Rio de Janeiro –
Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, foi preso na manhã desta segunda-feira (16), na casa dele, na Barra da Tijuca. A prisão faz parte da 10ª fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que cumpre 18 mandados e foi batizada de “Que país é esse?”. Os crimes investigados nesta etapa são associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação.
Duque não ofereceu resistência durante a prisão. A detenção dele é preventiva, e foi determinada pelo juiz Sérgio Moro. A decisão foi baseada após uma investigação ter constatado que o ex-diretor da estatal tinha contas secretas na Suíça, no valor de 20 milhões de euros, esvaziadas posteriormente, e transferidas para o Principado de Mônaco. O dinheiro está bloqueado pela Justiça brasileira. Ele chegou a ficar preso por 20 dias, em novembro do ano passado, na sétima fase da Lava-Jato. O nome de batismo da operação – “Que país é essse?” – foi justificada por conta da frase dita por Duque na primeira vez que foi preso em casa.
Com a nova prisão, Duque se junta a outros dois ex-diretores da Petrobras que já estão na cadeia: Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada, e Nestor Cerveró. Os três foram dirigentes da estatal quando Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração.