Livro com histórias de jornalistas relata episódios inusitados

by Diário do Vale

Livro Memórias da Imprensa Escrita, de Aziz Ahmed – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“O Brasil não é um país sério” é uma frase que sempre foi atribuída ao ex-presidente da França Charles de Gaulle, mas o jornalista Aziz Ahmed garante que esta é uma das maiores fake news do jornalismo brasileiro. No recém-lançado livro “Memórias da imprensa escrita”, Ahmed publica esta e outras histórias, contadas por 26 jornalistas que comandaram as principais redações dos jornais cariocas na segunda metade do século passado.
Época em que Rio de Janeiro era capital federal, quando os jornalistas nem sonhavam com um mundo digital e as redações pensavam apenas em levar notícias fresquinhas assim que o dia começasse. As histórias são muitas, como a de uma que a polícia acabou com uma recepção ao presidente americano John Kennedy, após a denúncia de um vizinho que reclamou do barulho.
Nas 316 páginas do livro, estão episódios do cotidiano de redações de O Globo, Últimas Hora, Jornal do Brasil, Correio da Manhã. Contadas por mestres como Ricardo Boechat (morto em fevereiro deste ano em um acidente de helicóptero), os imortais Arnaldo Niskier e Cícero Sandroni, Pery Cotta, Henrique Caban e Aluizio Maranhão, entre outros.
Cada capítulo mostra um pouco dos bastidores e da sagacidade dos grandes editores da época. Milton Coelho da Graça, quando era editor chefe de O Globo, nos anos 1980, sempre consultava o contínuo Cigarrinho (um mulato alto, sempre com um cigarro no canto da boca) sobre as manchetes da primeira página do dia seguinte. “Seu Milton. Esta manchete não vai vender lá na Baixada. O povo de lá não vai entender nada disto”, sentenciava.

Bastidores
Na época colunista, Boechat conta que recebeu a notícia de que a apresentadora Xuxa estava grávida em uma tarde de sábado, durante a sua pelada semanal com amigos. E acreditou que podia guardar o “furo” até a edição de segunda-feira. No domingo, segundo ele, assistiu perplexo a Fausto Silva, o Faustão, dar a notícia em seu programa dominical.
A capa é assinada pelo desenhista Marcelo Monteiro, que desde 1962 faz ilustrações no jornal carioca O Globo. E a tipologia impressa é a mesma das antigas máquinas de escrever.
Apesar de toda nostalgia, “Memórias da imprensa escrita” se rende ao mundo digital. Ao final de cada capítulo, um QR-Code apresenta ao leitor um vídeo com o jornalista entrevistado. O aplicativo, explica o autor, também será usado para possíveis atualizações bibliográficas.

Histórico
Aos 80 anos, Aziz Ahmed começou no jornalismo em 1961 e passou pelas redações do Correio da Manhã, O Globo e Jornal do Commercio. Lecionou em universidades e foi chefe da Comunicação Social da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Em tempo: o contínuo do jornal O Globo, o Cigarrinho, deixou a redação e foi trabalhar na assessoria de uma prefeitura em um município da Baixada Fluminense.
* As informações são da Agência Brasil, por Mario Toledo

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3 comments

Leitor 3 de abril de 2019, 15:46h - 15:46

Se é Fake News não sei mas q o Brasil não é um país sério, inclusive sua própria imprensa, disso tenho certeza.
Fake News mais verdadeira q existe, se for fake mesmo, né?

guto 3 de abril de 2019, 13:41h - 13:41

Os jornalistas estão de parabéns, pois constituem o Quarto Poder nos países democráticos, tanto é que os políticos; membros do STF não merecedores da toga; narcotraficantes; presidentes e ex-presidentes; artistas da globo; senadores; servidores públicos; empresários corruptos; juízes; pastores pedófilos; etc… estão sempre contrários à liberdade de imprensa!
O que dizer do PT, que na época em que governava criou uma ‘lista negra’ no qual colocava o nome de alguns jornalistas consagrados no brasil?!
Como diria o cientista Albert Einstein: “Há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana….”.

Vermelhão 3 de abril de 2019, 21:44h - 21:44

Vc se enquadra na segunda, estupidez, aliás, Fake News tem tudo a ver com seus comentários

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