Dados da MRS mostram alta no número de acidentes na região

by Diário do Vale

Relação: MRS divulga balanço com número de acidentes e aponta principais causas – Foto: Arquivo

Sul Fluminense – Durante o 1º semestre de 2018 foram registrados 54 atropelamentos ou abalroamentos na linha férrea sob concessão da MRS, número que representa uma queda de 3,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior (56 ocorrências). Levando em conta apenas o trecho que corta a região, no entanto, houve um salto significativo: foram dois acidentes em 2017 contra sete registrados neste ano.
Com dados de cinco cidades, apenas Barra Mansa se manteve estável, com um acidente no ano passado e um também em 2018. Nas demais houve crescimento em todas. Resende, Volta Redonda e Pinheiral passaram o primeiro semestre de 2017 sem qualquer acidente nos trilhos. No entanto, todas as três já tiveram um acidente em 2018. Barra do Piraí foi o destaque negativo: houve um acidente no primeiro semestre ano passado e três no mesmo período de 2018.
A cidade com mais acidentes no trecho sob concessão da MRS continua a ser Juiz de Fora. Apesar de uma queda entre 2017-18, o número ainda é alto: 11 contra oito. A imprudência continua sendo a principal causa e o maior obstáculo para a formação de uma cultura de segurança perante à linha férrea.
“Através de uma análise das causas dos acidentes, foi possível confirmar a tese, solidificada ao longo dos últimos anos, de que não há uma concentração geográfica das ocorrências, tendo em vista que os atropelamentos ou abalroamentos são provocados pelo comportamento imprudente nas proximidades da ferrovia, um componente imprevisível”, diz texto da MRS sobre os acidentes.
A empresa cita que municípios sem histórico recente de acidentes ferroviários retornaram ao mapa, como Ewbank da Câmara, Pindamonhangaba e Lavrinhas. Neste último, não havia registro de acidentes ferroviários, de qualquer tipo, desde 2010 e, apenas no 1º semestre deste ano, foram registradas duas ocorrências na cidade.
– Além dessa constatação, os números apresentam pontos positivos como a redução no registro de abalroamentos, que são os choques entre o trem e os demais veículos. Ao todo, foram seis casos a menos, se compararmos ao 1º semestre de 2017. Registramos uma pequena redução no número total de acidentes, o que é bom. No entanto, poderíamos melhorar muito mais. Afinal de contas, precisamos de uma simples mudança de atitude por parte das pessoas – ressalta Filipe Berzoini, especialista em Segurança de Riscos Operacionais da MRS.

Álcool, Drogas e celular

Um dado alarmante da análise está diretamente relacionado aos atropelamentos causados pelo uso de álcool ou drogas nas proximidades da linha férrea. Os casos do tipo praticamente dobraram neste período, passando de sete no 1º semestre de 2017 para 13 em 2018.
Dois atropelamentos foram causados por jovens que utilizavam o celular no momento do acidente e, por isso, não observaram a aproximação do trem. “Trinta dos 36 atropelamentos no 1º semestre foram registrados em locais proibidos ao trânsito de pedestres, ou seja, fora das passagens em nível oficiais. Isto representa 83% dos casos desse tipo e mostra, de forma decisiva, a importância de se atravessar a ferrovia apenas em locais permitidos”, finaliza Berzoini.

Você também pode gostar

9 comments

Rurales 23 de julho de 2018, 00:03h - 00:03

Via férrea sinônimo de redução nos custos de transportes, afetando a renda das famílias. Uma pena ser tão mal admistrada em nosso país. Fato q os aglomerados urbanos se formaram a volta das linhas. Crescimento sem controle.

Luciano 22 de julho de 2018, 14:27h - 14:27

O mesmo digo da VLI antiga FCA.

Laticinea 22 de julho de 2018, 13:32h - 13:32

Para uma locomotiva que não sai da linha ferrea o indice é alto pois ainda à acidentes.vejo que as margens da linha.a passagens de nivel facilitando o pedreste ao convivel com perigo e morte.pois na cidade pacata de Barra Mansa um povo inocente as margens da linha esperando as composição passar se descarrilhar ai que as autoridades e esta tal MRS. vão tomar providência.

Manoel 22 de julho de 2018, 13:24h - 13:24

MRS só está a fim do lucro e não tem Justiça que dê jeito.

Marcio Soares 22 de julho de 2018, 13:08h - 13:08

Não respeitam as sinalizações, isso que dá.

Orgulho de morar em VR 22 de julho de 2018, 12:15h - 12:15

Em Volta Redonda se acontece acidente a culpa é exclusiva do acidentado pq é uma cidade bem estruturada, não há passagem de nível em toda extensão da cidade então se ocorre acidente se alguém pular o muro que separa a linha férrea das vias de trânsito rodoviário

Smilodon Tacinus 22 de julho de 2018, 10:46h - 10:46

Juiz de Fora é como Barra Mansa, só que com o triplo do tamanho. Natural que haja muitos acidentes ferroviários…

mario marcello 22 de julho de 2018, 10:01h - 10:01

O Ministerio Publico tem de intervir urgente. ESSA empresa MRS , desse porte, causando tanto transtorno acidentes com obitos,ruido,poluicao de todo tipo.Veja o caso de Barra do Pirai,a ferrovia corta a cidade em duas partes ,tracado do leito desde epoca da inauguracao ja deveria estar debaixo da terra ha muito tempo.Quantas mortes ainda serao necessaria para solucao do problema.Os corruptos politicos so pensam em si proprio.

Smilodon Tacinus 22 de julho de 2018, 14:02h - 14:02

Vc tem idéia de quanto custa rebaixar o leito de uma ferrovia? Nem em países desenvolvidos se faz isso, vc acha que vão fazer em cidades inexpressivas como Barra do Piraí e Barra Mansa?…

Comments are closed.

diário do vale

Av. Pastor César Dacorso Filho nº 57

Vila Mury – Volta Redonda – RJ
Cep 27281-670

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99974-0101 – Comercial

(24)  99208-6681 – Diário Delas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2025 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996