PF não vê irregularidades em campanhas do PT feitas por Santana

by Diário do Vale
Próximos: Dilma e João Santana conversam durante as eleições (Foto: Arquivo)

Próximos: Dilma e João Santana conversam durante as eleições (Foto: Arquivo)

Brasília – A Polícia Federal (PF) concluiu que não foram encontradas irregularidades nos pagamentos do PT pelos serviços prestados pelo publicitário João Santana nas campanhas eleitorais da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O relatório foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro ao deferir o pedido de prisão de Santana e de sua mulher, Mônica Moura.

De acordo com a PF, as suspeitas em relação ao publicitário e Mônica Moura são referentes a cerca de US$ 7,5 milhões que teriam sido recebidos pelos dois no exterior, por meio de uma empresa offshore que seria controlada pela empreiteira Odebrecht.

– Os valores referentes aos pagamentos pelo préstimo de serviços de João Santana e Mônica Moura para as campanhas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006), Fernando Haddad (2012) e da atual presidente da República Dilma Rousseff (2010 e 2014) totalizam R$ 171.552.185,00. Não há, e isto deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos (das campanhas) estejam revestidos de ilegalidades – concluíram os delegados.

No despacho no qual autorizou a prisão dos investigados na 23ª fase da Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro citou os valores do relatório da Polícia Federal e disse que, “ao que tudo indica”, os recursos foram declarados.

A empresa Odebrecht, alvo de investigação da Operação Lava Jato, confirmou, por meio de nota, que agentes da Polícia Federal realizaram ações nos escritórios da companhia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, visando ao cumprimento de mandados de busca e apreensão. Informou ainda que “está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”.

PT critica ação

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o pedido de prisão temporária do publicitário João Santana não tem relação com o partido. Santana foi coordenador das campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

Santana e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram as prisões temporárias decretadas na nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (22). A nova etapa investiga a relação de João Santana com a empresa Odebrecht, que também é alvo das investigações e que teria feito repasses financeiros ao publicitário no exterior.

Santana e Mônica estavam na República Dominicana e, por isso, ainda não haviam sido detidos. Em entrevista na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, o delegado Filipe Pace disse que a suspeita é que os pagamentos “vieram de serviços eleitorais prestados ao PT”. Rui Falcão voltou a afirmar que todas as doações recebidas pela sigla foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.

“(A operação) não diz nada em relação ao PT”, respondeu Falcão ao ser perguntado sobre o pedido de prisão expedido contra João Santana.

“Não posso falar pelo João Santana. Digo que todas as nossas doações de campanha são feitas legalmente, através de transações bancárias e a Justiça Eleitoral recebeu todas as nossas doações, que foram muito semelhantes em valores de doadores às campanhas do PSDB”, acrescentou o presidente do PT, após apresenta à imprensa o programa partidário que será veiculado amanhã (23) em cadeia nacional de TV.

O presidente do PT disse ainda que o partido não tem marqueteiro e que apenas “contrata as pessoas para fazer os programas”. Sobre as acusações a João Santana, Falcão disse que “quem acusa tem que provar”.

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1 comment

Cantinflas 27 de fevereiro de 2016, 18:23h - 18:23

Mentira ! Jornaleco tendencioso ! Não saiu nada disso nos grandes jornais. Pelo contrário houve renovação da prisão temporária do safado marqueteiro do PT. A toa ? Claro que não. Atolado ate os dentes com os desvios de recursos da Petrobras para a campanha de Dilma.

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