Geólogos ligados ao MEP opinam sobre a segurança nos paredões rochosos

by Diário do Vale

Geólogos aconselham estudos geotécnicos mais aprofundados sobre o paredão(Foto: Divulgação).

Volta Redonda- A tragédia ocorrida no último sábado, dia 8, em Capitólio-MG, com o desprendimento de rochas sobre as embarcações com pessoas, provocou reações entre os especialistas de diversas áreas de conhecimento, em especial os das Geociências, ligados ao MEP(Movimento Ética na Política).

Os membros da equipe ambiental do Movimento, a exemplo de milhões de pessoas, num primeiro momento lamentaram e solidarizam com as vítimas do gravíssimo acidente. Ao mesmo tempo, para tranquilizar a comunidade de Volta Redonda e região Sul Fluminense que, vem acompanhando e apoiando as movimentações do MEP para transformar a Pedreira da Voldac em uma Unidade de Conservação, local onde um paredão rochoso imponente e belo foi lembrado por muitos ao associarem as rochas do Capitólio.

Silvia Real, com especialização em geociências (UNESP), membro e ex-coordenadora da equipe ambiental do MEP, ao ler as notícias sobre o acidente em MG, lembrou que o Movimento, desde o início da discussão sobre a valorização e cuidado com o espaço público abandonado da Pedreira da Voldac, aconselha estudos geotécnicos mais aprofundados sobre o paredão.

“Na pedreira, já estiveram desde 2019, técnicos ligados à Defesa Civil, geólogos, escaladores experientes, secretários de Meio Ambiente, agentes políticos, biólogos, engenheiros, e mais recentemente técnicos do DRM (Serviço Geológico do RJ), e todos orientaram para a importância de manter-se distância do paredão” explicou.

De acordo com Sílvia, o último relatório do DRM-RJ expôs que há 2 paredões aparentemente estáveis, e um paredão com ameaça de queda de fragmentos de rochas mais a fundo, mas para estabelecer o grau de segurança para se frequentar o local, Silvia esclarece que é necessário um estudo geotécnico mais aprofundado.

“As visitações tanto dos especialistas e técnicos, quanto da população nos encontros com objetivos educacionais e colônias de férias na pedreira da Voldac são sempre realizadas com um técnico ligado ao MEP, que limita as movimentações, principalmente no paredão mais suscetível, nunca permitindo a aproximação das rochas. A equipe ambiental do MEP vem cobrando o poder público quanto aos cuidados no local, desde os aspectos científicos, ambientais e também quanto aos cuidados com a segurança para quem visita a área”, lembrou a geóloga.

Atrações

Sílvia também destaca que o local possui diversas finalidades para oferecer à população da região Sul-fluminense, destacando o valor educacional aplicado ao ensino das geociências, para desmistificar e orientar às gerações sobre princípios científicos básicos dos fenômenos que ocorrem na Natureza e como eles aparecem no ambiente em que habitamos. “Contudo, o fato ocorrido em MG reforça uma urgência de uma avaliação geotécnica pelo governo municipal de VR, responsável pela área da pedreira, para que tranquilize a população em relação à segurança para o uso deste importante espaço na cidade”, disse a especialista.

Já Mateus Henrique, geólogo pela UFFRJ, que em recentemente realizou um estudo acadêmico sobre a geodiversidade da Pedreira da Voldac e seu potencial turístico e educacional recomendou – “O mapeamento geológico sempre deverá ser realizado em áreas com potenciais turísticos, para que sejam avaliados os possíveis riscos geológicos a fim de evitar danos aos visitantes, assim como o ocorrido em Capitólio. O caso da pedreira alguns padrões de fraturamentos foram encontrados nos paredões rochosos, associados tanto antiga exploração como também aos processos tectônicos, e que também devem ser avaliados para inibir qualquer risco, por isso a de se manter sempre a devida distância do afloramento, fato que nos do MEP sempre pautamos”, afirmou o jovem geólogo.

Para Michel Bastos, vice-coordenador da equipe ambiental do MEP, mestre biologia, ex-analista ambiental do INEA, de forma prudente faz um alerta importante.

“O caso do Capitólio, tenho hipóteses, porem prefiro aguardar mais dados da área para melhor avaliar. Em relação a nossa pedreira, nós não vamos para lá e ficamos debaixo das rochas, buscamos sempre a segurança orientada. No caso da pedreira fica o alerta, o grande risco de querer colocar naquele local grande estrutura arquitetônica cara e furar as rochas, submeter a sons altíssimos imagine no que vai dar”, analisou o também especialista em hidrografia.

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