PIB de Volta Redonda fica no 79º lugar entre mais de 5 mil municípios do Brasil

by Diário do Vale

Sul Fluminense – De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a 2013, Volta Redonda teve um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 10,5 bilhões em 2014, o 79º maior entre os 5.570 municípios brasileiros, sendo a única cidade da região a entrar nessa lista. Esse grupo de 100 municípios de que Volta Redonda faz parte concentra 56,65% de toda a riqueza produzida no Brasil. Os outros 5.470 municípios dividem 43,35% do PIB.

Quando se considera isoladamente a contribuição do setor industrial para o PIB, Volta Redonda, com PIB industrial de R$ 3,54 bilhões, passa para a 56ª posição e Resende, com R$ 3,3 bilhões passa a integrar a lista dos “100 mais”, no 63º lugar.

A indústria era a atividade econômica mais concentrada do Brasil em 2014. Naquele ano, 15 municípios concentravam aproximadamente 25% do valor agregado do setor e com 76 municípios chegava-se à metade do valor agregado da atividade. Portanto, Volta Redonda e Resende estavam no grupo de municípios responsável pela metade da produção industrial do país.

A desigualdade na distribuição da indústria é reforçada pela informação de que, no mesmo ano, 3.012 municípios respondiam por 1,0% da riqueza gerada pela indústria.

São Paulo (SP) manteve-se como o principal polo industrial do país, com participação de 5,6% no valor agregado nacional em 2014. A segunda posição foi ocupada pelo Rio de Janeiro (RJ), com 3,4%, seguido por Campos dos Goytacazes (RJ), com 3,2%. Manaus (AM), onde está localizado o parque industrial do estado, gerou 1,8% do valor adicionado bruto nacional. Desde 2010, esses municípios se mantêm como os quatro maiores industriais, com alternância nas posições de Campos dos Goytacazes e Rio de Janeiro. Para o efeito do cálculo do PIB, a produção de petróleo é considerada atividade industrial, o que explica a posição de Campos nessa tabela.

O cálculo do PIB dos municípios é feito pelo valor adicionado (VA), que é a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades.

Geral: Volta Redonda fica em 11º lugar entre os maiores PIBs do Estado do Rio

Geral: Volta Redonda fica em 11º lugar entre os maiores PIBs do Estado do Rio

 

Industrial: Volta Redonda e Resende estão entre os maiores PIBs industriais do Estado do Rio

Industrial: Volta Redonda e Resende estão entre os maiores PIBs industriais do Estado do Rio

 

Três municípios respondem por 25% do setor de serviços no Brasil

Em 2014, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) agregavam 25,0% do valor agregado dos serviços (excluindo-se a administração pública) no Brasil, respondendo por 15,1%, 5,8% e 3,1%, respectivamente. Com 35 municípios, chegava-se à metade do valor agregado dos serviços, sendo que 18 deles eram capitais. No mesmo ano, 2.110 municípios respondiam por 1,0% do valor agregado dos serviços. A geração do valor agregado dos serviços nas capitais totalizava 39,5% em 2014.

O valor adicionado bruto da administração, saúde e educação públicas e seguridade social era mais concentrado do que o da agropecuária, mas menos agregado quando comparado ao da indústria e ao do total dos serviços. Dos 5.570 municípios, 2.298 (41,3%) tinham mais do que 1/3 da sua economia dependente dessa atividade.

Força: Sozinha, cidade de São Paulo responde por 15% dos serviços no Brasil (Foto: Fotos Públicas)

Força: Sozinha, cidade de São Paulo responde por 15% dos serviços no Brasil (Foto: Fotos Públicas)

 

Economia do Norte e Nordeste depende do setor governamental

Os municípios com grande dependência da máquina administrativa estavam localizados principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Os municípios que apresentaram alta participação dessa atividade em relação ao PIB, em 2014, foram Uiramutã (RR), com 84,5%; São Bento do Trairi (RN), com 75,0%; e Areia de Baraúnas (PB), com 74,6%. A atividade registrou peso superior a 50% em quase todos os municípios de Roraima, com exceção de Rorainópolis (49,9%) e da capital, Boa Vista (36,1%).

Considerando-se as capitais, o peso da atividade foi inferior ao nacional em 15 delas. As capitais com os menores pesos foram São Paulo (SP), com 6,0%; Vitória (ES), com 7,1%; e Curitiba (PR), com 9,4%.

Geração de renda permanece concentrada

Em 2014, a renda gerada pelos sete maiores municípios em relação ao PIB correspondeu a aproximadamente 25,0% de toda a geração de renda do país. Esses municípios representavam 14,3% da população. Agregando a renda de 62 municípios, chegava-se, aproximadamente, a metade do PIB nacional e 32,8% da população. Por outro lado, 1.379 municípios respondiam por cerca de 1,0% do PIB e concentraram 3,3% da população. Nesta faixa, estavam 73,2% dos municípios do Piauí, 59,6% dos municípios da Paraíba, 51,8% dos municípios do Tocantins e 50,9% dos municípios do Rio Grande do Norte.

Em relação a 2010, houve uma leve desconcentração, uma vez que, naquele ano 52 municípios respondiam por metade da renda gerada no Brasil. Na ponta oposta, 1.424 municípios respondiam por 1% do PIB.

Excluindo-se os municípios das capitais, nove geraram, individualmente, mais de 0,5% do PIB em 2014, agregando 7,3% da renda do país. Com exceção de Campos dos Goytacazes (RJ), que gerava 1,0%, todos os demais eram paulistas e com grande integração entre a indústria e os serviços: Osasco e Campinas (gerando 1,0% cada), Guarulhos (0,9%), São Bernardo do Campo e Barueri (0,8% cada), Jundiaí e Sorocaba (0,6% cada) e São José dos Campos (0,5%).

Em relação ao ano anterior, a localidade que mais avançou foi Brasília, 0,12 ponto percentual (p.p.), ganho relacionado à atividade serviços. O Rio de Janeiro (RJ) perdeu 0,14 p.p., em função do comércio. O recuo de 0,13 p.p. em Curitiba (PR) é justificado pelo decréscimo na maioria das atividades do setor de serviços.

Em 2014, a média dos 557 municípios com maior PIB gerou 97,3 vezes mais renda que a média dos 3.342 dos municípios com menor renda.

Influência: Campos dos Goytacazes gera 1% do PIB nacional graças ao petróleo (Foto: Fotos Públicas)

Influência: Campos dos Goytacazes gera 1% do PIB nacional graças ao petróleo (Foto: Fotos Públicas)

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21 comments

Sul Flu 19 de dezembro de 2016, 21:56h - 21:56

Até o quesito Industiral VR ainda se mantem.. impressionante a força da cidade do aço

Anderson 18 de dezembro de 2016, 18:33h - 18:33

Votamos mal também, mas não ficamos na aba dos outros estados

Osmar Madeira 20 de dezembro de 2016, 16:45h - 16:45

Estou pra ver bicho mais patético que pobre preconceituoso. Ademais, bairrismo é coisa de gente pouco estudada e pouco viajada.

VAI VENDO 21 de dezembro de 2016, 11:17h - 11:17

O emprego tem de estar perto do cidadão. Essa é uma regra do Reino Unido há décadas.

Caso não esteja perto é devido a má política de desenvolvimento da cidade do cidadão.

Como criar empregos/desenvolvimento sem educação de qualidade? Como investir uma empresa numa cidade onde só tem analfabetos?

Quando o emprego está na porta do cidadão, ele deixa de utilizar meios de transporte e todos os problemas envolvidos. Ele economiza e cria mais riqueza.

pagador de impostos 18 de dezembro de 2016, 10:15h - 10:15

Prefeitura, CSN e governo do estado tem que atuar juntos para manter a competitividade da empresa. Modernização de equipamentos e outras necessidades. Sem esquecer as outras áreas da atividade econômica que não podem ser esquecidas. Outros dirão, isso não é fácil. Claro que não é. Mas é necessário se pensar juntos em soluções que viabilizem a empresa e estimulem a economia. A CSN ainda é o motor econômico da cidade e da região. Parar com as picuinhas e brigas que não levam a lugar nenhum, só ao precipício econômico e financeiro. E social. Não nos esqueçamos disso.

José silva 18 de dezembro de 2016, 08:30h - 08:30

Se alguém encontrar Barra mansa na lista, por favor me mostre

realidade 19 de dezembro de 2016, 08:35h - 08:35

Sim vou te ajudar BM 166 no ranking. Mais não se esqueça VR com população de 280 mil habitantes arrecadou 10 392 000 e Resende com 120 mil habitantes arrecadou 8 984 000, portanto salve Resende com n° muito mais expressivo e com grande perspectiva de crescimento. Agora a cidade onde moro São José dos Campos 20 no Ranking com arrecadação de 30 927 000 isto sim é feito.

Ferreira 19 de dezembro de 2016, 20:21h - 20:21

Resposta imbecil para uma afirmação pergunta digna de um bairrista próximo da imbecilidade
Está explicado o atual momento do pais

Anderson 18 de dezembro de 2016, 08:30h - 08:30

O nordeste acaba com a nação! São sustentados pelos estados desenvolvidos e ainda votam mal a beça. Sarney, ACMs, Collor, Renan, muita gente ruim!

Baba K. 18 de dezembro de 2016, 13:06h - 13:06

Concordo contigo, pura verdade!

Coçeira 18 de dezembro de 2016, 13:56h - 13:56

É Anderson o sudeste vota muito bem elegendo Cunha, Cabral, Lindenberg, Alckmin, Aécio, Garotinho e muita “gente boa” !

Tim 20 de dezembro de 2016, 22:34h - 22:34

Chupa essa manga Anderson )

VAI VENDO 21 de dezembro de 2016, 13:10h - 13:10

kkkkkkk

Falar olhando para o próprio umbigo da nisso. kkkkk

Breaking News 18 de dezembro de 2016, 08:27h - 08:27

Papo reto, sem blá blá blá! Os números são frios.

Tim 20 de dezembro de 2016, 22:37h - 22:37

Pütz, pensei que qdo terminasse as eleições o papo reto ia terminar também. Me enganei.

VAI VENDO 21 de dezembro de 2016, 13:17h - 13:17

Ué, então vc vota e depois esquece de cobrar ou de meter o malho no seu candidato quando ele desvia dos compromissos assumidos com os eleitores?

Sinto dizer: vc é um analfabeto político, um idiota.

Idiota é aquele que, além de pensar que depois das eleições o papo se acabe, não se preocupa com as coisas coletivas, com a sociedade, ao contrário do político. Não sou eu que afirmo, mas os gregos que criaram e definiram as palavras: idiota e politica.

Tarifa Zero 18 de dezembro de 2016, 08:22h - 08:22

Ou Volta Redonda muda o modelo e agrega outros tipos de atividades ou em pouco mais de 10 anos, vai virar cidade dormitório. Do jeito que foi “levada” nos últimos 25 anos, acrescentada a crise que se abateu no país com esse mulambo politico na presidência e seus mega-ladrões, a cidade do aço, vai enferrujar e sucata se tornará. Basta ver a CSN por fora, que vamos ver a cidade por dentro. Economia frágil, setor de serviços destruídos, comércio sem perspectivas e nossa catapulta econômica sucateada. Ou muda ou morre!

Al Fatah 18 de dezembro de 2016, 01:05h - 01:05

O PIB mascara muita coisa. Olho cidades como Campos, Rio das Ostras, Petrópolis e Maricá, por exemplo, e não vejo atividade que justifique PIB tão alto, nem mesmo um duto de petróleo… Imagino que daqui a dois anos, quando teremos os índices de 2015, muitas dessas cidades terão números bastante reduzidos em função da crise…

Sergio Guiherme 17 de dezembro de 2016, 21:50h - 21:50

É um falso positivo, como se chama. Os dados são medidos em períodos de tempos diferentes em todo o Brasil.

Hoje ,a posição 79 é tomada pela cidade Gaúcha de Bento Gonçalves, que tem o mesmo índice de Volta Redonda.

O que temos que ver é que a cidade depende quase exclusivamente do ICMS da CSN, do IPTU da CSN e óbvio do ISS gerado pelas centenas de empresas locais.

Mas, ISS é um outro fator chamado de falso positivo, pois reflete a tributação no local da prestação, e não seus custos envolvidos. Então, se trouxermos o ISS como manda as normas SOX veremos que devemos expurgar cerca de 72% da receita de ISS local.

Enfim, a conta é dificil de ser fechada, e só vai melhorar se o Governo mudar radicalmente os custos para as empresas, reduzindo tributos, perdoando dividas tributárias e parcelando dividas trabalhistas

Al Fatah 18 de dezembro de 2016, 01:23h - 01:23

O PIB de Bento Gonçalves é menor que o de Barra Mansa… Fato é que VR vem desde algumas décadas crescendo muito menos que outras cidades de seu porte e principalmente bem menos que outras menores, e isso se reflete no PIB, que decai ano após ano no ranking. O aço é uma commoditie de valor relativamente baixo, diferente de bens de consumo como automóveis e eletrônicos, que possuem alto valor agregado, tanto que o maior peso em nosso PIB vem do setor de serviços…

VAI VENDO 21 de dezembro de 2016, 13:25h - 13:25

A nota de nossos alunos nas provas nacionais não passam de 5. Imagine eles tendo nota 8, 9?

Todas as empresas quereriam se instalar aqui. mas…

Falta quem CONHEÇA a Administração Pública e ENTENDA de Gestão Pública.

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