Barra Mansa – Dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, do boletim Infodengue da Fiocruz, indicaram que o Brasil corre grande risco de enfrentar uma epidemia de dengue este ano. A informação é com base no comparativo do último boletim do Governo Federal, que revelou que em janeiro deste ano foram registrados 40.127 casos de dengue no país, um número 48,1% maior que no mesmo período do ano passado. Em Barra Mansa, como forma de trabalhar a prevenção e eliminar possíveis focos do mosquito transmissor da doença, o Programa de Combate à Dengue, da Secretaria de Saúde, têm trabalhado com oito equipes nas ruas, fazendo uma média de 1,5 mil a duas mil visitas por dia.
De acordo com o responsável pelo programa, Leonardo Leite, entre os dias 10 e 14 de janeiro deste ano o município realizou mais um LIRAa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti), que apresentou risco médio.
– É um índice satisfatório porque estamos em pleno verão e isso mostra que o nosso trabalho está evoluindo. Nossas equipes estão nas ruas, fazendo as visitas, e pedimos à população que faça a sua parte, recebendo os agentes que estão trabalhando na prevenção de combate às arboviroses. Todos estão com o calendário vacinal atualizado, com relação à Covid-19, além de estarem sempre equipados e seguindo os protocolos – ressaltou Leite, ao acrescentar que o LIRAa ajuda a direcionar os trabalhos das equipes para aquelas regiões que apresentam uma concentração maior de focos do Aedes.
População deve colaborar
O responsável pelo programa ressaltou que um fator importante no combate à dengue é a colaboração da população que, segundo ele, não deve abandonar alguns cuidados como: cobrir as caixas d’água, limpar terrenos particulares, acondicionar o lixo corretamente, cuidar das piscinas e ralos dentro de casa, conferir a caixa de água atrás da geladeira, evitar água no prato das plantas e sempre limpar as calhas e telhados.
– Não tem como fugir dos cuidados que a população já conhece e que são muito necessários no combate à dengue. O morador é fator importante neste processo de controle da doença e ele tem que contribuir. Vale ressaltar que o mosquito vetor das arboviroses tem muito contato próximos as residência e que, por essa razão, os cuidados devem ser redobrados para evitar a sua proliferação – salientou Leite, ao explicar que os agentes fazem as orientações, no entanto, que nos focos que não podem ser eliminados eles fazem o controle com larvicida.
Com relação aos terrenos baldios e casas abandonadas, Leite esclareceu que o trabalho das equipes consiste em fazer relatórios e encaminhar as demandas para os órgãos competentes como, por exemplo, o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e a Secretaria de Ordem Pública.
– Quando o dono é localizado ele recebe a orientação para a manutenção do local, com limpeza e, se preciso, fazemos o uso de larvicidas para a eliminação de criadouros. Também fazemos acompanhamento no Cemitério Municipal e em borracharias, dando todas as orientações – finalizou.