Com 123 casos no estado, Sul Fluminense prepara vacinação contra gripe

by Diário do Vale
Vacina contra a gripe passa a ser ofertada a partir de terça, 24 (crédito AB)

Vacina contra a gripe passa a ser ofertada a partir de terça, 24 (crédito AB)

Rio e Sul Fluminense – Com a presença da gripe no estado, que já contabiliza 123 casos em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI),  sendo 4 deles causados pelo vírus H1N1 e 11 provocados pelo vírus H3N2, as duas maiores cidades da região -Volta Redonda e Barra Mansa – se preparam para dar início a Campanha Nacional de Vacinação, que começa na próxima terça-feira (24), com término previsto para o dia 30 de maio.

Durante esse período será aplicada a vacina trivalente, que imuniza contra os três subtipos de gripe que mais circulam no inverno: A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B. Em Volta Redonda a vacina será ofertada nas 44 Unidades Básicas de Saúde, além da Policlínica da Melhor Idade, no Jardim Paraíba. Em Barra Mansa as unidades de saúde funcionarão das 8h às 17 horas e estarão ofertando a vacina até o dia 1º de junho.

Além da vacinação, a Secretaria Estadual de Saúde ressalta que medidas simples de higiene ajudam no combate a doença. A campanha, realizada em todo o país, tem como público alvo gestantes, crianças com idades entre 6 meses e menores de 5 anos, pessoas com mais 60 anos, mulheres com até 45 dias após o parto, pacientes crônicos, além de profissionais de saúde e indígenas.

Estas pessoas fazem parte do grupo prioritário por estarem mais suscetíveis ao contágio e complicações da doença e devem ser vacinados ao longo da campanha. A influenza se agrava devido às baixas temperaturas do inverno. Os subtipos que mais frequentemente infectam os humanos, são A(H1N1), A (H3N2) e Influenza B.

O vírus H1N1 foi responsável pela pandemia no Brasil em 2009 e o H3N2 é  considerada a mutação mais grave da doença, que somente nos Estados Unidos infectou 50 mil pessoas.  No Brasil este vírus menos conhecido – H3N2 –  registra, até o momento 71 casos, sendo 12 mortes.

Gripe

O Influenza é uma doença viral febril, aguda, comumente conhecida como gripe, geralmente benigna e autolimitada. Caracteriza-se por sintomas como febre, tremores, dores de cabeça, dor de garganta e rouquidão, além de alterações respiratórias, como tosse seca e coriza.

O agravamento da doença pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração (cansaço extremo). A infecção geralmente dura, aproximadamente, uma semana.

Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. O vírus Influenza C causa infecções respiratórias brandas, sem causar impactos na saúde pública ou estar relacionado com epidemias. Já os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais.

O vírus Influenza A é classificado ainda em subtipos H1N1 e H3N2, além do H7N9. A transmissão ocorre pelo contato com pessoas infectadas, ao tossir, espirrar ou falar. Pode ser transmitida ainda indiretamente pelas mãos, após contato com superfícies contaminadas por secreções respiratórias.

Prevenção

A vacinação contra a gripe é a forma mais eficaz de evitar a doença, mas pequenas ações no dia a dia também podem ajudar, como manter as mãos sempre limpas, principalmente antes de consumir algum alimento; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

O infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, explicou que a principal característica do vírus influenza é sua capacidade de sofrer pequenas mutações e causar epidemias que atingem entre 10% e 15% da população mundial todos os anos. Para o especialista, entretanto, não há motivo para pânico.

Às vésperas do início da temporada de inverno no Brasil, ele alertou, no entanto, para a importância da vacinação, sobretudo para os que integram os chamados grupos de risco. “Assim que a campanha começar, as pessoas devem procurar a vacina e se proteger antes da entrada da estação do vírus”, explicou, lembrando que o país e  continental e, por essa razão, existem variações em relação aos subtipos de influenza que circulam neste momento.

Goiânia, por exemplo, abriu a temporada com predomínio de circulação de H1N1. Já em São Paulo, os casos confirmados e, inclusive, óbitos estão relacionados ao H3N2. No Hemisfério Norte, o que circulou na última temporada foi um H3N2 que tinha sofrido uma mutação maior em relação à circulação de anos anteriores e foi, talvez, desde a pandemia de 2009, a pior temporada de influenza que o hemisfério e, especialmente, os Estados Unidos vivenciaram.

 

 

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2 comments

Platão, o Filósofo 16 de abril de 2018, 13:43h - 13:43

Que a mídia tem um papel fundamental no quesito informação, isso não se discute, ou se discute, principalmente nessas campanhas envolvendo a Saúde pública. É que se não houver cuidado quanto ao saber informar, a informação acaba por desesperar a população a ponto dela temer a vacina, e com isso não se vacinar. Isso parece que andou ocorrendo com a vacinação contra febre amarela. É que somos muito sentimentais demais, dramáticos demais e tudo isso, combinado com o desespero que pode estar por trás de uma notícia, o tiro sai pela culatra. Uma tv local que tem um péssimo jornalismo é campeã nesse quesito.

Efraim 16 de abril de 2018, 18:03h - 18:03

..ainda bem que o Sul Fluminense tem a vc para nos alertar e nos deixar bem informados com sua inteligência invejada de canto a canto…que droga.

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