Rio –
Após uma grande estreia pelo Vasco, com direito a um gol e a uma goleada de 5 a 1 sobre o Nova Iguaçu, o atacante Dagoberto foi o escolhido para conceder uma entrevista coletiva na manhã de ontem, logo após o treino em São Januário. O jogador não conseguiu escapar de responder a perguntas sobre o clássico do próximo domingo, contra o Flamengo, às 18h30(de Brasília), no Maracanã, no Rio, pela 11ª rodada do Campeonato Carioca.
Dagoberto é visto pelos torcedores do Vasco como uma das principais esperanças de quebrar o jejum de quase três anos sem vitórias sobre o rival. A última vez que o Cruz-Maltino derrotou o rival foi em abril de 2012, quando um 3 a 2 garantiu a classificação para a final da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual. O jogador não se mostrou preocupado com isso.
– Acredito que essa questão de jejum acaba apimentando mais o clássico, por conta da rivalidade. Passei um bom tempo no São Paulo sem conseguir vencer o Corinthians. Isso acontece. Eu consegui vencer o Flamengo recentemente, há alguns meses, ainda jogando pelo Cruzeiro. Mas isso faz parte do passado. Espero ter sorte e conseguir ter um dia feliz no meu aniversário. Se eu completasse vinte anos seria ainda melhor – disse Dagoberto, em tom de brincadeira, se referindo ao seu aniversário, que é no 22 de março, data do clássico contra o Flamengo.
O jogador falou da sua fama de marcar gols em clássicos.
– Fiz gol no Coritiba x Atlético Paranaense, no São Paulo x Corinthians, defendendo o Cruzeiro contra o Atlético Mineiro. Acho que só não deixei a minha marca no Gre-Nal – lembrou o atacante.
Dagoberto, de 31 anos, comentou ainda o duelo com o atacante Marcelo Cirino, que é o artilheiro do Campeonato Carioca com oito gols e principal esperança do Flamengo. Ao contrário de Bill, do Botafogo, que provocou o rival na semana do clássico e viu o Alvinegro vencer por 1 a 0, o vascaíno preferiu ser mais cauteloso nas palavras sobre o colega.
– O Marcelo Cirino é mais um exemplo de que o Atlético Paranaense é um clube que revela muitos bons jogadores. Ele é um cara e além disso um sujeito muito tranquilo. Acredito que será um rival que precisamos ficar atent os com ele, do mesmo jeito que o Flamengo também vai precisar se preocupar com os jogadores de qualidade do elenco do Vasco – disse Dagoberto.
Dentro de campo apenas os reservas foram ao gramado na manhã desta terça-feira, enquanto que os titulares ficaram jogando futevôlei. O gerente de futebol Paulo Angioni acompanhou a atividade e conversou com alguns atletas, como o volante argentino Pablo Guiñazu.
O meia Marcinho, que sequer foi relacionado para o jogo contra o Nova Iguaçu, trabalhou entre os reservas. O jogador, que começou a temporada como titular absoluto, vem caindo de produção e chegou a ser hostilizado pelos torcedores em algumas partidas.
Nesta quarta-feira o elenco do Vasco volta a trabalhar, porém dessa vez em tempo integral. O técnico Doriva deverá então começar a projetar a escalação que pretende utilizar no clássico. A tendência é que ele mantenha a base que goleou o Nova Iguaçu.