País – Um evento paralelo do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20 vai discutir, nesta terça-feira (30) e quarta-feira (1º), em São Paulo, a promoção da integridade da informação. No dia 1º o evento é aberto ao público credenciado e terá transmissão ao vivo pelo site G20 Brasil. A abertura contará com a presença do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), de Tawfik Jelassi, diretor de Comunicação e Informação da Unesco e Melissa Fleming, subsecretária para Comunicações Globais da Organização das Nações Unidas (ONU). O encontro acontece na sequência do Netmundial +10.
A conferência presencial será realizada durante dois dias, com painéis abertos e grupos de discussão restritos a convidados. Na terça-feira (30), das 8h30 às 17h30 acontecerão reuniões e workshops com acesso restrito, com a presença de especialistas e representantes de grupos de engajamento do G20.
Entre os conferencistas estão nomes como Maria Ressa, jornalista filipina ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2021 e presidente do Rappler, principal site de notícias que lidera a luta pela liberdade de imprensa em seu país; Nishant Lalwani, CEO do Fundo Internacional para Mídia de Interesse Público; Angie Holan, diretora da International Fact-Checking Network do Poynter Institute; Nicolas Robinson, diretor de políticas públicas da OpenAI para América Latina e Elsa Pilichowski, diretora de Governança Pública da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Menos espaço para a garantia de direitos
Para o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, pela primeira vez o G20 tem a integridade da informação como uma pauta central no grupo de Economia Digital. “Participantes de todo o mundo vão buscar saídas para garantir a integridade da informação, o combate à desinformação e ao discurso de ódio, e que possam dar “garantia de que a população possa receber informações confiáveis e consistentes no seu dia a dia”, explica Brant.
Segundo o secretário, o excesso de desinformação e discurso de ódio, significa menos espaço para a realização de direitos e para a democracia. “O ambiente digital em que todos falam, todos participam é muito positivo. Mas isso também tem consequências negativas por conta da maneira como esse debate público vem acontecendo”, disse.
O evento vai debater o panorama atual e propor iniciativas de promoção da integridade da informação, com temas como a sustentabilidade dos produtores de conteúdo de interesse público, a regulação de mercado e serviços digitais e a proteção de processos eleitorais e instituições públicas em todo o mundo. Será uma oportunidade para compartilhar experiências internacionais, trocar melhores práticas e desenvolver estratégias para enfrentar os desafios no ambiente digital.
O seminário vai abordar os impactos sociais e políticos do avanço das tecnologias digitais, especialmente em relação à integridade da informação e à confiança na internet.
Com informações do G20 Brasil