Jovens de VR recebem alerta sobre direção responsável

Duas ações foram realizadas no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, no Açude; outras atividades acontecerão na cidade até sexta-feira (8)

by ana Calderone

Motoristas declararam apoio ao projeto e a Operação Lei Seca (Foto: Evandro Freitas)

Volta Redonda – Agentes do projeto Educação no Trânsito – Escola Nota 10, uma iniciativa da Operação Lei Seca feita em parceria com Secretaria de Estado de Educação, estão em Volta Redonda, onde realizam, durante esta semana ações educativas voltadas à conscientização sobre a perigosa combinação entre a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso de drogas com direção de veículos.
O projeto está sendo realizado nos 92 municípios do estado e tem como público-alvo os jovens, que, em um futuro próximo, estarão aptos para obter a Carteira Nacional de Habilitação.
Nesta terça-feira (5), a equipe do projeto esteve no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, no bairro Açude, onde ministraram duas palestras sobre o tema, ações realizadas pelo projeto e também apresentaram dados sobre o sucesso da Operação Lei Seca no estado, para alunos com idades entre 15 e 18 anos, do 1º ao 3º ano do ensino médio.
Durante a explanação, os alunos também assistiram a depoimentos de agentes do projeto que ficaram deficientes devido a acidentes de trânsito causados por terceiros que ingeriram bebidas alcoólicas e depois dirigiram veículos.
As atividades foram finalizadas com blitzes educativas em uma avenida próxima à instituição de ensino, onde, acompanhados por agentes do projeto, os alunos explicavam aos motoristas abordados os riscos de dirigir sob o efeito de substâncias alcoólicas e outros narcóticos.
O chefe da equipe que está em Volta Redonda, Marcelo Gomes, falou sobre como estão sendo realizadas as ações do projeto na cidade:
“Este é um projeto que, com certeza, vai somar muito para a vida desses jovens, para que eles conduzam veículos com consciência no futuro. O nosso intuito é conscientizar os alunos que estudam nas escolas do estado do Rio de Janeiro”, disse Marcelo.
A diretora do Colégio Militar, Thaís Martins Lorena, afirmou que ações realizadas pelo projeto Educação no Trânsito – Escola Nota 10 ajudam a criar nos jovens a consciência de que não devem dirigir alcoolizados:
“Este tipo de ação é importante em nossa escola e acho que deveria acontecer em todas as outras, porque preparam os nossos adolescentes para a vida adulta, mostrando qual é o papel e o compromisso que eles têm com a sociedade. Quando uma pessoa assume a direção de um veículo alcoolizada, ela assume o risco de sofrer um acidente ou até tirar a vida de uma terceira pessoa que não tem nada a ver com a história. Criar essa mentalidade nos alunos, desde já, aumenta as chances de termos uma sociedade mais saudável no futuro”, afirmou a diretora.
Iniciativa tem apoio de motoristas
A ação conta com o apoio de condutores, como o motorista de ambulância João Batista, que foi abordado pelos alunos, acompanhados dos agentes do projeto.
“Esta blitz é muito significativa, porque mostra como devemos nos comportar no trânsito. Eu sou totalmente a favor da Operação Lei Seca, porque no trânsito às vezes acontecem coisas imprevisíveis”, contou o motorista.

Após a palestra, alunos participaram de uma blitz educativa nas imediações da escola (Foto: Evandro Freitas)

Sucesso do Projeto e da Operação Lei Seca
Durante a palestra, os agentes do Educação no Trânsito – Escola Nota 10 exibiram uma apresentação que mostrou que o projeto realizou 261 palestras e 1.561 ações em 2023. Já a Operação Lei Seca, que teve início em 2009, no estado do Rio de Janeiro, tem mostrado resultados positivos. Dados do governo do estado apontam quedas significativas nos números de acidentes e óbitos após o início da operação.
Antes da Operação, em 2008, foram registrados 2.753 vítimas fatais no trânsito (17,3 óbitos a cada 100 mil habitantes) e 40.849 vítimas não fatais (261,1 vítimas não fatais a cada 100 mil habitantes).
Após a operação Lei Seca, em 2023, foram registradas 1.988 vítimas fatais (11 óbitos a cada 100 mil habitantes) e 23.829 vítimas não fatais (104 vítimas não fatais a cada 100 mil habitantes).
Exemplo vivo
Durante a palestra, os alunos puderam acompanhar depoimentos de agentes da equipe do projeto que foram vítimas de acidentes de trânsito. A agente Daniele Fernandes contou sobre o drama que viveu após um grave acidente, quando seu ex-noivo, que estava alcoolizado, perdeu o controle do veículo.
“Eu estava com o meu ex-noivo e nós tínhamos o hábito de sair aos fins de semana. Eu não bebia na época, porque não dirigia. Ele era o motorista. Em uma festa, ele fez uso do álcool em excesso. Mas, como a gente acha que nunca vai acontecer com a gente, e por ter voltado várias vezes para casa sem problemas, achávamos que nunca fosse acontecer. Infelizmente, aconteceu um acidente muito grave. Foram quatro anos e meio entre idas e vindas, casa e hospital, e fui submetida a um total de 26 cirurgias”, contou a agente.

Agente Daniele Fernandes contou sobre o acidente que sofreu (Foto: Evandro Freitas)

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