Região tem quatro estradas federais em bom estado e duas regulares

by Diário do Vale

Estrada que liga Resende a Caxambu é uma das consideradas em condições apenas regulares
(Foto: Arquivo)

Sul Fluminense– Pouca gente sabe, mas a região Sul Fluminense é cortada por seis estradas federais. As maiores, mais movimentadas e obviamente mais conhecidas são a BR-116, BR-393 e a BR-101. No entanto, há também a BR-459 a BR-485 e a BR-354. Todas constam em um levantamento nacional para avaliar as condições do transporte rodoviário, elaborado pela Confederação Nacional de Transporte. Na região, são quatro estradas consideradas em bom estado e duas em estado regular.
A Via Dutra, que é administrada por uma concessionária privada e liga o Rio a São Paulo, foi avaliada como “Boa” pela CNT. Ela foi analisada praticamente em toda sua extensão, com boa parte do foco no trecho regional, que vai de Itatiaia até Piraí, na Serra das Araras.
A BR-393 foi analisada num trecho de 238 quilômetros, nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. As equipes passaram por Volta Redonda e Barra Mansa neste percurso e consideraram a estrada como “Boa” de uma maneira geral. No entanto, é bom ressaltar que o estudo apontou alternâncias de avaliação no percurso analisado. Por exemplo, 58,8% da estrada foram consideradas em ótimas condições e 18,1% dela como boa. Por outro lado, 22,3% da pista estavam apenas regulares e havia 0,8% de estrada ruim.
A BR-101 começa no estado do Rio Grande do Norte e termina no Rio Grande do Sul, com 4.650 km de extensão. Deste total, a pesquisa CNT analisou 3.752 quilômetros e dentro deste percurso há um trecho que corta a região, fazendo a ligação do Sul Fluminense com a Costa Verde. A estrada é considerada majoritariamente boa (37%) e é ótima em (35%). Para os técnicos da CNT, 21% da estrada são regulares, 6,2% ruim e 0,3% péssimo.

Pequenas estão em pior estado

O Sul Fluminense tem três outras estradas federais cortando seu território. Uma delas é bem pequena, com apenas 10 quilômetros de extensão ligando Rio de Janeiro e Minas Gerais, na área do Pico das Agulhas Negras, a partir de Itatiaia. A BR-485 é também conhecida como “Rodovia das Flores” e tem situação apenas regular em todo o percurso.
A BR-354 liga a Rodovia Presidente Dutra, na altura de Resende, ao município de Guarda-Mor-MG. No entanto, é conhecida mesmo como Resende-Caxambu-MG. A CNT classificou a estrada como regular no geral, mas quem for pegar a via deve ficar atento. Não há índice de “ótimo” e apenas 6,4% quilômetros dela são considerados “bons”. Levando em conta o aspecto regional, o índice de regular é o mais alto da pesquisa: 65,5%. Há ainda 26% considerados ruins e 2,1% péssimos.
Outra das “menores” é a BR-459, que é considerada “Boa”. Trata-se da Estrada real, que corta Paraty e é muito usada como destino turístico, interligando cidades importantes do período colonial no Brasil. A estrada tem 24,7% do seu percurso apontados como ótimo e 42,5% como bons. O regular é 26,3% e há 6,5% em situação ruim. Infelizmente, no entanto, um dos piores trechos da estrada está justamente no trecho regional.

Piora nacional

No geral, a qualidade das rodovias brasileiras piorou no último ano. É o que mostra a 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo SEST SENAT. O estudo constata piora nas condições das características observadas. O estado geral apresenta problemas em 59% da extensão dos trechos avaliados. Em 2018, o percentual foi 57%.
Também está pior a situação do pavimento (52,4% com problema), da sinalização (48,1%) e da geometria da via (76,3%). No ano passado, a avaliação foi 50,9%, 44,7% e 75,7% com problemas respectivamente.
O número de pontos críticos identificados ao longo dos 108.863 quilômetros pesquisados aumentou 75,6%. Passou de 454 em 2018 para 797 em 2019. Na pesquisa da CNT, são avaliadas as condições de toda a malha federal pavimentada e dos principais trechos estaduais, também pavimentados. Nesta edição de 2019, foram percorridas todas as cinco regiões do Brasil, durante 30 dias (de 20 de maio a 18 de junho), por 24 equipes de pesquisadores.
Além de abordar a situação das rodovias sob gestão pública e sob gestão concedida, o estudo também realiza o levantamento das infraestruturas de apoio, como trechos com postos de abastecimento, borracharias, concessionárias e oficinas mecânicas, restaurantes e lanchonetes disponíveis ao longo das rodovias. Neste ano, uma novidade é o Painel CNT de Consultas Dinâmicas da Pesquisa CNT de Rodovias no site da Confederação, no qual é possível verificar os resultados nacionais e por Unidade da Federação, dados de investimentos, acidentes e meio ambiente, entre outros.
Segundo a Pesquisa, as condições das rodovias impactam diretamente nos custos do transporte. Neste ano, estima-se que, na média nacional, as inadequações do pavimento resultaram em uma elevação do custo operacional do transporte em torno de 28,5%, sendo que o maior índice foi registrado na região Norte (+ de 38,5%). Transporte mais caro significa produtos mais caros
e menor. O presidente da CNT, Vander Costa, destaca a importância do investimento para que seja possível manter e expandir a malha rodoviária brasileira, garantindo a qualidade do tráfego de veículos. “É urgente a necessidade de ampliar os recursos para as rodovias brasileiras e melhorar
a aplicação do orçamento disponível”, afirma. Segundo Vander Costa, “a priorização do setor nas políticas públicas e a maior eficiência na gestão são imprescindíveis para reduzir os problemas nas rodovias e aumentar a segurança no transporte”.

Por Rafael de Paiva 

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1 comment

Emir Cicutiano 27 de outubro de 2019, 22:11h - 22:11

Muito interessante a reportagem… Existe ainda a BR-494, que na verdade se sobrepõe a rodovias estaduais e municipais, como a RJ-155, RJ-153 e a estrada Roma-Getulândia, fora muitos trechos não implementados (que não saíram do papel)… Na prática, essa rodovia só existe conceitualmente, no papel, apesar do registro no Ministério dos Transportes…

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