Angra dos Reis – Um grupo do Ministério da Educação (MEC) se reuniu na manhã desta segunda-feira (10) com a equipe da secretaria municipal de Saúde e da Universidade Estácio de Sá para acompanhar o andamento da implantação da faculdade de Medicina na cidade. O grupo também vai elaborar um parecer final autorizando ou não esta implantação.
Após este processo, o relatório segue para o Conselho Nacional de Medicina, que autoriza de forma definitiva o início das aulas. A expectativa da prefeitura é que ainda neste segundo semestre, a faculdade já esteja em pleno funcionamento.
O secretário de Saúde, Renan Vinícius, acompanhado do secretário executivo de Saúde, Gustavo Villa; do secretário hospitalar, Sebastião Faria; do diretor do Departamento de Saúde Coletiva, Eliézer Júnior e das médicas Cristiane Coelho, membro da Comissão de Residência Médica – COREME e Lilian Gomes Machado, coordenadora da Educação Permanente, receberam os profissionais do MEC. Também estavam presentes Cipriana Nicolitt, vice-reitora Acadêmica da Estádio de Sá; Érico Ribeiro, vice-reitor de Administração e Finanças da Estácio de Sá; Sílvio Pessanha, coordenador Geral do Curso de Medicina e Marcos Henrique D’Amaral, diretor do campus Angra.
O grupo do Ministério tem visitas previstas no Hospital da Japuíba, no Centro de Especialidades Médicas (CEM) do Centro, unidades de saúde da Família de alguns bairros da cidade e na própria área onde está sendo reformada para abrigar a faculdade de Medicina, no Polo Universitário Jair Travassos, em Jacuecanga.
O presidente da Fundação de Turismo de Angra (TurisAngra), Carlos Henrique Souza de Vasconcellos, o Peninha, também participou do encontro, já que a Faculdade de Medicina em Angra movimentará o turismo na cidade, não apenas com os alunos, mas também com seus familiares e amigos. A comitiva seguiu para o início de sua agenda de visitas e reuniões.
17 comments
O reitor da Estácio, a equipe do MS e demais autoridades envolvidas precisam ler essas postagens, como a do cara do “conglomerados urbanos”, do outro do “tudo fica longe” e demais palpiteiros aqui, antes de se aventurarem em investimento de tal magnitude.
É um show embasamento técnico, de preparo intelectual e de pareceres conclusivos… um desperdício de talento…
Fala como se esses cidadãos fossem a nata da intelectualidade em vez de meros agentes de um empreendimento político e econômico… não só os desconhece como também os que tenta desqualificar aqui com seu complexo de inferioridade.
Concordo: a Estácio vai amargar prejuízo por não contar com um corpo consultivo interdisciplinar do calibre de nossos palpiteiros aqui, convictos a ponto dogmático, e seus abalizados e conglomerados urbanos pareceres.
Péssima ideia! Em Angra, tudo fica longe. Da Verolme até o Hospital são 22 km, o que em linha reta se percorre Volta Redonda e Barra Mansa. Sendo que no caminho, ainda teremos favelas como Camorim e Sapinhatuba, fora a Japuiba, que são locais que ocorrem grande violência, principalmente assaltos à mão armada. Só loucos vão nesse terra sem lei.
Acredito que a Região de Angra não dispõe de requisitos necessários para a instalação desta faculdade..como localização urbana…profissionais e professores que atuem na área médica….mobilidade…base imobiliária (dormitórios)..sem considerar o alto custo para se viver lá.
A região entre Resende..Barra Mansa..Volta Redonda e Barra do Piraí. possuem juntas a melhor estrutura para está instalação.
VR, Valença e Vassouras já possuem faculdades de Medicina, cara. Foi feito um estudo pelo Governo Federal para verificar em quais cidades seria interessante instalar novos cursos, então Angra e Três Rios foram indicadas. Dever ser ressaltado que são cursos PRIVADOS, diferente do que muita gente aí anda pensando…
Resende reúne todas as condições para ter um pólo educacional em Medicina e Odontologia, mas no entanto, a cidade simplesmente não anda…
Lamentavelmente hoje faculdades viraram um balcão de negócios a abertura de cursos médicos. Isso é triste. A medicina brasileira está em decadência”, Quem afirma é nada mais nada menos que José Hiram Gallo, conselheiro do Conselho Federal de Medicina.
Disse tudo! Comércio puro… mercantilização do ensino que formará profissionais interessados em mercantilizar a medicina também! Vão pagar mensalidades surreais para um arremedo de curso… se pensam que vão “ficar ricos” como médicos, posso afirmar: ledo engano!
Isso acontece há muito tempo e não só com cursos de medicina. Basta ver os outdoors, comerciais na TV e cartazes promocionais. Em vez de biquínis e bolsas, livros nas mãos das modelos… Faculdades dentro de shoppings também são sinais da mercantilização do ensino…
Tinham que ter mandado os representantes das facções criminosas de Angra pra essa reunião também, visto que aumentará significativamente a venda de drogas, se já vendiam bastante visto que Angra só tem viciados, imagina agora se tiver faculdade!
O ensino da medicina requer instituições sérias e grandes conglomerados urbanos onde o verdadeiro academicismo possa ser exercido. Os formados aí vão enxergar o mundo por um buraco feito em uma cartolina… literalmente uma visão estreita. Submédicos para atender a subcidadãos. Bem ao gosto dos políticos!
O que tem a ver ensino de medicina com “grandes conglomerados urbanos”?
Aumentar o turismo? Kkkkkkkk vai aumentar é o vandalismo e quiçá não aumentar também o número de drogados. Vide olimpíadas corem.
Valença, Vassouras, Viçosa, Lavras, Ouro Preto, Itaperuna, Seropédica e várias outras que não me recordo agora. Nenhuma tem mais de 100 mil habitantes, enquanto algumas têm nem 50 mil, como Vassouras, que é uma cidade universitária símbolo. Todas oferecem cursos de medicina e a maioria seria universidades, não apenas campus avançado ou centro universitário…
Voltei aqui porque julguei necessário… apesar do respeito a seus comentários devo dizer-lhes que o ensino médico moderno, a medicina baseada em evidências, necessita sim de altos investimentos e grandes centros universitários. Qualquer um de vocês entenderá isso o dia em que ficarem gravemente enfermos ( fatalmente isso ocorrerá pelo menos em um momento de nossas vidas ) e precisarem de assistência médica de alta complexidade. Está dito.
Aí vc está se referindo à estrutura médico-hospitalar, pólo de atendimento, nisso eu concordo contigo. Certamente essa estrutura tende a ser sempre maior em centros mais populosos e dinâmicos economicamente por motivos bem óbvios, tanto que o Programa Mais Médicos previu a necessidade de que os profissionais trabalhem no interior do país…
Outra coisa é a existência dos centros formadores, que pelo que é visto na prática não necessariamente precisam estar em grandes centros urbanos. Não só no Brasil como em muitos outros países, do primeiro mundo inclusive, vários dos melhores pólos de ensino e de desenvolvimento tecnológico e científico não ficam em grandes cidades… Medicina é um curso tradicionalmente de período integral, onde os alunos não conseguem conciliar trabalho com faculdade, além de não haver o estresse da vida urbana. Logo, o isolamento do campus não traz grandes prejuízos, outrossim tende a ser benéfico para as atividades acadêmicas. A própria FOA escolheu um lugar bem afastado dentro de VR para instalar sua faculdade de medicina…
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