Projeto de Lei propõe enfermeiros em escolas para alunos com necessidades especiais

Medida proposta pela deputada Lilian Behring tem como objetivo garantir acompanhamento de saúde contínuo para estudantes

by Agatha Amorim

Foto: Ascom Alerj

Estado do Rio – Um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) busca garantir mais segurança e cuidados para crianças com necessidades especiais no ambiente escolar. A proposta, de autoria da deputada Lilian Behring (PCdoB), prevê a presença obrigatória de enfermeiros e técnicos de enfermagem em todas as instituições de ensino que atendem esse público.

O objetivo é assegurar o acompanhamento contínuo e profissional da saúde desses alunos. “A presença de profissionais de enfermagem nas escolas é uma necessidade urgente para garantir que as crianças com necessidades especiais recebam o acompanhamento de saúde adequado. Essas crianças enfrentam desafios que demandam muita atenção, e é nossa responsabilidade garantir que o ambiente escolar seja seguro e inclusivo para todos”, afirmou a deputada.

De acordo com o texto, a obrigatoriedade se estende desde a educação infantil até o ensino médio. A proposta estabelece um mínimo de um enfermeiro para cada 30 alunos e um técnico de enfermagem para cada 15 estudantes com deficiência. Além disso, as escolas deverão disponibilizar espaços apropriados para o atendimento desses profissionais, incluindo áreas específicas para armazenamento de prontuários e protocolos de atendimento.

Os profissionais de enfermagem terão papel fundamental no ambiente escolar. Suas funções incluirão a administração de medicamentos conforme prescrição médica, o acompanhamento do desenvolvimento dos alunos, ações de saúde preventiva e a capacitação de familiares para o cuidado domiciliar. “Esses profissionais seriam uma ponte importante entre a escola e a rede de saúde, garantindo que os alunos tenham o suporte necessário não apenas em emergências, mas também no cotidiano escolar”, destacou Lilian Behring.

A proposta também determina que o Poder Executivo do Estado seja responsável por viabilizar a implementação das medidas. A contratação dos profissionais será feita por meio de concurso público, e aqueles já atuantes na rede deverão passar por capacitação continuada. O projeto ainda sugere a criação de parcerias com instituições de ensino superior para que estudantes da área da saúde possam atuar em estágios supervisionados dentro das escolas.

A iniciativa surge como resposta à crescente demanda por cuidados especializados no ambiente escolar. Muitas instituições não conseguem oferecer o suporte necessário para alunos com deficiências, dificultando sua inclusão plena e segura.

Se aprovada, a nova legislação dará às escolas um prazo de 12 meses para se adequarem às exigências. O não cumprimento das determinações poderá resultar em penalidades para as unidades de ensino. “Esse projeto é um passo crucial para assegurar que essas crianças possam estudar em um ambiente que não só os inclua, mas que cuide da sua saúde e bem-estar”, concluiu a deputada.

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1 comment

Edmur Silva 18 de março de 2025, 19:38h - 19:38

Toda escola tem ao menos um aluno especial. Aí colocam uma enfermeira e um técnico de enfermagem em cada escola. É o tipo de projeto impraticável.

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