Volta Redonda – O presidente da Câmara Municipal de Volta Redonda, Sidney Dinho (PEN), que é policial militar reformado, afirmou na manhã desta quinta-feira (09) que a decisão do TRE (Tribunal Superior Eleitoral) de cassar o mandato do governador Luiz Fernando Pezão, que vai recorrer do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) poderia servir como argumento para fortalecer o movimento dos familiares dos policiais.
– O governador já havia emitido uma nota oficial comprometendo-se a pagar os salários de janeiro do pessoal da segurança no dia 14 de fevereiro, e existe a possibilidade de a categoria aguardar sem fazer paralisação. Mas agora, essa instabilidade política se soma ao momento complicado da economia e pode dificultar ainda mais as coisas – disse Dinho, acrescentando que é difícil afirmar qual a probabilidade de o movimento se concretizar.
O vereador afirmou, inclusive, que o comandante do 28º batalhão da PM, que atende à região, já estaria tomando providências para tentar impedir ou minimizar o movimento.
As movimentações para iniciar a paralisação, segundo Dinho, não estão partindo da categoria: “Os profissionais da segurança pública estão quietos, evitando movimentações como as de 2012, quando muitos foram prejudicados, mas já existem familiares de policiais e bombeiros se preparando para assumir a frente do movimento. Não há lideranças entre os servidores do setor”, afirmou ele.
O vereador disse ainda que a ação do Batalhão de Choque na repressão ás manifestações em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) chocou e mobilizou as famílias dos servidores. Em Volta Redonda, um grupo de mulheres e parentes de policiais civis, militares e bombeiros já se reuniu na Vila Santa Cecília para planejar as ações:
– Não se pode dizer com certeza que o movimento vai ocorrer, mas existe uma grande possibilidade de que as polícias civil e militar e os bombeiros pararem amanhã (sexta) – concluiu Dinho.