Secretaria Estadual de Saúde confirma 23 casos de febre amarela na região

by Diário do Vale
Imunização: Alerta de vacinação é para quem vai viajar para as áreas de risco no Carnaval - Arquivo

Imunização: Alerta de vacinação é para quem vai viajar para as áreas de risco no Carnaval – Arquivo

Sul Fluminense

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro divulgou que até o momento a região Sul Fluminense tem um total de 23 casos de febre amarela silvestre em humanos, com onze óbitos registrados. Em todo o estado já são 50 casos. Em Valença, os exames confirmaram 16 pessoas com a doença, sendo seis óbitos. Em Miguel Pereira, Vassouras, Paraíba do Sul e Paty do Alferes, foram registrados um caso em cada município. Já em Rio das Flores, dois casos, sendo dois óbitos e em Angra do Reis apenas um caso, sendo um óbito. A doença em macacos foi registrada nas cidades de Angra dos Reis, Barra Mansa, Valença e Miguel Pereira. Os dois casos tratados em Volta Redonda e confirmados em laboratório não aparecem na estatística.
O Ministério da Saúde atualizou na quarta (7), os casos de febre amarela no Brasil. Foram confirmados 353 casos e 98 óbitos no período de 1º julho do ano passado a 6 de fevereiro deste ano. No mesmo período de 2017, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos. Ao todo, foram notificados 1.286 casos suspeitos, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação, neste período.
No ano passado, de julho de 2016 até 6 janeiro de 2017, eram 509 casos confirmados e 159 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.
O Ministério da Saúde esclarece que todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.
A probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima por uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram casos humanos, também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela. Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente.

Inea recomenda visita à áreas de risco somente a imunizados

A Secretaria de Saúde de Angra dos Reis recomendou a visita à Ilha Grande somente aos imunizados. Na terça (6), o reforço veio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) pedindo que pessoas não-vacinadas não entrem na ilha. Também na terça, uma equipe da Secretaria estadual de Saúde se reuniu com autoridades de Angra para definir novas estratégias de vacinação. Segundo o secretário municipal de Saúde de Angra, Renan Vinicius, durante a reunião foi elaborado um plano para reforçar a comunicação para alertar a população e os turistas a respeito da importância da vacinação e dando alerta para que pessoas não-imunizadas fiquem distantes da Ilha Grande e de áreas de mata e cachoeira. Em Angra, 75% da população do município está vacinada. Em Valença, a situação é semelhante. As cidades de Miguel Pereira e Teresópolis também fazem alerta aos turistas. Autoridades pedem a quem não estiver vacinado que evite áreas de cachoeiras e matas.

Local estratégico de vacinação será implantado em Volta Redonda

Em Volta Redonda, com o objetivo de atingir a meta de vacinar 225 mil pessoas contra a febre amarela, a Secretaria de Saúde de Volta Redonda segue intensificando as ações em prol de imunizar a população. Pra isso, amanhã (8), das 8 às 16h30, será montado um local estratégico de vacinação embaixo do Viaduto Heitor Leite Franco, na Avenida Amaral Peixoto.
Conforme dados da Secretaria de Saúde, já foram vacinadas mais de 171 mil pessoas em Volta Redonda, sendo 132.006 somente entre os dias 16 de janeiro e 3 de fevereiro. De segunda a sexta, a população deve se vacinar em uma das 43 Unidades Básicas de Saúde de Volta Redonda. As unidades funcionam das 8 às 16 h. E a Secretaria de Saúde recomenda que as pessoas procurem uma unidade mais próxima de sua casa. A prefeitura faz um novo alerta para que todas as pessoas que forem viajar nos próximos dias para áreas de risco que procurem uma Unidade de Saúde para tomar a vacina. Minas Gerais e São Paulo são os estados mais afetados pela doença.
Segundo o secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, a vacina leva dez dias para fazer efeito pleno com a máxima proteção. “Por isso é importante que as pessoas que forem viajar no Carnaval procurem as Unidades Básicas de Saúde o quanto antes. Volto a destacar que não há circulação do vírus em Volta Redonda, mas vamos seguir com as ações de conscientização para que as pessoas se previnam e tomem a vacina”, destacou o secretário.

 

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6 comments

Leitora 7 de fevereiro de 2018, 21:12h - 21:12

Ano passado qdo começou a vacinação em massa , falaram que a população estava histérica, pelo visto a população tinha razão, se tivessem feito essa campanha em massa de vacinação que está tendo agora essas pessoas não teriam se contaminado, mas esses políticos do estado do Rio só pensam em encher os bolsos, 3 ex governadores foram presos.

AdilsonVR 7 de fevereiro de 2018, 20:45h - 20:45

Gostaria de saber, qual é mais perigoso, a febre amarela ou a linha amarela?

Alguém 7 de fevereiro de 2018, 22:21h - 22:21

A linha amarela

Maniac 8 de fevereiro de 2018, 05:25h - 05:25

Com certeza a linha amarela!

AdilsonVR 8 de fevereiro de 2018, 14:09h - 14:09

Também penso que a linha amarela seja mais perigoso.

Cidadão Indignado 7 de fevereiro de 2018, 14:48h - 14:48

Quer saber? Não aguento mais ouvir falar em febre amarela… Chô! mosquito…

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