O mundo já não é mais o mesmo. Já foi o tempo em que Estados Unidos e União Soviética decidiam os destinos do planeta. Surgiram novas potencias, como a China, e novas economias emergentes como o Japão e os Tigres Asiáticos. O que, aparentemente tornou mais confusa a solução dos conflitos internacionais. De olho neste tema esta saindo o livro “O mundo pós ocidental – potências emergentes e a nova ordem mundial” do analista internacional Oliver Stuenkel da Fundação Getúlio Vargas.
Stuenkal nega a tese alarmista de que a perda de um poder bipolarizado estaria colocando o nosso planeta no rumo do caos, e provocando uma instabilidade crescente. Ele acha que o que vai haver é uma descentralização do poder, seja ele político, militar ou econômico. O que abre a oportunidade para uma cooperação mais democrática entre os países e para novas formas de solução dos grandes problemas internacionais.
Foi o que vimos, por exemplo, na crise recente entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte. Nas primeiras semanas a guerra parecia inevitável, com a troca de ameaças entre o presidente Trump e o líder coreano Kin Jon Um. Mas graças à intermediação da China, que não estava nem um pouco interessada na possibilidade de uma guerra nas suas fronteiras, os dois inimigos se encontraram e conseguiram um entendimento.
Essa ordem multipolarizada será boa para países emergentes, como o Brasil, que terão maiores possibilidades de conseguir o diálogo. É o que diz o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. A atual crise entre Estados Unidos e o Irã, provocada pelo cancelamento do acordo nuclear assinado pelo presidente Barack Obama, aponta para uma solução semelhante. Trump quer impedir os iranianos de exportarem seu petróleo. Os lideres iranianos ameaçam ir à guerra. Mas uma guerra no golfo Pérsico traria grandes prejuízos econômicos para os países da região, como a Arábia Saudita e os emirados árabes. Que devem procurar uma mediação para resolver o conflito. O que torna a política internacional um assunto mais complexo e interessante.
Por: Jorge Luiz Calife
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Para quem quer saber o domínio vai ser do Dragão chinês.em cada avenida da nossa região tem chineses com pastelaria e bijuterias.acorda Brasil…
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