Eike Batista é solto e vai cumprir prisão domiciliar no Rio

by Diário do Vale
Com a cabeça raspada, Eike é levado para Bangu 9 em janeiro deste ano (foto: Reprodução Globonews)

Com a cabeça raspada, Eike é levado para Bangu 9 em janeiro deste ano (foto: Reprodução Globonews)

Rio – O empresário Eike Batista, preso no fim de janeiro na Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato, foi solto na manhã desta sexta-feira (30) e já está em casa no Jardim Botânico, na zona sul do Rio. O empresário é réu na Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Na sexta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar o empresário. No sábado (29), o juiz federal de plantão, Gustavo Arruda Macedo, do 16º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, determinou a prisão domiciliar de Eike, que deve obedecer a nove medidas cautelares, entre as quais afastar-se da direção das empresas envolvidas, em especial as do Grupo X, e não manter contato com qualquer pessoa que seja ré ou investigada no processo que tramita na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro ou em outros processos relacionados à Lava Jato.

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Segundo a decisão da Justiça Federal, Eike também deve concordar com o levantamento permanente dos sigilos telefônico e telemático (tecnologia da comunicação), enquanto durar a medida cautelar, atender a todas as comunicações judiciais e entregar o passaporte que tiver em 24 horas caso ainda não o tenha feito.

A Justiça também determinou o recolhimento domiciliar integral do acusado, com exceção de emergência médica, que deverá ser imediatamente comunicada ao juízo, e a proibição de alteração de domicílio sem autorização judicial.

A defesa de Eike deverá manter o registro de todas as pessoas que ingressarem no imóvel e está proibida a visita de pessoas que não sejam parentes ou advogados constituídos com procuração nos autos do processo.

Além disso, a Polícia Federal está autorizada a realizar visitas na residência de Eike a qualquer dia da semana, sem prévia comunicação ou autorização da Justiça, para checar se todas as condições estão sendo cumpridas pelo empresário.

Segundo as investigações, Eike teria repassado US$ 16,5 milhões em propina ao então governador do Rio, Sérgio Cabral, por meio de contratos fraudulentos com o escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, e uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, por intermédio de um banco no Panamá. Em depoimento na Polícia Federal, Eike confirmou o pagamento para tentar conseguir vantagens para as empresas do grupo EBX, presididas por ele.

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4 comments

zé fuleragem 30 de abril de 2017, 18:45h - 18:45

Gilmar Mendes sempre ele, acho que este juiz acha que prisão foi feito só pra pobres. 200 milhões de brasileiros já sabiam que ele iria solta-lo a qualquer momento, como ira soltar todos os outros grandões que estão presos, esperem.

Meu nome é Zé Pequeno! 30 de abril de 2017, 16:49h - 16:49

Não te disse? Alguém realmente acredita no Poder Judiciário brasileiro e na isonomia das leis?

Ancião 30 de abril de 2017, 16:00h - 16:00

Não sei, mas se o Lula ganhar já era…

capivara 30 de abril de 2017, 13:55h - 13:55

imagine quanto custou esse habeas corpus

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