Principal alvo da Operação Open Doors é preso

by Diário do Vale

O hacker, Newton Cesar Rocha de Castro ,era o principal alvo ainda solto da Operação Open Doors
(Foto: Divulgação)

Barra Mansa e Rio – Agentes da 39ª DP (Pavuna) do Rio de Janeiro prenderam recentemente  o hacker, Newton Cesar Rocha de Castro. O suspeito era o principal alvo que ainda estava solto da “Operação Open Doors”, que foi realiza em setembro de 2018, Na ocasião, 43 mandados de prisão e mais de 40 de busca e apreensão foram executados em sete estados do país.

Ao todo, 237 suspeitos foram denunciados com suspeita de desviar mais de R$ 30 milhões de contas bancárias, em um ano. No Sul Fluminense, a operação foi coordenada pelo delegado titular da 90ª DP (Barra Mansa), Ronaldo Aparecido de Brito.

Na região, 28 pessoas foram presas suspeitas de integrarem o bando que chegou a desviar dinheiro  de contas bancárias, principalmente nas cidades de Volta Redonda e Barra Mansa. O MP denunciou 88 pessoas suspeita de envolvimento no esquema fraudulento.

Segundo a polícia, foram presos à época, os suspeitos de comandarem a quadrilha e identificados com André, Thiago, e Léo Carroça, que era dono da boate Mistura Carioca, no Conforto, em Volta Redonda, que está fechada.  Também foram detidos aliciadores e “laranjas”.

Ronaldo explicou que a intenção agora é identificar e prender os hackers que faziam o desvio do dinheiro. Newton era um desses hackers que fazia esse tipo de atividade ilícita.

O suspeito pretendia fugir para o Uruguai. Ele  estava escondido em uma casa no bairro de Mirandópolis, em São Paulo, quando foi encontrado pelos agentes da capital fluminense.

Suspeitos presos na operação foram levados para o Parque da Cidades, em Barra Mansa, e depois transferidos para o Rio
(foto: Dicler de Mello e Souza)

Entenda o caso

O delegado Ronaldo Aparecido de Brito explicou, na ocasião da Operação Open Door que os hackers invadiam os sistemas bancários e desviava os valores para contas de “laranjas”, que efetuavam saques e sempre eram acompanhados pelos aliciadores, que ficavam encarregados de resgatar o dinheiro. Os aliciadores pagavam o percentual ao laranja, que era de 10%, e levava o dinheiro até o “cabeça”, que dividia com o hacker.

Segundo a polícia, o grupo atuava no Sul Fluminense há mais de uma década, mais precisamente em Barra Mansa. Com acesso a dados cadastrais sigilosos, os suspeitos entravam em contato com as vítimas ou até mesmo departamentos jurídicos de grandes empresas e se passavam por funcionários de bancos.

O promotor Carlos Eugênio Laureano reforçou que, em razão das atividades dessa associação criminosa era trazer para os integrantes da quadrilha um ganho financeiro bastante elevado.

– O que verificou foi que os criminosos usavam laranjas para receber o dinheiro desviado e depois cometiam atos de lavagem para usufruir do produto do crime. Por isso a apuração vai prosseguir neste sentido e a ideia é que se consiga identificar outros novos integrantes e consiga novas prisões – disse Laureano, em setembro do ano passado.

Preso cantor sertanejo

A Operação Open Doors foi realizada simultaneamente em vários estados do país. Em Ponta Grossa, no interior do Paraná, foi preso o cantor sertanejo Rick Ribeiro. Ele seria um dos hackers do grupo e usaria o dinheiro das fraudes para financiar seus clipes.  Pela acusação, o cantor comprava carros de luxo com o que era roubado. Um dos veículos foi avaliado em R$ 500 mil. Ainda segundo a polícia, outros integrantes da quadrilha também ostentavam dinheiro do esquema na internet.

 

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