Operação em Barra Mansa encontra pedaços de corpos em depósito de resíduos hospitalares

by Diário do Vale

 

Crânios foram encontrados durante inspeção em depósito de lixo em Barra Mansa

Crânios foram encontrados durante inspeção em depósito de lixo em Barra Mansa

 

Barra Mansa – Uma operação feita por técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com apoio da Polícia Civil, apreendeu na tarde de sexta-feira (16) pedaços de corpos que estavam em 15 tonéis, armazenados num depósito de resíduos hospitalares que fica na Vila Ursulino. A operação ocorreu após denúncias dos moradores do bairro, que reclamavam principalmente do mau cheiro que vinha do local. O depósito é da empresa OPX Ambiental, cuja licença é para armazenamento e tratamento por autoclavagem (equipamento de esterilização) de resíduos de saúde. O dono de um hospital da região, que foi entrevistado pelo DIÁRIO DO VALE, disse que  hospitais e clínicas não descartam crânios humanos.

De acordo com a ocorrência policial, o material descartado no depósito teria sido usado em universidades para pesquisa. “Mesmo que o material arrecadado seja para fins de pesquisa e que tenha documento de alguma universidade, a empresa não tem licença para armazená-lo. Agora cabe à polícia investigar e descobrir a origem deste material”, disse o secretário de Meio Ambiente, Roberto Beleza.

Os membros encontrados por peritos da Polícia Civil – pés, pernas, crânios, pulmões, mãos, braços e tecidos de pele – foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Três Poços, em Volta Redonda.

Vistorias na empresa

O secretário afirmou ainda que, entre 2017 e 2018, após denúncias de moradores, foram feitas vistorias na empresa para apurar as supostas irregularidades. Beleza explicou ainda que as investigações sobre o processo de licenciamento revelaram que a instalação da empresa no local foi irregular, “uma vez que não atende as especificações dispostas no Plano Diretor de Barra Mansa”. Por isso, a Certidão de Zoneamento, concedida em 2016, foi cancelada pela Secretaria de Municipal de Planejamento Urbano. Beleza informou também que determinou o encerramento das atividades da empresa, já que, segundo ele, a OPX não apresentou nenhum recurso à prefeitura e nem recorreu das decisões.

Início da operação

A empresa começou a operar na cidade em 2016, quando obteve o licenciamento da prefeitura no governo do prefeito Jonas Marins.

As infrações da empresa

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável começou a fazer vistorias na empresa no início do ano. A primeira foi no dia 9 de fevereiro deste ano, quando uma equipe da prefeitura apurou irregularidades na empresa. No dia 22 de fevereiro uma nova operação foi feita e a prefeitura descobriu que nenhuma providência tinha sido tomada por parte da empresa.

Na época, participaram da visita o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Roberto Beleza, a gerente de Fiscalização Ambiental, Jeniffer Melgaço, e o presidente da Câmara Municipal, Marcelo Cabeleireiro.

Por falta de correção das irregularidades, a empresa foi multada três vezes. O primeiro auto de infração foi porque a licença ambiental da empresa determinava que ela deveria receber apenas resíduos hospitalares, mas foram encontradas diversas lâmpadas fluorescentes.

O segundo auto foi dado devido à falta de medidas de controle que deveriam ter sido adotadas para que o odor dos resíduos não atingisse áreas externas. O terceiro auto foi por não atendimento a intimação para apresentar relatório de cumprimento das condicionantes.

A gerente de Fiscalização Ambiental, Jeniffer Melgaço, afirmou, na época, que a empresa deveria apresentar relatórios de cumprimentos das condicionantes. “Além dessas irregularidades, foi encontrada outra, como capacidade de armazenamento menor do que a quantidade de material recebido”, disse Jenniffer.

O DIÁRIO DO VALE tentou entrar em contato com os responsáveis pela OPX Ambiental, mas não conseguiu.

Fiscais do Inea e da Guarda Ambiental de Barra Mansa fiscalizam depósito na Vila Ursulino

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30 comments

Lourenço 18 de março de 2018, 12:01h - 12:01

Quanta falta de respeito em forma de comentários! Mesmo se tratando de corpos enviados para estudos em universidades, merecem o devido respeito, pois um dia aqueles corpos tiveram vida e toda uma história. Por favor, vamos ter o mínimo de compaixão pelo outro, certos cometários de mau gosto são desprezíveis.

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 18 de março de 2018, 15:30h - 15:30

Respeito se deve enquanto em vida, porque depois de morto é só uma matéria. É lógico que há o valor sentimental para as pessoas próximas, mas isso cada um tem que guardar para si e defender seus interesses na medida que lhe convém…

El Sábio 18 de março de 2018, 17:49h - 17:49

Ô seu jacú, pq não te calas? Pelo jeito vc não deve ter nenhuma pessoa nessa vida sofrível.

Leitor 18 de março de 2018, 11:55h - 11:55

Barra Mansa é realmente uma cidade sinistra. Esse tal de Jonas está em todas tambem hem….Fala sério.

Joao da Costa 18 de março de 2018, 10:18h - 10:18

Parabéns vereador beleza, conseguiu fechar mais uma empresa em Barra mansa. A pergunta que fica? Até quando a perseguição da prefeitura as empresas vai continuar?

Tímida de Piraí 18 de março de 2018, 22:38h - 22:38

E que porcaria de empresa é essa que faz estoque de corpos e peças humanas?. E ainda localizada num bairro residencial e pelos comentários dos moradoress deixava um cheiro insuportável. Estrambótico… só mesmo Barra Mansa para aceitar um trem desse..Eu achando q ja tinha visto tudo nessa vida.

agafjgjjkWantuil fortes Silvério 18 de março de 2018, 10:12h - 10:12

Gente: Barra mansa acontece de tudo. Até para descarte de ossada humana….

ZE PILANTRA DO AGRESTE 18 de março de 2018, 08:59h - 08:59

será que tem algum parente meu ai nas fotos vou processar quem desenterrou

Jair 18 de março de 2018, 08:53h - 08:53

Embaixo da Ponte dos arcos tem cadáver usando crack.

Ze do Mato 18 de março de 2018, 08:04h - 08:04

Walking Dead foi filmado em Barra Mansa. Tem um zumbi que esta olhando pra cima.

Pereira Luiz 18 de março de 2018, 04:22h - 04:22

Esses pedaços de corpos não são de Barra mansa pois não tem nenhuma ossada de suíno ali ! Só tem ossada humana ! Tem que pesquisar nas cidades vizinhas , fiquem tranquilos barramansuinos , essa galera aí não era morador de sua cidade ok .

Carlos Augusto 18 de março de 2018, 09:40h - 09:40

Devem ser de pessoas de Volta Redonda, pois reparei no crânio marcas de chifres, então não tem erro, são de VR mesmo.

Tudão 18 de março de 2018, 11:50h - 11:50

Nem de Volta Redonda, pois não tem Chifre. Fique tranquilo também Corno!

Joao 18 de março de 2018, 13:35h - 13:35

Seu filho de mae sem pai conhecido…
Te conheco e vou te processar por sua postagem pelo preconceito e imbecilidade que voce postou!!!
Espere e aguarde.

M Duarte 18 de março de 2018, 15:28h - 15:28

Comentários iguais a este tem que ser excluídos do Diario do Vale, pois só reforça
cada vez mais uma rivalidade boba.
Esse senhor deve ter algum problema mental.

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 18 de março de 2018, 15:33h - 15:33

O retardado ali falando que vai processar porque não gostou de ser chamado de barramansuíno. O cara renega até a própria essência… Aceite-se como é que dói menos, bacorinho!…

Gomes 18 de março de 2018, 01:11h - 01:11

Poxa, o seu conhecimento é impressionante. Devido ao seu grau de sabedoria poderia estar escrevendo p a Superinteressante ou, quiçá, p a Science Magazine

Itamar Batista de Souza 18 de março de 2018, 01:07h - 01:07

Sou leitor do Diário do Vale ,porém acho que esta matéria sobre os restos de corpos achados nesta empresa de Barra Mansa foi puro prazer de divulgar uma coisa que para os leigos em estudo de Anatomia Humana,só serve para colocar dúvidas nas cabeças destas pessoas.Se um corpo humano é levado para o Anatômico de uma Universidade para estudo de anatomia,depois de cortado,estudado por diversos alunos vai ser descartado,só que o erro foi ficar armazenado num local indevido.Agora nada de DNA,nem investigação para saber de quem eram os restos de corpo humano.Temos que respeitar estas peças que vieram de pessoas que depois de mortas prestaram um grande serviço a classe universitária que sem esse material não teria como estudar anatomia.

Povo Doido 17 de março de 2018, 23:35h - 23:35

Isso é coisa de alienígena, pode ter certeza.

Marcelo 17 de março de 2018, 23:00h - 23:00

São peças anatômicas de laboratórios de faculdade, corpos doados pela família ou indigentes na sua maioria… O descarte, quando não se prestam mais a finalidade de estudos, é este mesmo, via uma empresa de resíduos hospitalares que vai providenciar a incineração dos mesmos. Talvez a única coisa errada de tudo que está relatado na reportagem sejam questões burocráticas sobre armazenagem e licenças específicas para lidar com o material.

Agora, ler as ‘groselhas’ que este pessoal comenta aqui é dose pra leão. Se não sabe do que se trata, fica quieto e não fala bobagens…

Letrardado 18 de março de 2018, 08:01h - 08:01

Os comentários aqui, são a dose de humor que preciso.

Gomes 17 de março de 2018, 22:27h - 22:27

Meu tio me disse q os quatro, da primeira foto, já jogaram bola c ele, ele só ficou surpreso deles estarem tão magros…….

Tudão 17 de março de 2018, 20:03h - 20:03

Tem um maluco inteiro ali, parece o Sr Burns dos Simpsons! Tá que o pariu….

Verdade sufocada 17 de março de 2018, 19:39h - 19:39

Brasil pode tudo….. O último a sair apague a luz

Jonas 17 de março de 2018, 19:27h - 19:27

Tinha que ser em Barra Mansa, para depreciarem minha cidade, que já virou motivo de chacota a anos !

Maria José Silva Andrade 17 de março de 2018, 18:39h - 18:39

O que está faltando para meter a algema nos donos dessa arapuca? Não é a primeira denúncia contra essa gente e nada de efetivo foi feito.

Morador 17 de março de 2018, 18:34h - 18:34

DNA agora pra saber de quem é

gogo 18 de março de 2018, 00:59h - 00:59

O da foto 3×4, é o meu ” querido ” sogro, conheci devido a sua calvície

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 17 de março de 2018, 17:05h - 17:05

Operação Macabra…

Paulo Roberto 17 de março de 2018, 15:25h - 15:25

Destino de defunto, inteiro ou pedaços, é crematório ou cemitério. Neste último por um período determinado na chamada cova rasa, se nenhum parente aparecer para transferir o falecido para um túmulo definitivo. Não é “lixo hospitalar”. Ou a lei mudou?

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