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Volta Redonda – A iniciativa ‘Eu Pratico Esperança’, da Igreja Projeto Vida, de Volta Redonda, tem atuado como voluntária no auxílio à população do Rio Grande do Sul, vítima da maior tragédia climática da história do estado. A igreja tem enviado donativos e voluntários até áreas afetadas pelas enchentes e realizado um trabalho de recuperação. Já foram arrecadadas e entregues quatro carretas com donativos para a população gaúcha.
E dando continuidade à iniciativa, a igreja pretende levar, no sábado (15), mil cestas básicas para a região de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Será a quinta carreta da expedição em parceria com o Transporte Generoso e, desta vez, com o Diário do Vale. Através da ação, cerca de 30 voluntários também irão ao estado para atuar na distribuição dos alimentos e no atendimento à população. Médicos, psicólogos e profissionais de diversas áreas são os chamados “agentes da esperança”.
O bispo Laydson Cruz, que também embarcará como voluntário, explica que novas necessidades surgem no estado, uma vez que as águas começam a baixar. Ele afirma que a igreja espera donativos de toda cidade, não só de membros, para que o objetivo de mil cestas básicas seja alcançado.
“Agora estamos voltando com 30 agentes da esperança e estamos enviando a quinta carreta. Nessa carreta estamos focando em levar mil cestas básicas, é um grande desafio. Hoje já têm duzentas lá. Resolvemos fazer isso junto com a cidade, porque às vezes, alguém quer doar e não sabe como. Qualquer pessoa da região pode levar no Projeto Vida VR. Temos o “pix da esperança”, mas estamos priorizando que a pessoa leve a cesta básica lá, para dar esse engajamento e ela entender que está dentro do projeto. O pix também será revertido nisso, mas estamos priorizando os donativos”, afirma o bispo.
De acordo com o líder religioso, apesar do nível da água começar a baixar, a busca por alimentos ainda é muito alta. “Essa procura foi o que motivou a igreja a enviar mais ajuda. As cestas básicas e os voluntários atuarão da base do Projeto Vida em Novo Hamburgo. Enquanto nós estivermos lá, a carreta vai chegar. Uma das dificuldades é a falta de voluntários para descarregar. Estaremos lá para fazer a gestão disso, vamos atuar principalmente ali no bairro Santo Afonso, que foi bem afetada, 12 mil casas atingidas e uma cidade vizinha“, explica Cruz.
O bispo afirma ainda que existe a vontade de realizar uma nova missão com voluntários para auxiliar na reconstrução das casas, mas essa ainda não é a realidade vivenciada pela população afetada pelas enchentes.
“Se a gente fizer outra ação em julho, ou até no início de agosto, a gente deve levar missionários que tenham qualificações e habilidades de reconstrução. Temos esse sonho, mas estamos indo por etapas, por necessidades e por alcance. Alimentação hoje ainda é o maior clamor deles. Ainda não tem reconstrução de casas, pinturas. Por enquanto é só tirar a lama, jogar coisas fora. As prefeituras das cidades ainda não estão dando conta de tirar os entulhos, então é muito lento, por isso ainda não estamos priorizando levar pedreiros e marceneiros”, conclui.