O arco-íris nem sempre é tão vibrante

Por Diário do Vale

Pelo menos para Bruno, personagem LGBT do livro Caminho Longo, que supera diversos obstáculos para encontrar seu lugar no mundo

Um caminho longo. É o que Bruno percorre para entender que a felicidade não é apenas o resultado de experiências e escolhas. O protagonista é uma espécie de alter ego do escritor, professor de inglês, tradutor e intérprete Vinícius Fernandes, na obra Caminho Longo, um dos dois lançamentos do escritor pela PenDragon. Outro título que está em pré-venda, também do mesmo autor, é Graham, que conta a intensa história de um caçador de vampiros que gosta de meninos.
Especialista em romances LGBTs, Vinicius apresenta uma história que reúne dramaticidade, reviravoltas, momentos tensos e também grandes descobertas. O protagonista soube desde pequeno que não se encaixava com o que o mundo esperava dele. Bruno é uma síntese do drama vivido por grande parte dos homossexuais: desde a dificuldade de entender quem era e de não atender às expectativas das pessoas.
Quando enfrentou uma infância e adolescência conturbadas devido ao preconceito – e demais questões envolvidas simplesmente por ser um ser humano – Bruno sempre contou com o apoio do irmão, melhor amigo e confidente: Mateus. O futuro mudou de rumo com a morte prematura de Mateus, aos 26 anos. A relação entre os dois é descrita e explorada enquanto o protagonista relembra como conheceu Luiz, o colega que despertou a necessidade de Bruno em se reconhecer como é.
O relacionamento entre Bruno e Luiz surgiu naturalmente, ainda na escola, junto com a busca por autoconhecimento. O primeiro beijo, a primeira viagem, o primeiro eu te amo. Nenhum romance é simples e leve quando se é adolescente. Muito menos quando este amor não é visto como “normal” pela sociedade. O relacionamento acabou quando os dois entraram para o universidade e se afastaram. Neste momento, Bruno volta para seu caminho e inicia mais um capítulo da vida.
Todas as dificuldades enfrentadas pelo personagem principal, após o primeiro coração partido e a morte do irmão, abriram passagens. Caminhos de dor, de angústia, de sofrimento. Entretanto, também de dúvidas, de escolhas e de novas atitudes. Pôr em prática o sonho do primeiro livro publicado foi a fuga que Bruno recorreu como uma maneira de seguir em frente. A vida tomou novos rumos, cheios de ramificações e novas possibilidades. As experiências e decisões o ensinaram que a felicidade não é o destino: na verdade, a felicidade e a vida em si é o aprendizado adquirido durante o caminho.

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