Mães avaliam retomada das atividades em escolas da rede particular em Volta Redonda

by Diário do Vale

Volta Redonda – Mães de alunos matriculados nas séries iniciais avaliam a proposta apresentada pelo prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, prevendo a retomada gradativa dos atividades da rede particular de ensino. Algumas consideram a medida preocupante por conta dos riscos de contaminação por Covid-19. Outra afirma que, caso sejam adotadas as ações de prevenção ao Novo Coronavírus, a retorno às aulas será seguro.

Uma delas é a funcionária pública e administradora, Bruna de Oliveira Jerônimo, de 39 anos, que considera o momento como sendo perigoso para a saúde de toda família.

– Entendo a necessidade das creches, por exemplo, voltarem as atividades porque esses pais que não têm onde deixar as crianças. Por outro lado, sou absolutamente contra e acredito que vai ser uma catástrofe. Estou numa situação relativamente confortável: tenho um filho, asmático, de 5 anos, e uma filha, de nove meses, que estão em casa. O meu medo de deixá-los voltar para escola agora é muito grande e só os mandaria para a escola se não tivesse nenhuma alternativa. Minha intenção é que a bebê não volte mais para creche este ano, e o menino seguirá no sistema de aulas online (EAD) na escola em que estuda – relatou Bruna, acrescentando que acredita que os casos de Covid-19 devem aumentar com o retorno gradual das escolas.

Para Dayana Gomes, autônoma e mãe do Andrew, de três anos de idade, o retorno de 20% das escolas particulares no município é uma atitude seletiva e injusta com os estudantes de escolas municipais e estaduais.

– Estou revoltadíssima. É óbvio que eles escolheram as escolas particulares por serem mais rentáveis do que as públicas. Meu filho vai perder toda base de ensino. São muitas situações que me deixam dividida porque a necessidade é grande, tanto para ele quanto para nós, porque não temos com quem deixar e nem dinheiro para pagar alguém. Na escola, ele come quatro refeições ao dia, o que já é uma economia em casa. Recebemos uma cesta básica da escola e os itens deu para, no máximo, uma semana, sem produtos de limpeza e higiene pessoal, o que deveria ser obrigatório. Então acredito que essa decisão de voltar às escolas particulares é uma tentativa de “ajudar” a economia e apenas isso – disse Dayana.

A estudante de Gastronomia, Maíra Oliveira Gomes, de 40 anos, acredita que na realidade atual, Volta Redonda não está apta para essa mudança com as escolas particulares, e confessou estar tranquila de que a rede municipal de ensino, onde seus dois filhos estudam, não voltará em 2020.

– Pelo que vemos no noticiário sobre outros países que estão retornando com as aulas, se adaptando com número reduzido de alunos, a questão da higiene, máscaras, e mesmo assim estão aparecendo novos casos de infectados. Só tenho a pensar que nossa cidade nem o Brasil saberão lidar com a situação. Fico mais tranquila porque meus filhos na rede municipal não retornarão agora, mas se fosse o caso deles, eu não mandaria para escola. Eu, como mãe pretendo preservar a saúde dos meus filhos o máximo que eu puder – disse Maíra, acrescentando que o melhor seria que nenhuma das escolas voltassem.

Já Deisiane Vaz concorda com a reabertura das unidades de ensino, caso as escolas se comprometam em cumprir as determinações dos órgãos de Saúde, com medidas de prevenção a Covid-19.

– Ficaria preocupada de deixar meu filho na escola, mas precisamos trabalhar. Estou em home office, mas as vezes vou para o escritório, e preciso deixá-los com minha mãe. Então se me passarem confiança de que estão mantendo a higiene com as crianças, eu mandarei – destacou Deisiane.

Retorno gradual das escolas é para ajudar os pais que precisem deixar os filhos nas escolas para poderem trabalhar.
(Foto: Ilustrativa)

Sindicato

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul Fluminense SINEPE/SF, emitiu nota afirmando que um possível retorno às atividades escolares “deverá ser feito com responsabilidade, parceria e total atendimento aos órgãos competentes”. A entidade, que representa mais de 65 instituições de ensino, totalizando cerca de 20 mil alunos e pelo menos 3,5 mil colaboradores, se manifestou ainda em relação ao processo de reabertura econômica.

O presidente do órgão, Cláudio Menchise, afirma que as decisões devem ser tomadas de forma gradual, segura e sem prejuízo das medidas de prevenção e combate à pandemia do COVID-19. O sindicato informou ainda ter se reunido com o poder público municipal para discutir o assunto e contribuir com o planejamento de uma futura retomada das atividades escolares, inclusive apresentando um Plano Estratégico e em consonância com medidas preventivas ao Covid-19 determinadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e Ministério da Saúde.

Por Miguel da Silveira

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14 comments

musicas relaxantes 26 de maio de 2020, 23:18h - 23:18

Artigo excelente :). Acabei de me deparar com o seu blog e gostaria de dizer que realmente gostei de navegar pelas postagens do seu blog. Afinal, estarei assinando seu feed e espero que você escreva novamente em breve!

Não exagera 26 de maio de 2020, 20:49h - 20:49

Se as escolas particulares não quebram agora….quebram com os processos que vão tomar

Capeta da grota do Santa cruz 26 de maio de 2020, 20:05h - 20:05

A reabertura da escola particular será um FIASCO pois muitos não mandarão os filhos a escola. Se na escola o risco e maior e preferível pagar uma pessoa para tomar conta da crianca em casa com os devidos cuidados pois o risco e menor .

Alguém 26 de maio de 2020, 17:04h - 17:04

Bom minha opinião é retomar as aulas somente no próximo ano.afinal se nem os adultos se comportam como deve com o uso das mascaras,o distanciamento e o uso do álcool gel,que dirá crianças.acho que estariam colocando nossos pequenos em risco.meu filho é de escola pública e graças a Deus não retornará,pq eu não me sentiria segura em deixá-los ir.eu entendo as mães que necessitam trabalhar,mas se a vida tem que vim em primeiro lugar,como as pessoas estão pensando somente no financeiro?acho que é melhor a perca de um ano do que de uma vida.

Elisa 26 de maio de 2020, 20:22h - 20:22

No próximo ano ainda não terá vacina, vai se esconder até quando …

Geninha 26 de maio de 2020, 23:27h - 23:27

Poxa Elisa do jeito q vc prevê o futuro deve já ter ganhado muito dinheiro na maga sena kkkkkkkk

Djalma 27 de maio de 2020, 00:24h - 00:24

Pra preservar a saúde de um filho esconderia a vida toda se fosse necessario.não será, mas agora, só irresponsável quer filho na escola. É arriscar demais. Saúde em primeiro lugar obviamente.aí a hora que dá M. vai chorar e fazer nota de pesar na internet…ta louco

André 26 de maio de 2020, 16:37h - 16:37

Tem que voltar às aulas mesmo. E quem tem filhos em escola pública tem que se mobilizar e exigir a volta das aulas também.

Lúcia 26 de maio de 2020, 18:54h - 18:54

Você tem filhos? Aposto q nao ne, ignorante. Pq só um ignorante pra achar normal voltar aula em meio ao caos. Com certeza vc é um dakeles malucos q foram fazer passeata. Anormal.

Voltarredondense 26 de maio de 2020, 19:39h - 19:39

Desculpe André, ou você não tem filhos ou não os amam. Você já foi em uma escola? Ficou para ver como as crianças se comportam…Espirram sem nenhuma cerimônia, tossem sem nenhuma cerimônia, passam as mãos por todas paredes que veem, se abraçam o tempo todo, não lavam as mãos com frequência (só quando são mandados). Vai ser o caos! Não por elas, pois para o tal presidente médico, cientista e infectologista….vai ser só uma gripezinha, mas para pais e avôs ou até irmãos em grupo de risco , poderá ser fatal.
André, repense um pouco.

PRONTO FALEI 26 de maio de 2020, 23:27h - 23:27

VOCÊ JÁ COMEU SUA COTA DE CAPIM HOJE??????/

Geninha 26 de maio de 2020, 23:30h - 23:30

A anormalidade e a imbecilidade está intricico no modo de reagir da gado Bozzolinico.

thiago 26 de maio de 2020, 15:45h - 15:45

Se reabrirem eu não mando, faço como outros pais já estão fazendo e transfiro minha filha para escola pública.

Marco Brandt 26 de maio de 2020, 21:44h - 21:44

Afinal de contas o boleto do Honda Civic vem antes da educação dos filhos, não é verdade?

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