Rio de Janeiro – Pugilistas profissionais estão autorizados a competir nos Jogos Olímpicos já no Rio 2016. A decisão foi aprovada nesta quarta-feira (1º) em assembleia da Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA), em sua sede de Lausanne, na Suíça. Wu Ching-kuo, presidente da entidade, diz que a aprovação dos profissionais é parte de um plano maior e “um grande passo adiante”.
A aprovação da proposta ocorreu com 88 votos a favor, nenhum voto contra e quatro abstenções. Indícios dessa decisão já vinham de Londres 2012, quando os atletas lutaram sem os protetores de cabeça usados desde Los Angeles 1984. Apenas as mulheres, que estrearam no boxe, usaram capacetes em Londres.
Na época, a AIBA montou uma liga semiprofissional para que os atletas amadores pudessem se sustentar do esporte. Depois, autorizou a participação nos Jogos Olímpicos dos pugilistas com menos de 15 lutas como profissionais. Agora chega à liberação.
Os pugilsitas profissionais terão de se adaptar, inclusive com mudanças de treinamento. No profissional, chegam a lutar até 12 rounds, mas a regra dos Jogos Olímpicos estabelece três rounds de três minutos, com um de descanso (para as mulheres, são quatro rounds de dois minutos, com um de descanso).
Com a liberação total, a AIBA anunciou um último torneio classificatório para o Rio 2016, previsto para julho, na Venezuela. A decisão segue recomendações da Agenda-2020 do Comitê Olímpico Internacional (COI) porque o formato de classificação já está muito adiantado.