Volta Redonda e Quatis– O candidato à reeleição em Quatis, Bruno de Souza (PMDB) esteve na redação do DIÁRIO DO VALE neste sábado, dia 3, para participar do “Pergunte ao Candidato”. Ele respondeu perguntas de internautas de diversos bairros e falou sobre educação, saúde, segurança, cultura, geração de empregos e qualificação profissional. A entrevistada deste domingo (4) será a candidata de Resende, Ana Lúcia (PT). #DVEleições2016
Internauta – A RJ-159, que liga Barra Mansa a Quatis, continua com sérios problemas como mato alto, sem acostamento e muitos buracos. Mesmo sendo uma estrada de responsabilidade estadual, como a prefeitura poderia ajudar a sanar o transtorno?
Bruno de Souza – A RJ-159 é de responsabilidade do estado e o estado, assim como o país, vem passando por várias crises econômicas. Muitas coisas o município de Quatis já está fazendo. Três a quatro meses atrás nós fizemos a roçada de Floriano até Porto Real, depois fizemos até próximo de Falcão. Fizemos uma operação tapa-buracos. Estamos fazendo uma parceria nesse momento na medida do possível, para dar mais segurança aos motoristas que ali passam. E vamos continuar fazendo isso até que o estado “melhore das pernas” e possa investir de novo no município. O estado ajudou bastante o município de Quatis até hoje. O governador Pezão, o governador interino (Francisco) Dornelles também tem nos ajudado, mas com a crise sabemos que fica mais difícil. Tínhamos algumas empresas terceirizadas e elas, por falta de pagamento, acabaram não fazendo mais esse serviço. Então, sobrou para todos os municípios fazer isso aí. Muitas responsabilidades ficaram para os municípios como Quatis, Porto Real, Resende. Na verdade estamos tentando ajudar da maneira que é possível para diminuir a quantidade de mato e de buracos. Estamos tentando dar uma melhor qualidade de vida para os motoristas que ali passam, para as pessoas que ali transitam. O que der para investir vamos investir e o pouco que dá para fazer vamos continuar fazendo.
Internauta – Mesmo com a crise econômica o senhor conseguiu manter os salários dos servidores em dia, pretende continuar cortando despesas caso seja reeleito?
Bruno de Souza – Sim, claro. Desde que entramos no governo em 2013, no primeiro ano de gestão por eu ser economista, ter facilidade com números e entender bastante de administração tanto privada quanto pública, faço o que posso. Todo economista trabalha, mas não prevê o futuro. Mas eu já vinha prevendo que poderíamos passar por uma grave crise econômica, que poderíamos ter períodos difíceis, como o que estamos tendo. Então, de 2013 até um determinado momento, por nós pegarmos uma dívida muito grande e eu ter que colocar a casa toda em dia, tentei acertar toda situação. Tínhamos diversas dívidas, então fomos ajustando, cortando alguns gastos, cortamos alguns contratos. Hoje no município de Quatis costumo dizer que os servidores podem dormir tranquilos. Até o dia 6 vamos fazer o pagamento desse mês. E vamos continuar ajustando, cortando mais coisas caso seja necessário. Não desempregamos pessoas. Os cargos comissionados em Quatis são 170 e temos mais de mil servidores, sendo que a maioria são efetivos, a maioria são pessoas que chegaram lá pelo direito, passaram em concursos. Já estamos chamando as pessoas do concurso público de 2015, pessoas da Guarda Municipal, Saúde, Educação. E fazendo com que diminua nossa folha de pagamento. O contrato é muito mais caro. O servidor efetivo é muito mais barato para o município, às vezes o que temos que fazer é apenas colocar uma hora extra. Então, pretendo sim, independente da crise, tomar todas as precauções possíveis. O meu governo é um governo de responsabilidade, vai ser um governo de pensar nos munícipes quatienses, sem esbanjar, serei controlado para investir nas prioridades, saúde, educação, segurança.
Internauta – Quais são as proposta para a educação?
Bruno de Souza – A educação é uma prioridade do nosso governo, a gente entende que a educação é a base de tudo, sem educação a gente não pode dar qualidade e melhoria de vida para os nossos munícipes. A gente entende que as nossas crianças, os nossos jovens precisam muito da educação. Eu como já invisto bastante na educação, primeiro ano nosso de governo eu investi mais de 30%, no segundo ano chegamos a 32%, agora no último ano já foram 36% na educação. Estou investimento na infraestrutura primeiro, porque não tem como dar uma educação de qualidade, se os professores, diretores e alunos não têm uma infraestrutura adequada. Quando eu peguei o município, com 11 escolas, as 11 estavam destruídas, dava dó de ver as carteiras dos alunos. O Ciep Maria Helena, o Julieta, Quilombola, a escola do quilômetro de Santana, era de pau a pique ainda, mais de 40 crianças estudando ao longo desses últimos anos, sem conforto, sem segurança, sem nada. Então, nesse momento, nessa primeira gestão, investi na infraestrutura. Já fiz algumas reformas, vou começar a reformar o Julieta, final do ano entrego mais uma escola reformada. E vamos investir na qualificação dos nossos profissionais, que precisam ter jornada pedagógica, por exemplo, cursos. Coloquei o piso deles em dia. No primeiro ano de gestão equiparei o piso dos professores. Agora, com a nova lei do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), a gente precisa adequar os novos profissionais, os novos professores. Vou adequar esse ano ainda se Deus Quiser, pós-eleição. E vamos continuar investindo cada vez mais. Hoje todas as escolas, inclusive as dos distritos, todas elas têm carteiras novas, adequadas, apropriadas, Ciep Maria Helena, Julieta têm banheiros adequados para as crianças. Estamos investindo também na educação infantil, temos mais de 300 crianças hoje, desde a creche. Esse ano temos mais de 200 crianças no infantil, vamos investir cada vez mais na qualificação para melhorar a educação do município.
Internauta – O senhor pretende em seu governo fazer alguma alteração para melhorar o transporte da cidade?
Bruno de Souza – Falando em ônibus, nosso município é uma linha intermunicipal, é obrigação do estado, do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro), que faz essas novas linhas. Como prefeito eu ainda não tenho este tipo de autoridade para fazer algumas mudanças. O que eu proponho é estar junto do estado, com o governador do nosso lado, que é nosso parceiro, estar buscando uma alternativa junto ao Detro, junto ao estado, para que a gente possa melhorar as condições das empresas que transportam nossos munícipes. Então, eu me comprometo aqui de estar indo ao estado. O que eu puder eu vou fazer, mas ali é intermunicipal, quem determina tarifas, até a licitação é feita no estado e não no nosso município. A gente pretende sim buscar algumas soluções junto ao estado.
Internauta – Como o senhor pretende melhorar a cultura da cidade?
Bruno de Souza – Já temos bastante investimento na área cultural do nosso município. Muitas pessoas não sabem por que o nome Quatis. Como sou nascido no município de Quatis, sou cria de lá, então, sei que o nome Quatis veio do animal quati. Em 2013 já tivemos o pensamento de trazer essa parte cultural, para que as pessoas conheçam, para transformar também o turismo. Nós implantamos o animal na entrada da cidade, na praça da cidade. Estamos investindo em outras áreas, temos o condomínio cultural, estamos também com uma ONG, que vai atender o quilombola, outras regiões como São Joaquim, Falcão. Para a gente investir mais na cultura. Temos uma parte também muito importante ligada a cultura da nossa cidade, que é o grupo Ritmo Dança Quatis, que começamos com 23 crianças e hoje são 350 crianças, jovens e adultos, que toda quinta-feira e sábado ensaiam, dançam para que eles possam, no futuro, ensinarem a cultura do nosso município, de onde viemos e para onde vamos. Queremos investir bastante na cultura do município. A cultura é algo mais lento, as pessoas não sentem logo em um primeiro momento. Uma obra, por exemplo, logo aparece, já a cultura é algo construído passo a passo e é isso que estou tentando fazer. Formando crianças, apresentando a cultura para elas. Esperamos que os próximos governantes que passarem por Quatis também se importem com essa parte cultural. Temos muita coisa na cultura do nosso município, como a cultura quilombola.
Internauta – Como o senhor avalia hoje a saúde do município? O que pretende melhorar?
Bruno de Souza – No nosso país muitas pessoas costumam falar que a saúde está doente. A gente observa em outros municípios, em outros estados, uma situação deprimente com macas nos corredores, hospitais faltando médicos, medicamentos, faltando os profissionais devidos. Então, quando nós entramos na prefeitura em 2013, tive que acertar uma dívida do governo anterior com o Samer e outras clínicas para que a gente pudesse dar continuidade. Quatis é mais emergencial. As pessoas são direcionadas para outros hospitais de grande porte. Quando entramos tivemos que fazer este acerto. 2013 foi um ano muito difícil porque a todo o momento chegava pessoas no meu gabinete pedindo ajuda para marcar exames, para fazer cirurgias, pedindo ajuda para conseguir medicamentos de alta complexidade. A maioria das pessoas que entravam no gabinete era para isso, para que eu pudesse ajudá-las. Os prefeitos da região me ajudaram muito. O prefeito de Resende, de Barra Mansa, de Volta Redonda e o prefeito de Nova Iguaçu. Nós fomos construindo passo a passo. Tinha uma ambulância, tivemos que reformar algumas ambulâncias. Embora o hospital seja particular, nós temos um convênio, o município entra com as ambulâncias e os profissionais para este hospital, aí a gente repassa o dinheiro para fazer a gestão, mas, diga-se de passagem, hoje quatro anos depois, a saúde é uma das melhores da região, do estado do Rio de Janeiro. Hoje você chega é bem atendido, tem medicamentos, a gente precisa da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e CTI (Centro de Terapia Intensiva), que é um calcanhar de Aquiles. CTI e UTI são obrigação do Estado, são quartos regulados, dificilmente a gente consegue. Enquanto não inaugura o Hospital Regional, a gente depende de outros municípios. Como Quatis é só emergencial, depende de Resende, de Volta Redonda, de outros municípios terem estes quartos e muita das vezes a gente não consegue, porque estamos perto da Dutra, muitos acidentes irão para o Hospital Regional. A gente pretende fazer investimento e o município está melhor do que antes.
Internauta – Como pretende investir na segurança do município? O senhor considera Quatis uma cidade segura?
Bruno de Souza – Segurança também é obrigação do Estado e dever de todos nós. A gente observa hoje que todos os municípios estão passando por dificuldades. Antes de Quatis ser emancipada existia no município mais de seis policiais, naquela ocasião Quatis tinha seis mil habitantes. Hoje temos mais de 14 mil habitantes e nós temos quatro policiais para atender Porto Real e Quatis. Todo investimento que o município está fazendo hoje é treinando a Guarda Municipal com um grupo efetivo de 28 mais 40 que entrarão agora para que eles possam ajudar nessa segurança escolar, com rondas nas escolas, bairros e em outros locais necessários para que façam uma ponte junto a Polícia Militar. Para que dessa forma melhore a segurança do nosso município. A gente observa que hoje, a droga, na maioria dos municípios, é um problema que não se acaba de uma hora para outra, por isso estamos tentando investir muito em educação que com isso transforma as crianças, a vida delas. Quando a gente educa bastante, traz para junto das famílias, com a ajuda dos professores, sem dúvida a gente pode transformar um futuro melhor. Dados da própria Polícia Militar, dizem que o município não é tão inseguro, existe assalto como em todos os lugares, teve casos de homicídio, mas a proporção com outros municípios é menor. Não tem como a polícia estar em todo lugar com os furtos e roubos que estão acontecendo, não tem como a nossa guarda está ao mesmo tempo. A gente precisa que as pessoas que forem abordadas que não se omitam, pois com isso a polícia fica incapacitada de fazer, pois as pessoas não registram queixa. Mas o município vai investir sim, com a Guarda Municipal, com rádios transmissores. A gente está conseguindo antena para fazer uma ponte com a Polícia Militar.
Internauta – Tem algum projeto em seu governo para investir na geração de empregos? E na qualificação de profissionais?
Bruno de Souza – O município de Quatis por ser pequeno e ter menor arrecadação ainda depende muito dos repasses do Estado e também do Governo Federal. Os royalties do petróleo diminuíram em média mais de 30%, o fundo de participação dos municípios diminuiu bastante, mas temos que investir sim com alternativas. Neste momento nós nos preocupamos com a legalização de algumas áreas para atrair empresas. Estamos tentando com os deputados estaduais para que a gente possa ter uma parte da porcentagem dos ICMS, oferecer melhores condições para que as empresas possam chegar lá. Estamos qualificando algumas pessoas, alguns jovens, vamos investir na atração de empresas, estamos a um passo de legalizar uma área irregular desde 2007 para oferecer as empresas. Existe uma empresa metalomecânica confirmada, mas ainda está buscando recurso no BNDES, caso consiga irá gerar em média 50 empregos diretos no ano que vem. No momento deste, de crise, nós vemos que todas as empresas estão buscando, passando por um processo de impeachment, e agora os investidores passam a acreditar mais, que o Presidente Temer possa buscar melhorias para o país. O governador Pezão e Dornelles anunciaram que vão trazer algumas empresas para a região.
Internauta – Tem algum projeto para valorizar o funcionalismo público?
Bruno de Souza – Temos. Inclusive no início do governo eu já comecei a valorizar por partes na área da educação, a Guarda Municipal era desvalorizada, eles não tinham nem local certo para ficar. Quando entrei colocamos os guardas em uma antiga DPO (Destacamento de Policiamento Ostensivo), nós reformamos e entregamos para a Guarda Municipal. Eles têm alimentação, antigamente trabalhavam sem isso, demos também uniformes novos. Essa mesma Guarda Municipal que tinha 30% do risco de vida lutando há mais de cinco, seis anos esperando isso acontecer. No segundo ano de governo, praticamente já consegui reduzir 60% do risco de vida, melhorou a autoestima deles. A maioria dos guardas é patrimonial, mas muita das vezes eles executavam serviços de guardas civis municipais. Enviamos um projeto para Câmara Municipal para que eles pudessem ser reconhecidos, distinguindo a guarda patrimonial e fazendo com que eles adequando, estudando, eles possam ter esta função e ser reconhecido também como Guarda Civil Municipal. Vamos passar de 28 para 60 guardas civis, estamos valorizando por partes. Demos um aumento em 2014 de 9%, depois 6%, mas o terceiro aumento não consegui por crise, mas a gente pretende sim continuar investindo e valorizando cada vez mais.
Internauta- O senhor pretende aumentar o número de creches na cidade para atender melhor a população?
Bruno de Souza – Sim, as creches são muito importantes para aquelas mães que necessitam, elas trabalham e precisam deixar suas crianças, embora o município não tenha grande demanda de creches. Como disse, a educação infantil está melhor do que há quatro anos, principalmente no bairro Nossa Senhora do Rosário, no Ciep hoje temos um espaço para as crianças. Vamos entregar agora no final do ano outra creche, a obra está demorando um pouco para ser entregue porque muitas das vezes temos que adequar o local com acessibilidade e comprar os móveis. Eu pretendo, caso seja reeleito, fazer uma creche no bairro Nossa Senhora do Rosário para 50 crianças e buscar junto ao governo do Estado e Federal ajuda.
2 comments
O Pior prefeito da história de Quatis
Cadê o dinheiro do PMAQ(destinado aos funcionários públicos?)
Pq pagam o aluguel de uma casa que até o momento encontra-se fechada,falando que vai ser um anexo à creche!
Absurdo! Se o poco reeleger esse pseudo prefeito,é pelo fato de ser muito burro!
Funcionários públicos da saúde!
E outra..ficou em atraso sim o pagamento dos funcionários do município!
Näo possui liderança alguma !
Secretária de saúde,vira e fala:estou de férias,retorno na próxima semana e também nem vai acontecer nada mesmo,agora é só política! Aff vergonha…
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