
Foto: Paulo Moreira
Jovelino afirma que seu grupo tem credibilidade para buscar benefícios para os trabalhadores
Volta Redonda – Recentemente, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a CSN assinaram um acordo coletivo, após uma das negociações mais difíceis dos últimos anos, quando grupos de trabalhadores ligados a centrais sindicais que fazem oposição à atual direção da entidade tentaram interferir no processo, inclusive iniciando paralisações por conta própria em alguns setores da Usina Presidente Vargas, o que inclusive gerou demissões de alguns dos participantes. Tudo isso, segundo Jovelino Juffo, candidato à presidência pela Chapa 1, teve relação com o processo eleitoral, que vai ocorrer a partir desta terça (26) até o dia 28 (quinta).
Em entrevista ao DIÁRIO DO VALE, Jovelino falou de seus projetos, caso seja eleito, destacando a garantia da empregabilidade e propondo uma iniciativa de construção de casas próprias para os metalúrgicos.
DIÁRIO DO VALE – O acordo coletivo entre os metalúrgicos e a CSN foi um dos mais difíceis dos últimos anos. O senhor acredita que a disputa eleitoral influenciou nas negociações?
Jovelino Juffo – O acordo coletivo com a CSN sempre é muito díficil. O dono da CSN tem essa característica. Mas sem dúvida nenhuma a politização das negociações sindicais prejudicaram muito. A turma da oposição vendeu ilusões para os trabalhadores que conseguiriam aumento de 30%, que puxariam greve, etc. Mas o fato é que nenhuma categoria no Brasil conseguiu isso.
DV – Sabe-se que outros sindicatos, ligados a centrais que apoiam a oposição, assinaram acordos semelhantes aos de Volta Redonda, com muito menos dificuldade …
Jovelino – Exatamente. Se você vir, lá na Casa de Pedra, a turma da CSP-Conlutas, que agitou o movimento aqui em Volta Redonda não fez nada e não conseguiu nada diferente. Ao contrário, correram para aprovar a proposta da empresa. Aqui em Volta Redonda foi pior, eles conseguiram demitir mais de 200 colaboradores por conta de uma postura irresponsável e voltada apenas para a eleição sindical.
DV – A disputa eleitoral, na sua avaliação, colocou em risco as conquistas dos trabalhadores de Volta Redonda? O que ocorreria se a questão fosse à esfera judicial?
Jovelino – A Justiça é uma roleta russa, mas infelizmente a gente sabe que as grandes empresas têm muito mais recursos para contratar advogados. Além disso, ano após ano, a legislação tem sido mudada para prejudicar o trabalhador. Isso exige que a gente tenha mais responsabilidade com o trabalhador.
DV – Que propostas o sindicato tem para garantir a empregabilidade dos metalúrgicos?
Jovelino – Garantir a empregabilidade é a nossa principal prioridade. Estamos saindo da pandemia, o país em inflação alta, o mundo enfrentando guerras e crises econômicas. Nossa proposta é manter uma negociação com as empresas de forma responsável e com credibilidade para garantir os empregos. A turma da oposição é conhecida por ser responsável por fechar vagas de emprego onde estão, é só ver o caso da Ford, como exemplo.
DV – Como o senhor descreveria a relação atual entre o sindicato e a CSN e as demais empresas da base metalúrgica na região?
Jovelino – A nossa relação vai ser de responsabilidade, e diálogo, mas sobretudo com independência. Nós temos credibilidade para sentar com todos e buscar os melhores benefícios.
DV – Que vantagens há para o metalúrgico na reeleição do atual grupo que dirige o sindicato?
Jovelino – A primeira coisa que precisamos entender é que a Chapa 1 representa uma renovação dentro da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos. Nós reunimos uma turma que como eu, o companheiro Molequinho (Carlos Alberto Muniz de Souza, candidato a vice-presidente) e outros estavam no sindicato, mas sem uma posição de comando, com uma grande turma de gente nova. Gente que chega com sangue novo para renovar o sindicato. São pessoas que tem muita responsabilidade com o emprego do trabalhador, gente que vem do chão de fábrica, e que vai não vai vender ilusões nem aventuras para os colaboradores.
DV – Há alguma iniciativa do Sindicato em relação ao Plano de Saúde da CSN?
Jovelino – Estamos trabalhando firme para melhorias no plano de saúde. Já conseguimos benefícios como o credenciamento de novas clinicas, como a Oladejo em Resende. A empresa também colocou, por pressão nossa, o Meu Doutor dentro da UPV. Mas tem que melhorar muito mais ainda. Queremos melhor atendimento e menos burocracia.
DV – Quais outras medidas em relação CSN?
Jovelino – Vamos cobrar melhoria nas alimentações servidas pelas empresas. Higiene e qualidade são fundamentais. Também defendemos que a CSN tem que definir metas para PPR urgente. Chega de abono que maltratam os colaboradores com descontos absurdos de Imposto de Renda. Também estamos defendendo o projeto de casas para os metalúrgicos.
Temos a credibilidade necessária para tirar do papel o projeto das casas próprias para os metalúrgicos. Casa popular a preço justo é o que o trabalhador precisa pra sair do aluguel.
6 comments
SE ELE PROMETER TRAZER O MAR PRA VOLTA REDONDA TALVEZ CONSIGA ALGUNS VOTOS.KKKKKKK
Eu sou tlabalhador da csn. Como faço pala ter minha casa? Não quelo mais molar aqui onde estou molando.
É mais fácil acreditar que o saci vai andar de patinete kkkkkkk
QUEM VAI ACREDITAR NESSE PAPO FURADO DE CASAS PRA PEÃO O SALARIO HOJE MAL DA PRA COMER,QUEm VAI BANCAR COM TODOS OS CUSTOS DA OBRA O BENJAMIM?KKKKK ISSO SÓ PODE SER PEGADINHA.
Se até as grandes construtoras estão tendo dificuldades no setor imobiliário.vem esse pelego apelar com promessas falsas para o trabalhador já sabendo o resultado das eleições.Nem sócios esse sindicato falido tem tamanho o descrédito com os trabalhadores.
Com esta chapa nada muda, os empregados continuarão perdendo poder de compra.
E o plano de saúde vai continuar dando dor de cabeça.
Prometer o que nunca foi feito quando diretor.
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