Evacuação de Aleppo é suspensa até nova ordem

by Diário do Vale
Milhares de pessoas aguardam para deixar o terror dos combates em Aleppo

Milhares de pessoas aguardam para deixar o terror dos combates em Aleppo


Aleppo – 
A evacuação que deveria ter acontecido neste domingo na cidade de Aleppo (Síria) e nas localidades xiitas de Fua e Kafraya foi adiada até nova ordem, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). As informações são da AFP.

O diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman, indicou que a suspensão se deveu a um ataque de homens armados a 20 ônibus enviados para a evacuação das localidades xiitas. Yasser al-Yussef, do grupo rebelde Nurredin al-Zinki, confirmou à AFP o “adiamento momentâneo” da operação, assinalando que o incidente não terá impacto na retomada da mesma.

Vários ônibus entraram na manhã deste domingo (18) na região leste de Aleppo sob controle do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho árabe-sírio, informou a agência oficial de notícias da Síria. As ONGs esperavam retomar as operações de retirada dos civis da cidade.

Os ônibus deveriam ser usados para evacuar os civis que esperam há dois dias poder deixar a cidade que se encontra em ruínas devido aos bombardeios entre o regime sírios e seus aliados contra os opositores ao governo de Damasco.

A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Elizabeth Hoff, esperava que a operação tivesse início no início da tarde. Uma equipe da Organização foi até Ramussah, no sudoeste de Aleppo, de onde os civis deveriam partir.

A retirada também foi suspensa na sexta-feira por decisão do regime sírio que acusa os insurgentes de não respeitaram as condições negociadas no acordo. A interrupção foi feita pelas milícias xiitas ligadas ao Irã. Elas exigem que dois vilarejos xiitas, Fua e Kafraya, cercados pelos rebeldes na província de Idleb sejam evacuadas primeiro.

A imprensa oficial do regime indicou que 1.200 pessoas foram autorizadas a deixar os dois vilarejos, e, em troca, um mesmo número de civis poderá deixar o leste de Aleppo.

OTAN descarta intervenção

Em entrevista ao jornal alemão Bild neste domingo, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg declarou que uma eventual participação da OTAN no conflito sírio iria apenas “agravar a situação”.
“Somos testemunhas de uma crise humanitária terrível. Às vezes, é justo deslocar militares como no Afeganistão. Mas, às vezes, os custos de uma operação militar são superiores aos seus benefícios. Avaliando a situação da Sírios, os membros da OTAN já chegara à conclusão de que tal operação só agravaria uma situação já terrível”, avaliou.

Os 28 integrantes da Aliança Militar pertencem à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos na luta contra o grupo Estado Islâmico, mas não estão diretamente implicados no conflito. “Há riscos de transformar em um conflito regional ainda maior que aconteçam mais mortes de inocentes. Uma intervenção militar nem sempre é uma solução”, defendeu Stoltenberg.

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