Os dados mostraram ainda que, em 2020, a incidência de casos de dengue por 100.000 habitantes no estado foi de 27,5. Nesse mesmo ano, foram registradas 330 internações e sete óbitos. Já em 2019, foram 815 internações e dois óbitos. A incidência foi de 186,2 casos por 100.000 habitantes. Até novembro deste ano, a incidência estava em 15,8.
– Estamos observando de perto a evolução da dengue no estado, principalmente por conta da reentrada do vírus 2 (que circulou no Rio de Janeiro entre os anos de 2007 a 2009). Isso quer dizer que uma parcela significativa da população é suscetível a esse tipo de vírus e, portanto, podemos ter novos surtos da doença. Estamos em constante conversa com os municípios para fortalecer as ações integradas de combate à dengue – afirmou o subsecretário de Estado de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro.
Como se transmite?
A dengue é uma doença febril aguda causada por um arbovírus transmitido pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Não há transmissão no contato direto com um doente ou suas secreções, nem pelo consumo de água ou alimentos.
Quais os sintomas?
A dengue pode ser assintomática, ter sintomas leves ou graves e, em alguns casos, pode levar o paciente à morte. Os principais sintomas são febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dores pelo corpo e articulações, dor de cabeça, náuseas e fraqueza. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de nariz e gengivas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar imediatamente um serviço de saúde para ser avaliado por um profissional.
Tratamento
Não há um tratamento específico para a dengue. Em geral, os pacientes são medicados para a melhora dos sintomas. Também é fundamental fazer repouso e manter-se hidratado, ingerir bastante líquido.
Como se prevenir?
A melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva, ou seja, eliminar os focos de larvas. Para isso, é necessário acabar com possíveis criadouro, como em vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção, caixas d’água destampadas, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Medidas simples podem ser adotadas por todos, como:
• Verificar se a caixa d’água está bem tampada;
• Deixar as lixeiras bem tampadas;
• Colocar areia nos pratos de plantas;
• Recolher e acondicionar o lixo do quintal;
• Limpar as calhas;
• Cobrir piscinas;
• Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários;
• Limpar a bandeja externa da geladeira;
• Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação;
• Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado;
• Cobrir bem a cisterna;
• Cobrir bem todos os reservatórios de água.
Zika e Chikungunya
O mosquito Aedes aegypti também é causador de outras duas doenças: zika e chikungunya. É importante alertar que o combate à proliferação do mosquito também é uma precaução para essas arboviroses. As mesmas atitudes de prevenção à dengue também podem evitar a zika e a chikungunya.