Brasília- Estudo divulgado na sexta-feira (26) pela Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, identificou uma série de medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório do país, que reduzem “significativamente” a capacidade de a variante Delta, da covid-19, se replicar em células humanas. Os resultados foram publicados em 25 de fevereiro na revista Communications Biology.
De acordo com os pesquisadores da Penn State, a descoberta abrange medicamentos que inibem enzimas virais essenciais para replicação do SARS-CoV-2 em células humanas infectadas.
“As vacinas SARS-CoV-2 têm como alvo a proteína spike, mas essa proteína está sob forte pressão de seleção e, como vimos com a Ômicron, pode sofrer mutações significativas”, explicou a professora de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Joyce Jose.
Nesse sentido, acrescentou, “permanece a necessidade urgente de agentes terapêuticos que tenham como alvo partes do vírus, além da proteína spike, que não é tão provável de evoluir”.
Segundo nota divulgada pela universidade, pesquisas anteriores demonstraram que duas enzimas SARS-CoV-2 – proteases, incluindo Mpro e PLpro – são alvos promissores para o desenvolvimento de medicamentos antivirais.
Professor de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Katsuhiko Murakami disse que o novo coronavírus produz proteínas longas, chamadas poliproteínas, de seu genoma de RNA.
“Essas proteínas devem ser clivadas em proteínas individuais por essas proteases de maneira ordenada, levando à formação de enzimas e proteínas virais funcionais para iniciar a replicação do vírus assim que ele entra na célula. Caso você iniba uma dessas proteases, a disseminação do vírus na pessoa infectada pode ser interrompida”, detalhou.
Compostos testados
Os pesquisadores fizeram ensaios que testaram 64 compostos – incluindo inibidores das proteases do HIV e da hepatite C; proteases de cisteína, que ocorrem em certos parasitas protozoários; e dipeptidil peptidase, enzima humana envolvida no diabetes tipo 2 (por sua capacidade de inibir Mpro ou PLpro).
“Dos 64 compostos, a equipe identificou 11 que afetaram a atividade de Mpro e cinco que afetaram a atividade de PLpro, com base em corte de 50% de redução na atividade de protease com 90% de viabilidade celular”, informou a universidade.
Em seguida, a equipe avaliou a atividade antiviral dos 16 inibidores PLpro e Mpro contra vírus em células humanas vivas, e descobriu que oito deles tinham “atividades antivirais dependentes da dose contra o SARS-CoV-2, e que alguns deles inibem a enzima Mpro, além de prejudicar a capacidade do vírus de infectar células.
Os pesquisadores descobriram também que a combinação de algumas substâncias proporcionou “efeito antiviral aditivo”, inibindo ainda mais a replicação do novo coronavírus.
Embora os cientistas tenham estudado a variante Delta, eles afirmam que os medicamentos “provavelmente serão eficazes contra a Ômicron e futuras variantes, porque visam partes do vírus que provavelmente não sofrerão mutações significativas”.
Fonte Agência Brasil com informações da Penn State University*.
2 comments
Minha filha de 11 anos tomou uma dose de Pfizer infantil em janeiro.
Ela tem quase que
1: 60 e pesa 53 kg, ou seja tem peso e altura de muita adulta.
Saiu um estudo mostrando que um mês após duas doses de Pfizer infantil a proteção cai drasticamente para 12% .
O que é 12 % ?
Nada.
Diante disso , quero dar Coronavac para ela.
Ela não tomou CoronaVac, pois não estava liberada no início.
Posso dar a segunda dose de CoronaVac no lugar de Pfizer infantil e dar uma terceira dose de CoronaVac para ela ter a mesma proteção de outras crianças?
Isso é injusto, se tomar Pfizer infantil ela não estará protegida e ao mesmo tempo não pode tomar a Pfizer adulta com 12 anos, pois já constará vacinada no conect Sus.
Vou procurar o Ministério Público pedindo que minha filha possa tomar as duas doses de CoronaVac, já que Pfizer infantil não dá proteção alguma.
De acordo com o Departamento de Saúde de Nova York, que realizou a análise, em crianças menores de 11 anos, a proteção gerada por doses da Pfizer cai de 68% para 12% após um mês. Em relação às hospitalizações, a eficácia cai de 100% para 48%.
Segundo a pesquisa, os resultados realçam a necessidade de estudar e analisar novas dosagens para crianças com idades inferiores a 11 anos. A aplicação indicada é de 10 microgramas.
Atualmente, eles recebem uma dose três vezes menor que as pessoas mais velhas.
A eficácia da vacina da Pfizer foi muito mais duradoura para a faixa etária de 12 a 17 anos, que recebe uma dose normal do imunizante.
O pior é que justamente as crianças com comorbidades tomaram essa vacina, além de a 2 dose ser com 8 semanas, enquanto a CoronaVac é com 4 semanas, a Pfizer após 1 mês das 2 doses dá 12% de proteção.
12 % de proteção é nada!
Antes tivessem vacinado as crianças com comordade com CoronaVac.
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