue, onde, segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, moradores encontraram oito corpos, ainda não identificados. “As equipes também realizam as primeiras diligências na região para a coleta de elementos informativos que possam ajudar a esclarecer a dinâmica dos fatos”, completou em nota a Polícia Civil.

O porta-voz da Comunicação da Secretaria de Polícia Militar, tenente coronel Ivan Blaz, disse à Agência Brasil, que ainda não foi decidido se a ocupação da Polícia Militar vai permanecer na comunidade mesmo após a conclusão da perícia. “Ainda estamos verificando isso”.

Segundo Ivan Blaz, a prioridade agora é concluir a perícia do local e depois fazer a retirada dos corpos. “Estamos falando de um confronto intenso em uma área de mata. Um confronto que durou quase três dias, com um policial militar morto. Os corpos estão aparecendo após a saída do policiamento. Estão sendo retirados dos locais onde foram encontrados. Isso é uma questão processual. A perícia precisa ser feita agora para identificar isso”, completou.

A decisão de fazer a ocupação foi tomada após a Secretaria de Estado de Polícia Militar ser informada de que havia corpos em uma área de manguezal na localidade de Itaúna, no Salgueiro.

Confronto

Moradores relataram que levaram os corpos para uma região junto às casas, onde foram cobertos por panos brancos. Bombeiros disseram que, por questão de segurança, não podiam entrar na comunidade, que, desde o fim de semana, passa por intensos tiroteios entre supostos traficantes e policiais.

Segundo a PM, na tarde de ontem (21), policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) participaram de uma operação no Salgueiro, depois de receberem informações de que um dos supostos criminosos – apontado como participante de um ataque à equipe do 7º BPM no sábado (20) – estaria ferido ainda no interior da favela. Nesse confronto, o sargento Leandro Rumberlsperger da Silva, de 38 anos, foi baleado. Ele chegou a ser levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, mas não resistiu ao ferimento.

“As equipes foram atacadas nas proximidades de uma área de mangue com mata, ocorrendo um intenso confronto”, disse a Polícia Militar.

De acordo com a secretaria, na ação foram apreendidas duas pistolas, 14 munições calibre 9 mm, 56 munições de fuzil calibre 762, cinco carregadores (dois para fuzil e três para pistola), um uniforme camuflado, 813 tabletes de maconha, 3.734 sacolés de pó branco e 3.760 sacolés de material assemelhado ao crack. A ocorrência foi registrada na 72ª DP, no Mutuá, bairro de São Gonçalo.

Ainda segundo a secretaria, no mesmo dia, por volta de 15h, “uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada por conta de um homem ferido e suspeitos armados obrigaram a retirada [dele] de Salgueiro. O homem morreu e foi reconhecido por policiais do 7ºBPM como um dos envolvidos no ataque criminoso à guarnição no sábado. Desta vez, o registro foi feito na 73ª DP, em Neves, também bairro de São Gonçalo.

Defensoria

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que, por meio de sua Ouvidoria Externa, recebeu, na noite de ontem (21), relatos sobre “a violenta operação” no Salgueiro. A Ouvidoria informou ao Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) sobre o fato e pediu medidas cabíveis  para “interromper as violações”. A defensoria informou ainda que está em contato com as lideranças locais prestando orientações necessárias.

Representantes da Ouvidoria e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) irão hoje, às 14h, à comunidade, junto com outras instituições de direitos humanos. Lá, eles pretendem “coletar informações sobre o ocorrido para as medidas, inclusive judiciais, que se fizerem necessárias em defesa dos moradores, vítimas e seus familiares”.

Fonte: Agência Brasil *

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