Escola de música de Volta Grande II promove inclusão social através da música

by Diário do Vale

Na escola foi aberto espaço para idosos, bebês, pessoas com deficiências, inclusive crianças autistas – Foto: Cedidas e autorizadas do arquivo da escola.

Volta Redonda- Uma Escola de música localizada no bairro Volta Grande II tem sido um dos exemplos de superação, onde a inclusão social pela música ganhou destaque.

O nome não importa, seja instituto, espaço, escola, projeto, oficina, associação ou mesmo ‘espaço solo’, o mais importante que neste local as pessoas vão encontrar pessoas extremamente dedicadas e qualificadas na arte de ensinar música nos diversos tons. No local as aulas de violão, flauta, teclado, violino, piano, entre outros instrumentos fazem nova sonoridade na vida de centenas de estudantes de música, em meio a isto a gestos de inclusão social.

O cenário de pandemia, apesar dos estragos em tantas vidas, não eliminou a determinação cuidadosa de muitos professores de música.  Segundo a professora Ana Elisa Gomes, graduada em licenciatura, maestrina, com mestrado em música pela UNIRIO, o trabalho da escola de música teve início no bairro Retiro em 2014, onde era desenvolvido apenas com crianças e adolescentes.

“Atualmente mais estruturado, no bairro Volta Grande II e com sala no bairro Aterrado, abrimos espaço para idosos, bebês, pessoas com deficiências, inclusive crianças autistas”, contou a professora Ana.

Ao falar das suas experiências, a professora de música informou também que embora as apresentações públicas estivessem paradas, muito trabalho foi realizado. “No dia 5 de dezembro, a Orquestra de Cordas da escola, fruto do aprendizado dos dedicados estudantes fará sua primeira apresentação pública”. Disse Ana Elisa, que durante 12 anos como aluna, e depois professora atuou no Projeto de Música da PMVR.

Inclusão social pela música

Na escola de música do bairro Volta Grande II, as pessoas com deficiência têm direito a aprendizagem e desenvolvimento de suas habilidades, onde a música possibilita um novo tom e o reforço da autoestima dessas pessoas, respeitando as limitações. Também é um incentivo à construção de independência.

– A música tem papel socializador. Na nossa escola, com práticas pedagógicas condizentes buscamos desenvolver a estrutura psicomotora. Algumas crianças autistas que têm evoluído muito bem aos nossos métodos – revelou Ana Elisa, e acrescentou: “Outro elemento importante é o de facilitar o acesso à escola com o baixo custo da mensalidade, assim fazer inclusão social. A pandemia exigiu mais de nós a dimensão solidária.” Ressaltou a professora.

Fernanda Maria Faria Moreira, mãe de 4 filhos, sendo um autista descreve a superação do filho ao se encontrar com a música:

– Quando descobrimos o autismo no Samuel, ele tinha dois anos, foi um grande baque! Tentamos de tudo para animá-lo através de buscas diferentes, inclusive através de brinquedos e equipamentos diversos, alguns ele nem mexeu. Ele tinha bastante dificuldade na fala, porém cantarola. Na Igreja, ficava perto do altar, gostava de sentar no primeiro banco e acompanhava os músicos de perto. A partir daí, quando ele ficou maior, pensei – tenho que oferecer algo mais para ele, porém os profissionais de música que trabalham com autista são caros. O tempo passou, Samuel, com 5, 6 anos, começa a apresentar mais dificuldades motoras, fato que atrapalhava também a alfabetização. Foi ai que conhecemos a Escola de música de Volta Grande II. Animamos com a acolhida e as facilitações, hoje Samuel, com seis meses de aula musical é outra criança. Tudo nesta escola‘ cheira música’. A dedicação e organização da professora Ana, são impecáveis. A dinâmica na diversidade encheu de empolgação o pequeno Samuel, tanto que começamos com uma aula semanal, hoje são duas. Sou muito grata pela dedicação, carinho e técnica da professora Ana e sua equipe – Contou Fernanda emocionada.

A adolescente Ana Beatriz, moradora do bairro Volta Grande II e aprendiz de piano clássico e violino, depois de dois anos estudando na escola de música do bairro, já atua como monitora musical da escola, em especial para crianças e idosos. Ana, que também já fez teatro não esconde seu sonho de ser professora de música. “Tive a oportunidade de ser auxiliar em algumas aulas, e então pude ver com meus próprios olhos como a música é capaz de transformar ambientes e vidas. Na musicoterapia, por exemplo, pude sentir o quão a música pode ajudar no desenvolvimento das pessoas, desde a socialização até na coordenação motora. Apaixonei-me ainda mais pela área, desde então sigo buscando realizar esse sonho dedicando-me à música”, Afirmou a adolescente que também estuda no IFRJ e ainda frequenta o Pré-Vestibular Cidadão do MEP.

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