E o Batman do espaço sideral

by Diário do Vale

Prontos: Space Ghost e sua turma

Alex Toth tinha acabado de criar o Anjo do Espaço para o Cambria Studios, quando recebeu a incumbência de criar outro herói futurista para a poderosa Hannah-Barbera. Que dominava o mercado de animações para a TV, na década de 1960. O ano era 1966 e os desenhos da HB, como Os Flintstones e o Jonny Quest eram exibidos no horário nobre, até mesmo na televisão brasileira. O novo herói seria um justiceiro espacial do futuro, com direito a máscara e a um ajudante adolescente.
Toth não perdeu tempo e criou Space Ghost, o Fantasma do Espaço. Que não passa de um Batman espacial. A máscara, o queixo quadrado e a voz poderosa não deixam duvida. Se Batman tem o cinto de utilidades, Space Ghost tem os “punhos de força”. Dois braceletes que disparam todo o tipo de raios e geram campos de força. Batman tem o Robin, Space Ghost tem os gêmeos Jan e Jace que vivem se metendo em confusões e precisam ser resgatados pelo herói.
Space Ghost também tem sua base dentro de uma caverna, só que ela fica em um asteroide, lá longe no espaço. E o Batmóvel desse vingador sideral é uma espaçonave aerodinâmica, o Cruzador Fantasma. Além dos punhos de força, nossos heróis dispõem de mochilas foguete e cintos que produzem campos de invisibilidade. Daí o nome “fantasma do espaço”, porque como fantasmas Space Ghost e seus ajudantes podem ficar invisíveis e assim surpreender os vilões quando eles menos esperam.
Os desenhos têm oito minutos de duração e ficaram esquecidos por um longo tempo. Até serem relançados em DVD de região um. Foi um resgate do herói que tinha virado motivo de piadas ao apresentar um talk show humorístico, o Space Ghost “costa a costa” nos anos de 1990. Os desenhos originais são uma das obras primas da Hannah-Barbera, ao lado dos Jetsons e do Jonny Quest. Com o cenário futurista e a música de Ted Nichols que ficaram na mente de uma geração de fãs. O tempo de duração de cada episódio, oito minutos é uma limitação, compensada pela variedade de cenários e vilões.

Por: Jorge Luiz Calife

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2 comments

ComicConner 3 de junho de 2019, 16:00h - 16:00

Na verdade a referencia não é ao Batman. A referencia direta é O Fantasma – O Espírito que Anda (The Phantom),criado por Lee Falk, e é outro heroi pouco lembrado, que vivia na selva e é contemporaneo. O Space Ghost nada mais é do que a versão espacial dele.

Emir Cicutiano 3 de junho de 2019, 07:52h - 07:52

Space Ghost é um dos desenhos mais subestimados da TV. Só é lembrado mesmo por esse bobo e insosso Costa-a-costa… Às Espacial, com a mesma temática, também é outro sobre qual é até difícil encontrar material na rede. O espevitado e mirrado garoto Dexter (cara-de-neném) se transformava em Às Espacial quando soluçava. Ele tinha uma parceira ruiva muito bonita, da qual me esqueci o nome. Tosco, mas hilário e com ambientação e animação muito bem feitos…

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