O cinema que passou em 2018

by Diário do Vale

Em 2018, o panorama cinematográfico continuou a ser dominado pelos filmes de super-heróis. E para eles foi criada uma categoria na premiação do Oscar, a de “Filme popular”, que será inaugurada no ano que vem. O filme “popular” mais cotado para ganhar o Oscar é “Pantera Negra”, um épico da Marvel sobre um herói africano que vive em uma cidade futurista escondida na floresta do chamado “continente negro”. Interpretado pelo ator Chadwick Boseman, o Pantera também teve uma participação nos “Vingadores: A Guerra Infinita” onde acabou sendo desintegrado pelo vilão Thanos. Mas ele vai voltar no ano que vem, principalmente se ganhar o Oscar.

Dos filmes digamos mais convencionais, os melhores do ano, em minha opinião, foram “O primeiro homem”, com Ryan Gosling, e o lindo “Alfa” do diretor Albert Hughes, que conta a história do primeiro cão. “O primeiro homem” nos levou de volta aos anos da corrida espacial em 1960, revivendo os dramas do astronauta Neil Armstrong, aquele que entrou para a história ao caminhar na Lua durante a missão Apollo 11 em 1969. O diretor Damien Chazelle, o mesmo do musical La la land, recriou com perfeição toda a tecnologia que levou os americanos até a Lua, do avião foguete X-15 até o imenso foguete Saturno 5.

Mas a ênfase do filme é o lado humano. Os dramas pessoais de Armstrong, que sofreu muito quando sua filha Karen, de dois anos e meio de idade, morreu vítima de um tumor cerebral. Alguns anos depois ele perdeu seus melhores amigos, os astronautas Elliot See e Edward White, que morreu no incêndio da nave Apollo 1. Foram essas tragédias pessoais que fizeram de Armstrong um sujeito calado e introspectivo.

Mas a característica mais interessante do filme de Chazele é que ele tenta contar a história do ponto de vista de Armstrong. Filmando as cenas como se o espectador estivesse no lugar do astronauta, sentado na cabine estreita da nave Gemini 8 ou andando na Lua com seu colega Edwin Aldrin. Assistir “O primeiro homem” num cinema de tela grande, filme foi projetado para o sistema Imax, faz com que a plateia se sinta um astronauta durante boa parte dos 141 minutos do filme.

Enquanto “O primeiro homem” nos levava para a Lua, “Alfa” nos conduzia ao passado. Numa viagem onírica até a Europa do final da Era do Gelo, há 20 mil anos. Filmes sobre homens pré-históricos não são novidade nenhuma, mesmo assim Albert Hughes inovou ao mostrar humanos primitivos que parecem mais civilizados do que os seus descendentes atuais. Na tribo do jovem Keda, as pessoas vivem em harmonia com a natureza, aprendem a se orientar pelas constelações, e a respeitar os animais. As mulheres são respeitadas e valorizadas, e a pessoa mais importante no grupo é a feiticeira/curandeira, que tem uma autoridade maior do que a do chefe da tribo.

Mas o filme é sobre o relacionamento do herói com um lobo, que ele domestica e que se torna seu companheiro de caçadas. Iniciando uma parceria entre duas raças de caçadores que se mantém até hoje e foi homenageada até nas constelações que enfeitam o céu de verão. Onde podemos ver a constelação de Orion, o caçador, acompanhado de seus cachorros, o Grande e o Pequeno Cão.

Um dos maiores fiascos do cinema em 2018 foi “Han Solo: Uma história de Star Wars”, que tentou narrar as origens do famoso contrabandista galáctico. O filme do Han Solo teve um desempenho tão pobre que levou a Disney a cancelar a maioria dos seus projetos envolvendo a franquia de Star Wars, como o filme sobre o caçador de recompensas, Boba Fett, que foi deletado.

Em 2018 também vimos o retorno aos filmes de terror animal, com o “Megatubarão”, do Jason Stathan, e o gorila gigante de “Rampage”, com o Dwayne Johnson. Em 2019 tem mais.

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1 comment

Anderson dos Santos Costa 11 de dezembro de 2018, 09:49h - 09:49

Histórias sobre a corrida espacial sempre dão bons filmes como “Os Eleitos”, “Estrelas Além do Tempo” e agora o “Primeiro Homem”.
O lado bom do fracasso do filme do Han Solo é que agora não teremos Star Wars todos os anos. A Disney vai acabar esgotando a franquia.

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