Podcast da Secretaria de Estado de Saúde  alerta uso excessivo de telas por crianças nas férias 

Pediatra explica que excesso de telas pode atrasar aprendizagem e causar problemas à saúde e ao desenvolvimento das crianças

by Diário do Vale

 (Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Publicas)

Rio – A pediatra Roberta Serra, coordenadora da Área de Saúde da Criança da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, em entrevista ao Pod+Saúde, o novo podcast da pasta no Youtube (www.youtube.com/saudegovrj), alertou   sobre os riscos do uso excessivo de telas por criança durante o período de férias escolares.

Segundo a coordenadora, a longa utilização destes equipamentos pelas crianças pode provocar problemas à saúde das crianças.

“A criança precisa ter estímulos, visuais, motores e cognitivos. Se a gente pega uma criança e a coloca na frente da televisão, computador ou celular por muito tempo, a gente tira essas outras oportunidades de estímulo de desenvolvimento. Isso vai afetar o crescimento ósseo, crescimento muscular e até cognitivo. Criança precisa correr, brincar, estar em movimento”, explica Roberta.

O excesso de exposição às telas também pode afetar o desenvolvimento motor e provocar problemas de visão, psicológicos e atraso de aprendizagem.

A pediatra recomenda dar prioridade às brincadeiras ao ar livre e manter as crianças em movimento. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças e adolescentes devem ficar, no máximo, três horas por dia diante de telas. Para menores de dois anos, o ideal é não ter nenhum contato com as telas.

Tempo de tela recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria:

– menores de 2 anos: evitar exposição a telas;

– de 2 a 5 anos: até uma hora por dia;

– de 6 a 10 anos: de uma a duas horas por dia;

– de 11 a 18 anos: de duas a três horas por dia.

“Além do tempo, é muito importante ter atenção ao conteúdo, principalmente na adolescência. O contato frequente com material inadequado pode comprometer o relacionamento social e gerar transtornos psicológicos. São casos de depressão, ansiedade, alteração comportamental relacionada a distúrbios alimentares, como, por exemplo, a anorexia e, inclusive, em casos mais graves, causando suicídio”, adverte Roberta.

De acordo com a pediatra, é importante que pais, cuidadores, profissionais de saúde, profissionais da educação e todas as pessoas que lidam com crianças e adolescentes estejam sempre atentos e procurem formas de diminuir o impacto negativo que as redes sociais e as telas, de uma forma geral, podem causar aos pequenos.

“A luz desses dispositivos pode alterar o padrão do sono. Isso também provoca perturbações no comportamento, levando a distúrbios como a insônia”, observa Roberta. “A gente entende que colocar uma tela na mão de uma criança pode trazer a sensação de calmaria e facilitar o dia a dia, mas é preciso perceber os riscos e os malefícios disso”, concluiu.

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