Porto Real – A Justiça Eleitoral de Porto Real, determinou a suspensão da divulgação de uma pesquisa eleitoral realizada pela empresa Ágora Pesquisa – Eirelli e pela Editora O Dia. A decisão atende a uma representação feita pela coligação “Construindo um Futuro Melhor”, que tem como candidato o atual prefeito Alexandre Serfiotis, que aponta diversas irregularidades na pesquisa que não chegou a ser divulgada devido a decisão.
De acordo com a coligação, a pesquisa apresenta graves problemas, como a ausência de nota fiscal referente ao serviço prestado, irregularidades na categorização dos eleitores por grau de instrução, dados desatualizados que podem distorcer os resultados e a omissão quanto à origem dos recursos utilizados. Além disso, foi apontado que a própria empresa contratante é responsável pela pesquisa, o que levanta suspeitas sobre sua imparcialidade. A ausência de informações sobre o trabalho de campo, como a coleta de dados, também foi destacada, comprometendo, segundo a coligação, a validade dos resultados.
Outro ponto importante levantado na representação é que a empresa responsável pela pesquisa, Ágora Pesquisa, já foi alvo de várias decisões judiciais anteriores que determinaram a suspensão de pesquisas eleitorais, devido a suspeitas de fraude. Somente em 2024, o instituto figura como réu em 24 representações por pesquisas fraudulentas, conforme registros do sistema PJE da Justiça Eleitoral.
Decisão da Justiça Eleitoral
Em sua decisão, o juiz destacou a importância de garantir que os eleitores sejam informados por dados confiáveis e verdadeiros, assegurando que suas escolhas sejam feitas de forma livre e sem pressões indevidas. A análise inicial da Justiça apontou que houve violação das regras eleitorais para o registro e divulgação da pesquisa, o que justifica a intervenção para preservar a veracidade das informações.
Com base nos indícios apresentados pela coligação e considerando o impacto potencial da divulgação de dados inverídicos, especialmente para eleitores indecisos, a Justiça determinou a suspensão imediata da pesquisa. A medida visa impedir que os eleitores sejam influenciados por dados incorretos, resguardando o processo eleitoral.
A suspensão da pesquisa foi concedida em caráter liminar, e a multa diária por descumprimento da ordem foi fixada em R$ 10 mil. Além disso, as empresas representadas têm o prazo de dois dias para apresentarem defesa, e o Ministério Público Eleitoral será consultado em até um dia após esse período.
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