Volta Redonda – A Bacia do Rio Paraíba do Sul, e a Região Sudeste em geral, estão vivendo a pior estiagem dos últimos 85 anos de registro histórico. Até agora, 2015 tem sido igualmente severo, com chuvas muito abaixo das médias históricas.
A principal medida de contingência para aumentar a segurança hídrica nestes tempos de crise continua sendo a economia crescente dos estoques de água dos quatro reservatórios (Paraibuna, Jaguari, Santa Branca e Funil) que regularizam os rios Paraíba do Sul e Guandu. Para tanto, o esforço de adaptação a níveis cada vez mais baixos desses rios tem sido contínuo e crescente; neste momento, estão sendo feitos novos ajustes dos sistemas de captação de vários municípios que captam água no rio Paraíba do Sul, da ETA Guandu e de indústrias na foz do rio Guandu, no Canal de São Francisco.
Com isso, a vazão mínima no rio Paraíba do Sul, no ponto de transposição para o Guandu, na barragem de Santa Cecília, que já havia sido gradualmente reduzida de 190 m3/s para 140 m3/s, sofreu mais duas reduções desde 15 de agosto, atingindo 115 m3/s em Santa Cecília. Para contornar a situação, o governo do Rio e a ANA acertaram uma nova redução do fluxo de água do Paraíba do Sul, que passará a receber 110m3/s em Santa Cecília, sendo 75 m3/s para o Guandu, a partir desta quinta feira.
O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, reconhece que a situação “é a mais grave da história”: “As operações que fizemos permitiram a economia de 1,5 trilhão de litros. Sem isso, estaríamos secos. Peço à população que economize água”.
Esta economia de água estocada nos reservatórios – aproximadamente 34% do volume útil total – equivale a quase quatro vezes o percentual atual de 7,59%, em 26/08/15.
Com a persistência da crise, a gestão dos estoques de água continua sendo feita de forma cuidadosa, de modo a evitar que os reservatórios esgotem seus volumes úteis de água. A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) reforça o apelo para população evitar o desperdício, pois a água é um bem finito.